Festival de Cinema Estudantil Astro completa 25 anos
Escola São Rafael terá noite de premiação da 25ª edição neste sábado (28)
Chegamos a 25ª edição do Festival de Cinema Estudantil que tem ficado registrado na vida e na memória de alunos, professores e de boa parte dos florenses. A festa de premiação (e surpresas) deste sábado (28) está sob responsabilidade da coordenadora do projeto Astro da Escola Estadual São Rafael, Graziela Mazzarotto, que tem ligação com a escola desde o final da década de 1980 e garante que o seu envolvimento com o festival é de “pura emoção e dedicação”.
— Minha vida é antes e durante o Astro! Estou na coordenação há três anos e posso dizer que a experiência de organizar o festival é inerente à minha história de vida! Fui aluna do São Rafael, em 1987, depois professora em 1996 e vi o festival sendo gestado em 1999 — conta Graziela, que também é supervisora pedagógica da escola.
Os vencedores de 2024 do Festival de Cinema Estudantil Astro serão conhecidos na festa de premiação marcada para o Clube Independente, às 20h. Somente neste ano, participaram aproximadamente 500 estudantes e mais 40 ex-alunos, divididos na produção de 18 curtas-metragens.
— Sempre digo que o Astro do ano seguinte começa após a premiação. Tanto o Clube Independente quando o Salão Paroquial (para as exibições) são espaços concorridos e precisamos reservar bem antes. Precisamos falar com os profissionais que fazem as oficinas com os alunos há toda uma estrutura que precisamos preparar. Em março, por exemplo, oferecemos oficina de roteiro literário para todas as turmas. E das 23 turmas, os 15 melhores roteiros foram escolhidos para gravar. A seleção é feita por pessoas de fora da escola — comenta Graziela.
A diretora da escola, Ana Paula Citolin Rigotto, que acompanha o Astro há cinco anos, considera que o festival faz com que “os alunos respirem cinema”.
— É uma oportunidade de mostrar o talento dos alunos em escrever, atuar, e dirigir. O trabalho em equipe é importante e é bom de ver a união deles depois do trabalho realizado — afirma.
Nessa história, alguns momentos merecem destaque. Em 2005, o Astro pode contar com o Núcleo de Produções Audiovisuais Maria Dalla Costa. Em 2009, o Astro foi convidado a participar do Festival de Cinema de Gramado. E, por óbvio, foi a retomada do festival após a pandemia de coronavírus — a edição de 2020 foi cancelada e a de 2021 precisou ser online com filmes das edições passadas. Neste ano, a escola encaminhou a documentação para registrar a marca “Astro”. Para o futuro próximo, um dos objetivos é que o festival se torne uma disciplina do Ensino Médio.
O início
Entre as pessoas que fazem parte desta história de 25 anos do Astro está a professora e historiadora florense, Lorete Maria Calza Paludo, que lembra a criação do festival junto ao Grêmio Estudantil da escola.
— A escola sempre teve uma tendência ao audiovisual, que era trabalhado nas aulas de artes. Em 1999, a turma que começou o festival era do Grêmio Estudantil e eles tinham se inspirado na música Faroeste Caboclo (do Legião Urbana) para fazer um filme, que ficou muito legal. Eles eram muito criativos — conta Lorete.
O diretor de audiovisual, Juliano Carpeggiani, 42, fazia parte daquele Grêmio Estudantil. Desde criança, ele desenvolveu muito interesse pela sétima arte. Tanto que seguiu carreira, fazendo bacharelado em Realização Audiovisual na Unisinos e trabalha com Oficinas de Cinema na UCS.
— Nós realizamos o primeiro Astro no auditório da escola em 1999, que ficou lotado. O espaço era pequeno para o número de pessoas e o calor aqueceu o projetor a ponto de não funcionar. Tivemos que cancelar uma das noites. Depois, no ano seguinte, fizemos no Salão Paroquial. E novamente lotou. Desde o início sentia que era o momento oportuno para um festival. Fluiu muito bem. Não foi necessário convencer os outros alunos, pois todo mundo aderiu a ideia. Era um momento em que nossa vida estava na escola — lembra Carpeggiani, que na época era vice-presidente do Grêmio.
MELHORES FILMES EM 23 EDIÇÕES:
1999 |
1ª |
Além do Destino |
2000 |
2ª |
Outono de 64 |
2001 |
3ª |
Eterna Promessa |
2002 |
4ª |
Hei Baloris! |
2003 |
5ª |
Fuja, Louco! |
2004 |
6ª |
A Esperança é a Última que Morre! |
2005 |
7ª |
Bergozza: O Homem de Ferro |
2006 |
8ª |
Infeliz Natal! |
2007 |
9ª |
Normal D+ |
2008 |
10ª |
Valeu a Pena! |
2009 |
11ª |
Do Outro Lado da Ponte |
2010 |
12ª |
Sequefunto |
2011 |
13ª |
As Cores da Vingança |
2012 |
14ª |
Garotos do Programa |
2013 |
15ª |
Batendo as Botas |
2014 |
16ª |
Perturbados |
2015 |
17ª |
A Névoa do Teu Olhar |
2016 |
18ª |
Da Cor do Meu Sangue |
2017 |
19ª |
Até Que a Morte nos Separe |
2018 |
20ª |
Renegados |
2019 |
21ª |
Ma Cherie |
2020 |
- |
-Sem edição- |
2021 |
22ª |
Edição especial com a trajetória do festival |
2022 |
23ª |
Nas Entrelinhas |
2023 |
24ª |
Atenciosamente, Lis |
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