Por que morremos? Foi com essa pergunta que o médico cardiologista Jairo Monson de Souza Filho iniciou o encontro Bate-Papo no Villa, realizado na noite de quarta-feira, dia 23, no Hotel Villa Borghese. Um público estimado de 70 pessoas participou do evento, questionando e tirando dúvidas sobre os assuntos apresentados.
A palestra pautou-se sobre o modo de vida que cada pessoa vive e o que é possível fazer para evitar a morte. O cardilogista, estudioso sobre os efeitos do vinho na saúde humana, apresentou dados que podem antecipar ou retardar a morte. “O nosso organismo está projetado para viver 140 anos. No entanto, chegamos a metade dessa idade e com qualidade de vida menos ainda”, afirmou o médico. Segundo ele, as pessoas não atingem essa idade por dois motivos: 30% por doenças e 70% pelo estilo de vida que levam. “Morremos tão cedo pelo estilo de vida pouco saudável que levamos. Comemos mal, fumamos, não praticamos exercícios”, expôs.
A maiores causas de morte no mundo são: 52% doenças cardio circulatória; 24% de câncer; 12% violência (acidente, homicídio e suicídio); e 12% causas diversas. “No caso das doenças cardio circulatórias, que são as que mais matam, temos sete fatores que nós podemos modificar e apenas três fatores que não são modificáveis”, destacou. Os fatores modificáveis seriam: a idade, o sexo e a herança. Já os fatores que cada pessoa poderia alterar são os cuidados com: colesterol, diabetes, pressão alta, tabagismo, obesidade, sedentarismo e estresse. “Esses são modificáveis para evitar a morte e dependem de nós apenas”, apontou.
O médico ainda apresentou dados sobre os cânceres que mais matam homens (próstata, traquéia, brônquios e pulmão e estômago) e mulheres (câncer de mama, colo do útero e cólon e reto) e também sobre as mortes decorrentes de violência. “Essa é um doença social, que nós criamos e deixamos de intervir”, salientou.
Ao final, o cardiologista apresentou um estudo sobre como se pode viver mais e melhor e destacou cinco itens: evitar a obesidade, adotar uma dieta saudável, praticar exercícios físicos, evitar o cigarro e consumir de 1 ½ a 2 copos de bebida alcoólica. Segundo o médico, o último item, desde que consumido por pessoas sem contra indicação, em doses moderadas e com orientação médica, diminui 90% o diabetes, 87% o ataque cardíaco e 80% os derrames cerebrais, além de 20% o câncer, no caso do vinho tinto. “A gente morre por ser inativo, por deixar as coisas acontecerem. Ninguém morre por pouca coisa”, finalizou.
O Bate-Papo no Villa tem por objetivo debater algum assunto e proporcionar momentos de cultura e informação aos florenses. O evento é uma promoção do Hotel Villa Borghese, jornal O Florense, G4 e Apac com apoio da Apromontes. Nesta edição, a Valdemiz Vinhos Finos foi parceira.

