Inclusão e acessibilidade em destaque na Casa da Cultura
Isabel Varriale Damian e Alexandre Battisti trazem experiências inspiradoras em evento gratuito em Flores da Cunha
A Casa da Cultura Flávio Luis Ferrarini, será palco de um evento inspirador sobre inclusão e acessibilidade. Com a condução de Isabel Varriale Damian, empreendedora e fundadora da empresa IVD Libras e Audiodescrição, e a participação do músico Alexandre Battisti, acordeonista e pessoa com deficiência visual, o evento propõe uma troca de experiências voltada para sensibilizar o público sobre a importância da acessibilidade e a construção de um mundo mais inclusivo.
A entrada é gratuita, e a proposta é que a conversa abra portas para um tema essencial: como podemos tornar a sociedade mais acessível e acolhedora para todos. Quando se fala em acessibilidade, as adaptações arquitetônicas, como rampas e corrimões, costumam ser as primeiras lembradas. Embora sejam fundamentais, essas medidas representam apenas um dos pilares da acessibilidade, que também envolve o olhar atitudinal e a comunicação inclusiva.
Isabel, que trabalha com acessibilidade e inclusão há 15 anos, é uma defensora da Acessibilidade Atitudinal (a ideia de que é necessário ver a pessoa com deficiência além dos estereótipos).
— A acessibilidade atitudinal, faz com que as pessoas com deficiência se sintam bem nos locais que estejam, sendo tratadas com equidade de direitos. A acessibilidade comunicacional, através da Libras e da Audiodescrição faz com que todos se sintam parte das decisões e possam ter voz ativa para participar e contribuir com a sociedade — pontua.
Outro aspecto que Isabel abordará é a busca por garantias que pessoas com deficiência tenham meios de ter acesso à comunicação, seja em salas de aula, no trabalho ou em atividades culturais. Na prática, isso significa ter intérpretes de Libras disponíveis, audiodescrição em eventos e uma série de outras adaptações que buscam incluir todos de forma igualitária.
Isabel destaca a importância de compreender que nossas atitudes geram respostas no outro, que podem ser positivas ou negativas.
— Para a acessibilidade atitudinal ser cumprida, primeiro é necessário que a pessoa entenda que suas atitudes geram uma resposta no outro, e que esta pode ser positiva ou negativa. É necessário usarmos a acessibilidade atitudinal com todos os seres humanos, independente de terem uma deficiência ou não, pois só assim seremos felizes e teremos paz — diz.
A empreendedora ainda aponta que a inclusão começa com atitudes das pessoas. Para ela, ter rampas ou elevadores não é suficiente se não houver alguém para indicar onde as pessoas estão e ajuda-las a se sentirem à vontade.
— Para mim, a principal acessibilidade é a atitudinal, pois de nada serve ter uma rampa ou elevador (que seria uma acessibilidade arquitetônica) se não houver um ser humano sensibilizado que indique onde ela está localizada e receba a outra pessoa com um sorriso para dizer que ela é bem vinda e que sua presença jamais seria um incômodo — finaliza.
Música e inclusão
O evento contará também com a participação especial de Alexandre Battisti, que, além de músico, vive a experiência da deficiência visual. Sua trajetória demonstra que a deficiência não limita o potencial artístico e profissional, mas pode abrir novas possibilidades e evidenciar a resiliência de quem enfrenta barreiras sociais. Durante o evento, ele compartilhará sua experiência pessoal e como encontrou na música uma forma de expressão e independência.
Como participar
Quando: dia 9 de novembro, das 10h às 12h
Onde: na Casa da Cultura Flávio Luis Ferrarini
Entrada: gratuita
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