Política

César Ulian (PP) fala sobre seus planos para o futuro de Flores da Cunha

Com discurso focado em realizações e continuidade, César Ulian promete entregas para a saúde, reforma da Avenida 25 de Julho e estacionamento no Centro

A oratória de César Ulian (PP) está aliada com o lema de sua campanha à reeleição, "Resultados falam mais alto". Para cada tema questionado, o atual prefeito já tem uma resposta e números preparados para enaltecer os objetivos conquistados no seu mandato. Este foi o caminho traçado na entrevista ao vivo pelas redes sociais do jornal O Florense, na segunda-feira (23), quando o progressista respondeu a 16 perguntas durante os 40 minutos de transmissão.

Entre os temas abordados, César se comprometeu com duas propostas já para 2025: a reformulação da Avenida 25 de Julho e o estacionamento rotativo. Também foram respondidos planos para cultura, saúde e agricultura.

A seguir confira os principais momentos da entrevista. As respostas completas de César Ulian podem ser conferidas na íntegra, em vídeo, clicando no link.

 

A folha de pagamento municipal aumentou de R$ 39 milhões em 2020 para R$ 69 milhões no ano passado. O que aconteceu?

Tivemos questões por conta da pandemia (de covid-19), quando ficou congelado toda a parte do departamento de pessoal na nossa prefeitura. Então, no ano de 2022, fizemos um dos maiores reajustes para os nossos servidores para compensar esse congelamento do ano de 2021. Também tivemos a municipalização de duas escolas e a nomeação de 36 novos professores, além do incremento da nossa Guarda Civil Municipal, que está hoje com 16 novos guardas para garantir a segurança da nossa comunidade. Os serviços que são prestados pela prefeitura são feitos por pessoas. Todos os serviços que foram ampliados para nossa população refletem em novas pessoas estarem trabalhando. O que frisa é que, na proporção com a arrecadação do nosso município, a nossa folha de pagamento se mantém estável dentro dos últimos 12 anos.

 

Uma das suas propostas é a criação de mais duas equipes com máquinas e dividir o atendimento aos agricultores em três regiões. Por que esse novo formato?

É uma reestruturação que idealizamos após a enchente, quando a resposta mais rápida foi a dos nossos dois distritos, Mato Perso e Otávio Rocha. As equipes, praticamente, terão a mesma composição (do quadro atual). O que precisaremos adquirir é uma nova patrola e uma nova caçamba. Dividiremos o nosso interior em três sub-equipes e cada equipe será responsável pela sua região. Essa equipe que ficará responsável tanto pela estrada pública como pelas estradas de produção. A partir do momento que essa equipe chegar para atender uma parte da sua região, ela já vai fazer todo esse atendimento e temos certeza de que irá agilizar em três vezes o atendimento ao nosso agricultor. Investiremos em, pelo menos, dois equipamentos num primeiro momento e, talvez, a gente precise nomear mais dois motoristas para compor a equipe. Não terá um impacto de pessoal e, se tiver, será por uma causa justíssima.


 
Uma crítica é que a cultura não é uma prioridade da sua gestão. O candidato considera que o Poder Público não deve investir em eventos culturais? 

Pelo contrário, sempre buscamos valorizar. O exemplo é a Fenavindima, onde tivemos uma participação enorme com os artistas indicados pela APAC para valorizar cada vez mais os nossos artistas locais. A Feira do Livro estávamos, no ano passado, trabalhando em cima de um projeto de captação de recurso. Optamos por fazer ela neste ano, ao mesmo tempo que tivemos Virada Cultural, com a divulgação nas escolas e a participação dos alunos. Temos certeza que conseguimos atingir os nossos objetivos, embora o tempo tenha feito dias frios, mas foi a oportunidade que nós tivemos devido a essa questão das enchentes. Esse olhar para o nosso artista local, pretendemos, no próximo mandato, termos uma Lei de Incentivo à Cultura municipal, justamente para fomentar e desenvolver cada vez mais essas apresentações. E que não sejam só aqui no centro da cidade, mas que sejam itinerantes e possam passar pelo nosso interior e pelos nossos distritos.

