Home Destaque Vereadores de Nova Pádua voltam da Tecnovitis entre avanços tecnológicos e alerta para acordo Mercosul–União Europeia

Vereadores de Nova Pádua voltam da Tecnovitis entre avanços tecnológicos e alerta para acordo Mercosul–União Europeia

Comitiva aponta riscos de perda de competitividade para vinhos brasileiros e defende medidas compensatórias
Giseli Boldrin Rossi e o vereador florense Marcelo Golin durante audiência pública em Bento Gonçalves (Foto: Redes sociais/Reprodução)

Tecnologia, inovação e desafios marcaram a sexta edição da Tecnovitis, encerrada no último sábado (6), em Bento Gonçalves. Da maior feira de tecnologia para viticultura e fruticultura do país, uma comitiva de vereadores de Nova Pádua voltou com uma mistura de entusiasmo e preocupação, reflexo das pressões externas que desafiam o setor.

Durante quatro dias, o evento reuniu mais de 12 mil visitantes e movimentou R$ 4 milhões em negócios. O tema que mais interessava aos parlamentares paduenses era a audiência pública sobre o impacto do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia sobre a produção de uvas e vinhos.

A discussão ganhou força justamente por tocar em um ponto sensível: a competitividade. A vereadora Giseli Boldrin Rossi (PP) comentou sobre o assunto no plenário paduense desta semana:

— Hoje os vinhos europeus pagam uma alíquota de 27% de impostos; em oito anos os impostos seriam zerados (caso ocorra o acordo). Como conseguiremos concorrer? — argumentou.

Giseli retrata que o debate buscou não apenas diagnosticar o problema, mas construir alternativas que possam ser encaminhadas aos parlamentares em Brasília.

As sugestões apresentadas durante o encontro apontaram para caminhos que poderiam amenizar o desequilíbrio comercial previsto com a entrada em vigor do acordo.

— Como alternativas apresentadas, sugerimos primeiramente que o vinho seja considerado alimento. Neste caso não pagaríamos imposto sobre bebida alcoólica. E o segundo ponto defendido é que o suco brasileiro possa entrar na Europa sem tributo.

Ainda assim, a avaliação é de que a suspensão do acordo é improvável, restando a busca por contrapartidas.

— Dificilmente o acordo será barrado. O que buscamos são medidas compensatórias.

Oportunidades

Apesar das preocupações, os vereadores destacaram que a Tecnovitis reforçou também o lado promissor da vitivinicultura regional, especialmente diante de tecnologias que podem elevar produtividade, qualidade e sustentabilidade.

— Saímos da feira muito motivados com novas ideias e informações que podem fortalecer a nossa viticultura e gerar oportunidades para os agricultores paduenses — destacou o vereador Alexandre Alessi (MDB).

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