Documentário retrata a trajetória do músico Julio Falavigna
‘Paisagens Rítmicas’ propõe um passeio pelas vivências do baterista e percussionista que tem raízes em solo florense
Com raízes em Flores da Cunha, o músico caxiense Julio Falavigna, radicado no Rio de Janeiro, lançou nesta semana o documentário ‘Paisagens Rítmicas’. Definido como uma jornada em batimentos, o filme apresenta a trajetória do baterista e percussionista acompanhada de parceiros musicais e de vida. Dirigido pelo também caxiense Le Daros, o documentário sobrevoa as vivências do músico na busca pelo aprofundamento na arte de tocar e se relacionar com os ritmos do mundo, passando por lugares como China, França, Índia, Portugal, Serra dos Órgãos (Rio de Janeiro), Cerrado (Distrito Federal), Serra da Cantareira (São Paulo) e Serra Gaúcha. Segundo Falavigna, a ideia da produção surgiu há cerca de dois anos. “Eu queria muito lançar um material próprio e o documentário é uma forma das pessoas embarcarem nessa viagem junto comigo, já que eu tenho viajado muito ao longo desses mais de 30 anos (de carreira)”, relata o músico.
As viagens também serviram de inspiração para o nome do filme. “Eu adoro paisagens e montanhas, são lugares assim que me trazem ideias musicais e rítmicas. O título ‘Paisagens Rítmicas’ veio dessa sensação de unificar a minha visão periférica humana com a pulsação rítmica”, diz. O enredo mostra encontros de Falavigna com amigos músicos, que revelam uma amostra das infinitas possibilidades do universo dos ritmos. Os convidados são Bianca Gismonti, Marcos Dequi Giovani, Zé Natálio, Sri Hanuman, Toti Lima, Fabio Mentz, Jorge Amorim, José Staneck, Frank Colón e Vítor Machado.
Filho do florense Joseph Falavigna, o músico recorda com carinho de Flores da Cunha. “É a cidade do meu pai e dos meus avós, onde passei boa parte da minha infância. Existe também uma relação rítmica: foi em Flores da Cunha que vi e ouvi pessoas tocando bateria pela primeira vez, os meus primos Linceo e Asdrubal Falavigna”, conta.
‘Paisagens Rítmicas’ teve exibições em Porto Alegre e em Caxias do Sul nesta semana. “É uma região que eu gosto muito. Além de reencontrar os amigos, mostrar esse trabalho é uma sensação de honrar a caminhada”, finaliza Falavigna.
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