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STI enfrenta dificuldades

Desde que a contribuição sindical passou a ser facultativa, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário tem tido contratempos em manter a entidade

Há 30 anos o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário (STI) surgiu com o propósito de representar a categoria nos municípios de Flores da Cunha e Nova Pádua. Até 1989, os trabalhadores do setor moveleiro faziam parte da base territorial de Caxias do Sul. Além de lutar pela defesa dos interesses e pelo cumprimento dos direitos da classe trabalhadora, a entidade também oferece benefícios como rescisão de contrato e assistência jurídica e odontológica aos associados. Porém, desde que a reforma trabalhista entrou em vigor, em 2017, a contribuição sindical deixou de ser obrigatória e o pagamento passou a ser facultativo, o STI começou a enfrentar dificuldades. Segundo o presidente da entidade, Adauto Sousa Lima, a instituição enfrenta impasses devido à mudança. “Ficou bem difícil manter a entidade. Recebemos só a contribuição assistencial, que é descontada mensalmente na folha do empregado e estabelecida na convenção coletiva em 2,5%”, conta. A contribuição assistencial serve para cobrir as despesas do Sindicato da categoria representativa, contudo, o pagamento também é opcional. “A maioria paga. O trabalhador sabe que ao pagar a entidade será representado”, afirma Lima.

No comando da instituição desde 2009, o presidente declara que, além da não obrigatoriedade da contribuição, o número de empresas e de funcionários diminuiu nos últimos tempos. Apesar disso, a entidade continua atuando em prol da classe e participando de negociações trabalhistas. “Nosso papel é fazer o intermédio entre o empregado e o empregador. Quando alguma empresa vai à falência, a entidade garante o direito do colaborador”, diz. O Sindicato conta com três funcionários para atender aos seus associados: uma secretária, uma pessoa responsável pelo setor administrativo/financeiro e uma analista de Recursos Humanos, encarregada pelas questões trabalhistas, como as rescisões de contrato de trabalho. As dificuldades enfrentadas também motivaram o corte de gastos na instituição. O advogado atende duas vezes por mês e a dentista conforme a demanda. Os cargos de auxiliar de dentista e de limpeza foram terceirizados.

Em setembro de 2016, quando houve a inauguração da sede, o STI contava com 342 associados. O presidente não revelou para a reportagem d’O Florense o número de associados que o Sindicato possui atualmente. “Não quero fechar, mas sim manter a entidade. O Sindicato é a casa do trabalhador. Se ele precisar, seja para garantir seus direitos ou se o salário atrasar, ele vem aqui”, declara Lima.

Sede ampla e moderna

Em 2016 a entidade inaugurou sua sede própria, localizada na Rua John Kennedy, em frente à igreja do bairro São José. O espaço, custeado com recursos próprios, possui 950m² de área construída e abriga dois pavimentos e o subsolo. A edificação dispõe de auditório com capacidade para 100 pessoas e infraestrutura acústica para realização de palestras, seminários e cursos, consultório odontológico e nove salas administrativas – incluindo um ambiente destinado para reuniões. O prédio conta com elevador, banheiros e rampas para acessibilidade.

Sindicato oferece benefícios

Os associados ao Sindicato contam com assistência odontológica e jurídica e opções de planos de saúde. Além disso, o STI tem parceria com diversos estabelecimentos comerciais e de saúde. Para obter o desconto, basta comprovar o convênio com a entidade. A instituição também oferece aos sócios todas as informações e auxílios para a rescisão do contrato de trabalho e acerto do fim do vínculo empregatício com o empregador.

 

Presidente do STI, Adauto Sousa Lima.  - Bruna Marini
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