Home Destaque Mutirão é preparado para reerguer 70 hectares de parreirais derrubados pelo tornado em Flores da Cunha

Mutirão é preparado para reerguer 70 hectares de parreirais derrubados pelo tornado em Flores da Cunha

Em razão da chuva, o apoio aos agricultores não pôde ser iniciado nesta quarta-feira (10)
(Foto: Fernanda Weber)

Flores da Cunha continua a mobilização após os estragos causados pela passagem de um tornado. Depois da reestruturação dos serviços básicos no Travessão Alfredo Chaves, uma das preocupações é com a produção agrícola. A Prefeitura lidera uma mobilização em prol das 43 propriedades rurais atingidas, mas anda não foi possível iniciar os trabalhos em razão das chuvas desta quarta-feira (10).

O Gabinete de Crise esteve reunido na Prefeitura para determinar os próximos passos em busca de alternativas para ajudar os moradores que tiveram suas casas destelhadas — o que deve contar com recursos da Defesa Civil estadual — também está sendo feito o mapeamento de todos os estragos em parreirais.

— Hoje, com a chuva, não temos o que fazer, somente entrar em contato com cada propriedade e fazer os movimentos internos de organização. A ideia é mapear todos os dados possíveis para iniciar o mutirão amanhã (11) quando a chuva parar — aponta o vice-prefeito Marcio Rech.

Pelo menos 70 hectares de parreirais foram derrubados pela força do ventos e mais de 100 hectares foram danificados, segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares (STR) de Flores da Cunha e Nova Pádua.

— Assim que o clima permitir, iremos começar a mobilização para reerguer. Por enquanto, os agricultores estão preparando o que podem, colocando de volta os rabichos e postes. Mas, precisamos de tempo seco. Faremos uma campanha com todas as comunidades de Flores da Cunha, e também já nos foi sinalizado o apoio de agricultores de municípios vizinhos, como Vacaria, que a gente irá ver o transporte — aponta Ricardo Pagno, presidente do STR.

A cooperativa Sicredi já sinalizou apoio para disponibilizar transporte para esta grande mobilização de pessoas, necessária para reerguer os parreirais afetados. A expectativa é que na quinta-feira (11), se a chuva parar, alguns parreirais menores já sejam reestruturados. Contudo, os  maiores precisam do apoio de mais pessoas e devem ficar para o final de semana.

250 instalações ainda estão sem luz

O Corpo de Bombeiros segue auxiliando as famílias que tiveram os telhados danificados, garantindo segurança durante os reparos. Máquinas da Prefeitura também permanecem em apoio à RGE em ações para restabelecer totalmente o fornecimento de energia. No momento, cerca de 250 instalações ainda estão sem luz.

A concessionária de energia alerta que a população deve ficar longe de fios partidos ou galhos de árvores que estejam caídos sobre a rede elétrica.

A orientação é que os clientes que estiverem com falta de energia elétrica façam contato pelos canais de atendimento da distribuidora:

  • SMS: Envie mensagem com o SEU CODIGO (que consta na conta de energia elétrica) para o número 27350.
  • WhatsApp: (51) 9 9955.0002
  • Site: www.rge-rs.com.br
  • App: CPFL Energia (disponível para Android e iOS)
  • Call Center: 0800 970 0900

Em Nova Pádua, foram nove hectares derrubados

Além dos 70 hectares em Flores da Cunha, há outros uns nove hectares de parreirais caídos em Nova Pádua, na comunidade de Travessão Divisa, que o Sindicato também se organiza para reerguer.

Meteorologista confirma tornado

Especialista em eventos extremos da Climatempo, o meteorologista Bruno Zanetti Ribeiro analisou os danos registrados no Travessão Alfredo Chaves e confirmou que o padrão observado é compatível com o de um tornado de curta duração. Este tipo de fenômeno é muito localizado e costuma deixar um corredor estreito de destruição, exatamente o que foi identificado no interior de Flores da Cunha.

O temporal ocorreu por volta das 17h40min da segunda-feira (8) e durou poucos minutos. Os principais danos foram vistos ao longo da Rua Girólamo Mioranza, com a destruição da quadra de esportes da comunidade e do telhado da Capela São João Batista. A sede da Terrasul Vinhos Finos foi diretamente atingida, inclusive derrubando tanques metálicos gigantes (pipas para armazenamento de vinhos). Ao lado, três pavilhões alugados por outras duas vinícolas tiveram o telhado e as paredes derrubados.

A estimativa é que os ventos foram acima dos 100 km/h.

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