Geral

Retorno ao campo: paz, tranquilidade e qualidade

Há um ano, o agricultor Cácio Gelain trocou a cidade pelo interior

O agricultor Cácio Roberto Gelain, 40 anos, migrou do Travessão Acioli, em Nova Pádua, para Flores da Cunha aos 23 anos. Na época, a família do jovem foi mais um exemplo de êxodo rural, deslocamento de uma população do campo para a cidade. Com formação em tecnólogo em Gestão Empresarial, Gelain trabalhou inicialmente como recepcionista, passou pelo setor de faturamento e, por fim, atuou como representante comercial por 12 anos. Porém, no ano passado, uma série de fatores fez com que ele e a esposa, Kellen Toscan, retornassem para as terras da família no município paduense. “A crise foi um dos motivos. O comércio teve baixa de vendas, ninguém mais comprava estoque”, conta.

Dessa forma, voltar para a agricultura foi uma oportunidade considerada pelo casal. “É melhor tocar a propriedade do que ser funcionário”, avalia. No Travessão Acioli, ele toma conta dos parreirais das variedades Niágara, Isabel e Bordô. Segundo o agricultor, os períodos mais intensos são a poda das videiras e a colheita da uva. “Eu sabia que no início seria difícil, mas só até organizar as coisas. Nós buscamos mais paz, tranquilidade e qualidade de vida, e temos isso aqui”, afirma. Para se adequar ao trabalho, Gelain investiu em maquinário – como trator e implementos agrícolas – e na modernização dos processos, além de participar de palestras na área. “É preciso modernizar, o sistema de trabalho não é mais o mesmo. Quem se atualiza e não fica estagnado têm futuro”, conta.

Com os olhos voltados para a colônia – antes tudo era direcionado à cidade –, o agricultor não se arrepende da troca de profissão, apesar das imprecisões, como a do clima. “Uma coisa fundamental é o seguro agrícola. Não dá para contar com a sorte, ninguém manda no tempo”, revela.

Cácio Gelain cultiva videiras no Travessão Acioli. - Bruna Marini
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário