Geral

Nas margens do Rio Curuzu, dois moradores locais, Jucemara Noronha Quintanilha e Eledir dos Santos, erguem suas vozes para compartilhar visões profundas e experiências valiosas, que pintam um quadro dos desafios que enfrentam na região e a esperança de melhorias significativas. Jucemara Noronha Quintanilha, aos seus 43 anos de idade, é uma testemunha do rio desde 1983. Ela registrou, com carinho, um passado em que as águas do rio eram cristalinas, antes de a poluição se tornar uma triste realidade, há cerca de 15 anos.
A crescente demanda da população, detectada no despejo direto de esgoto no rio, prejudicando a qualidade da água e exalando um odor incômodo, especialmente nos dias de verão, quando a água do rio não pode desempenhar seu papel em amenizar o odor.
Além de sua preocupação com a qualidade da água, Jucemara também divide suas inquietações com o estado do parquinho local. Ela nota, com tristeza, que os brinquedos estão danificados, e a infraestrutura básica para as crianças é insuficiente, tornando-se um local sem condições de segurança para que seus netos possam brincar. Jucemara enfatiza a urgência de medidas de segurança e melhorias estruturais para restaurar a dignidade do parquinho e torná-lo um espaço adequado para as futuras gerações. Eledir dos Santos, com seus 53 anos e residindo na região há 19, compartilha uma perspectiva de esperança. Ele destaca uma mudança positiva após a remoção do esgoto, que anteriormente era lançado diretamente no rio. No entanto, ele observa, com pesar, os problemas que o parquinho enfrenta, com brinquedos quebrados devido à falta de manutenção. Eledir acredita que um investimento da prefeitura poderia revitalizar o parquinho, incluindo a substituição das lâmpadas quebradas que afetam a segurança e o bem-estar da comunidade. 
Ambos os entrevistados ressaltaram a importância de ações efetivas por parte das autoridades locais para enfrentar os desafios que o rio e o parquinho enfrentam. Isso inclui a conclusão do sistema de esgoto em desenvolvimento e a implementação de medidas de segurança e limpeza no parquinho. Eles depositam suas esperanças em soluções específicas para restaurar a qualidade de vida na comunidade, criando um ambiente mais saudável e seguro para todos. 
Os moradores sonham em poder passar o final de semana na beira do rio, tomando chimarrão e vendo os filhos brincarem no parquinho do bairro, que esteja limpo, bonito e com os brinquedos novos, que não estejam enferrujados, e um local que não seja tão sujo.

Este texto faz parte de um projeto desenvolvido pela professora Alessandra Accorsi Trindade, da disciplina de Língua Portuguesa, com os alunos do sétimo ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Leonel de Moura Brizola, após uma conversa com o Jornal O Florense sobre o jornalismo e a reportagem, realizada em outubro de 2023.