Caderno de Sábado

“Você tanto pediu que contei a história da minha vida. Falei no papel quase tudo, desde o começo até como vim parar aqui. É claro que não é uma história incrível que daria um filme, uma série de televisão, uma peça de teatro, uma bela polenta ou sei lá o que...
Ah, antes que me aponte o dedo, digo que terminei minha história onde me pareceu melhor. De mais a mais... ainda sou o mesmo menino que vive a desentortar pregos e palavras.” Flávio Luis Ferrarini

É difícil dizer, mas Flávio estava errado. Sua história proporcionou um grande curta-metragem que está ganhando o mundo. ‘O Menino da Terra do Sol’ já recebeu prêmios nacionais, e agora é destaque no exterior. O filme, que participava do Los Angeles Brazilian Film Festival, ganhou duas distinções: melhor curta-metragem e melhor ator juvenil.

“Sem dúvida, esse filme é um reconhecimento e um presente do Flávio para todos que fizeram parte da sua vida, à família principalmente, amigos, leitores, a cidade de Flores da Cunha que o acolheu, e a comunidade natal, do Paredes, onde tudo começou e o eternizou como o menino da terra do sol”, enfatiza a diretora do Instituto Flávio Luis Ferrarini, Madeleine Ferrarini.

Dirigido por Michel Marchetti, o curta conta a história de Nini, um menino tímido do interior que vive intensamente a solidão da infância sempre em busca do sonho de ser escritor. ‘O Menino da Terra do Sol’ enquadra-se como forma de representação da identidade cultural e da vida social do interior da Serra Gaúcha nas décadas de 60 e 70.

No Festival de Santo Ângelo, o curta foi vencedor como melhor curta-metragem, melhor diretor, melhor ator e melhor fotografia. ‘O Menino da Terra do Sol’ também participou o Festival de Cinema de Gramado.