Voo solo
Glayber Souza grava ‘O Eu, o Outro e o Nós’, primeiro disco individual de sua carreira
O cantor e compositor florense Glayber Souza pensa em música 24 horas por dia. Em um dia comum de trabalho, viu sua colega abrir uma apostila do curso de Pedagogia, onde estava escrita uma frase que lhe chamou atenção: “O Eu, o Outro e o Nós”. Desse conceito, surgiram as cinco músicas do EP de mesmo nome, gravado em outubro e que está prestes a ser lançado.
“As músicas não fogem desses três tópicos. O nome norteou todo o disco. O eu é um encontro com a gente mesmo, a busca por um conhecimento pessoal. O amor é o nós. E o nosso eu refletido nos demais, o relacionamento com as pessoas, é o outro”, explica o músico, que pela primeira vez está produzindo um trabalho solo.
A relação com a música vem de berço. É justo dizer que Glayber não pensa nela apenas nas 24 horas do dia, mas em todos os seus 24 anos de vida. “A minha família era muito envolvida com música. Foi meu irmão quem me ensinou a tocar violão”, diz o cantor, referindo-se ao irmão Glaydson, que hoje mora em Portugal e se dedica à música gospel.
Fosse por vontade do pai, ambos seriam uma dupla sertaneja. Mas eles se apresentaram juntos uma única vez, em 2007, conquistando o segundo lugar no Show de Calouros de Nova Pádua, quando Glayber tinha apenas 11 anos de idade. Na adolescência, Glayber se enveredou por outros ritmos, conhecendo as bandas de rock que seriam suas principais influências: Fresno, Scalene e Zimbra.
Em 2015, Glayber fundou a sua própria: o grupo Presságio, com quem lançou um disco chamado “Anoiteceu” e teve participação em um programa da MTV. “Um dos momentos mais legais da minha carreira foi o lançamento do EP. Na plateia, algumas pessoas choraram com uma música minha. Foi uma sensação legal ter o trabalho reconhecido”, lembra Glayber.
Com o fim da Presságio, em 2017, o cantor lançou alguns trabalhos individuais na Internet, sem muito compromisso. Ao todo, são mais de 30 canções autorais - algumas delas podem ser conferidas no seu canal do Youtube, que leva o próprio nome.
Já “O Eu, o Outro e o Nós” vai contar com uma divulgação maior e um lançamento oficial, ainda sem data prevista. Glayber considera esse o trabalho mais maduro da sua curta carreira: “É o resultado de muita reflexão, depois de um baque que eu sofri. Por isso, ele tem uma pegada sentimental. Foi um processo doloroso, pois as músicas surgiram de sentimentos que eu tinha de colocar para fora. Mas é prazeroso ver que aquilo se transformou em algo legal”.
Enquanto o disco não sai, Glayber sonha com voos maiores: “Se um dia eu subir em um palco, tocar uma música que eu fiz no meu quatro e ter uma plateia de milhares de pessoas que cante essa música de volta, acho que é nesse exato momento que eu vou dizer: cheguei no ápice da minha existência”.
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