Entre os moradores do bairro São Cristóvão é difícil encontrar quem não conheça Moacir Antônio Matana, 74 anos. Muito mais do que um sobrenome marcante na comunidade, sua casa e pátio são verdadeiras obras de arte e imprimem uma identidade única ao espaço que ele chama carinhosamente de “Vila dos Matana”.
Hoje aposentado ele se dedica a cuidar do chalé que guarda muitas memórias de sua família e da comunidade, além do jardim repleto de adornos de encher os olhos.
Natural de São Cristóvão, em Flores da Cunha, Matana se mostra um apaixonado pelo bairro onde vive com sua esposa Leonilce Zorzo Matana, 55, e os três filhos Franco, 27, Arthur, 24 e Luiza Zorzo Matana, 19 anos.
– Moro em uma vila familiar onde vivem meus irmãos, Jacob e Sérgio, com suas famílias. No local também residia meu outro irmão, Jorge (In memoriam) e minha, mãe Theresina Sogari Matana (In memoriam). Tenho mais duas irmãs, a Maria de Lourdes, que mora no Centro da cidade, e a Susete, que mora a 500 metros, na mesma comunidade de São Cristóvão – detalha Matana.
O aposentado enxerga a comunidade como participativa e engajada, “sempre pronta para ajudar e apoiar”. Essas características refletem nas festas da comunidade, que “sempre são sucesso”.
– Viver em São Cristóvão é muito tranquilo, é uma comunidade que começou com diversas famílias que com seu trabalho e dedicação construíram a estrutura que tem hoje, e que seus familiares e agregados que vem chegando dão sequência.
Viver em Comunidade
Matana sempre foi uma pessoa atuante na comunidade. Desde 1970 é sócio do Esporte Clube São Cristóvão, onde já exerceu as funções de presidente e diretor social. Ele também é sócio da comunidade “desde sempre” e já foi festeiro, presidente da copa e ajudante nas mais diversas funções.
– Atualmente não exerço nenhuma função específica, o que mais faço é participar e ajudar na venda de ingressos. A satisfação é ver que tanto o Clube quanto a comunidade continuam seguindo os seus legados e construindo a sua história – empolga-se o morador, que também foi responsável pela implantação de atividades como o primeiro som mecânico e o primeiro baile de casais na comunidade de São Cristóvão.
“Estamos felizes pela realização”
Matana observa que o São Cristóvão cresceu bastante nos entornos com a separação dos bairros São Pedro, Pérola e Monte Belo (em 2017). Segundo ele a comunidade expandiu devido ao aumento no número de empresas que trazem mais emprego e qualidade de vida aos moradores.
O aposentado defende que sempre há o que melhorar, por isso sugere a instalação de empreendimentos como academias e farmácias, inexistentes no bairro.
– Também acredito que poderíamos dar um pouco mais de atenção na limpeza e no embelezamento das ruas, principalmente quando acontecem as roçadas mas o lixo não é recolhido. Por exemplo, na saída do bairro temos a Avenida com umas azaleias lindas, mas percebemos que nunca são limpas, estão cheias de galhos e lixo.
Para Matana, a instalação da galeria para evitar que o rio transborde em caso de chuva é uma obra aguardada pelos moradores há muito tempo e que também trará inúmeros benefícios à comunidade:
– Está um pouco demorada (obra), mas isso ocorre devido à grande proporção. Estamos felizes pela realização, pois desde a implantação do Monte Belo, o esgoto em algumas partes ainda continua a céu aberto e ele cai neste mesmo rio. (Esta obra é importante) para que as famílias de nossa comunidade que moram perto do rio nunca mais passem pelo pesadelo vivido nos últimos anos.
O que diz a Prefeitura
Em São Cristóvão, as obras de implantação das galerias de drenagem avançam conforme o cronograma. Nesta semana, está prevista a instalação de mais 15 estruturas. Na sequência, o trânsito na Rua Luiz Zanandrea será restabelecido para permitir a remoção da ponte na Rua Francisco Ascari, etapa necessária para a colocação das 40 galerias restantes. Além disso, o bairro será diretamente beneficiado pelas obras de requalificação da Avenida 25 de Julho, previstas para iniciar em 2026.