 

Sobre a saúde, uma reclamação é a questão das filas nas UBS dos bairros e o limite de atendimento. Como melhorar esses atendimentos?

Hoje o nosso problema é o espaço físico. Não temos local para atender a nossa comunidade, visto que de 2020 para 2024 praticamente dobrou o número de pessoas que buscam o atendimento nos nossos postos de saúde. Hoje, cerca de 30 mil pessoas buscam o atendimento nos nossos postos de saúde. Então, no Centro, estamos construindo um novo posto, onde teremos uma atenção muito especial, com um andar só para pediatria, que é onde temos uma demanda muito grande, e outro andar só para a saúde da mulher. Outras duas iniciativas são a UBS de Nova Roma, que já será licitada pós-período eleitoral e também a UBS do São Pedro, ou do Pérola, como é mais conhecida pela nossa população, que já estamos com o contrato assinado para reformar por completo e ampliar. Hoje já estamos atendendo 30 mil pessoas e, claro, às vezes tem uma demora um pouquinho maior, mas se compararmos a demora de um plano de saúde, a nossa demora ainda é menor do que a iniciativa privada. Sabemos, sim, que temos que melhorar e temos a certeza que, com essas novas construções, conseguiremos dar essa atenção muito especial, principalmente em pediatria.

 

Quando o sistema binário é criticado, o senhor defende que ainda estão sendo feitas obras e estamos em um período de adaptação. Quando este sistema estará pronto para uma avaliação completa sobre o efeito no trânsito?

O binário também sofreu a consequência das chuvaradas desse ano, onde a gente precisou adiar algumas obras que estão acontecendo agora. O projeto como um todo, estimamos que ainda levará uns dois anos para ficar completo. Até o final do ano, chegaremos a 14 mil metros de tubulação feitos e teremos pronto o asfalto da Raimundo Montanari e, depois, a mesma obra na Garibaldi. De três ruas centrais, passaremos ter cinco, e todas as travessas também (asfaltadas) chegando até a Raimundo e até a Garibaldi. Dessa forma vamos ordenar e organizar o estacionamento. Depois desse avanço, estudaremos o trânsito e a viabilidade do estacionamento rotativo pago nas ruas mais centrais.


Quando será implementado esse estacionamento rotativo?

Há um primeiro contato com uma empresa interessada e a ideia é, após finalizarmos essas outras duas ruas, fazer a contagem de todas as vagas e elaborar um projeto. Então, chamaremos o CDL, o Centro Empresarial, os comerciantes e todos envolvidos diretamente para validar essa proposta. A partir desta validação, será muito rápido, só instalar os equipamentos e pintar o meio-fio de azul. Com certeza para o próximo ano já pode ser implementado.

 

O seu projeto da Avenida 25 de Julho foi adiado após as chuvas de maio. Caso seja reeleito, essa obra será prioridade? De onde virá o recurso, afinal os R$ 7 milhões já foram redirecionados para os estragos das enchentes?

A requalificação da Avenida 25 de Julho é uma obra muito importante e não é só o embelezamento, também contempla os acessos e a mobilidade de muitas empresas, loteamentos e bairros. A requalificação continua (no planejamento) e temos recursos, que seriam para uma segunda etapa do projeto, já previstos para o ano que vem. Também temos recuros federais, do senador Heinze e de deputados, reservados. Temos, sim, esse compromisso de executar esse projeto e, dentro da possibilidade, iniciaremos já no próximo ano.

 

A história mostra prefeitos reeleitos que deixam o mandato para concorrer a deputado. O senhor se compromete com esses quatro anos?

Temos um projeto para Flores da Cunha que tenho a certeza que será transformador dentro desses quatro anos. A dupla César e Márcio dá certo porque andamos um ao lado do outro. Vamos seguir assim nesses quatro anos dentro dessa liberdade que temos de compor as nossas equipes e estruturar a nossa forma de fazer política.

 - Reprodução / Jornal O Florense
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