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Greve dos bancários completa 30 dias

A greve dos bancários completa hoje, 5 de outubro, 30 dias. O movimento é legítimo e considerado uma ferramenta de luta para reivindicar melhorias à categoria. Mas, e a população, que depende dos serviços, como fica? E os aposentados e pensionistas que dependem do atendimento presencial nestas empresas? Quem fiscaliza a prestação destes serviços? A saber: juntos, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander lucraram R$ 13,4 bilhões no segundo trimestre de 2016. Nos primeiros três meses do ano o ganho fora de R$ 12,8 bilhões. Enquanto poucos ganham fortunas, a maioria da população fica esperando uma solução.

A atual greve se iguala ao período mais longo de paralisação nacional ocorrida em 2004, quando houve a primeira campanha nacional unificada entre funcionários de bancos públicos e privados. A segunda greve mais longa da categoria foi em 2013, totalizando 24 dias. Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), 13.104 agências e 44 centros administrativos estavam com as atividades paralisadas até ontem (dia 4). O número representa 55% do total de agências do país. Em Flores da Cunha, aderiram à greve o Banrisul, o Banco do Brasil e a Caixa.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando a inflação de 9,31%; mais participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90 (abono); piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24); e vales alimentação, refeição e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido 14º salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.

Atualmente, os bancários recebem piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4.043,58.

A proposta mais recente apresentada pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) foi no dia 28 de setembro, quando foi apresentado reajuste de 7% e um abono de R$ 3,5 mil, com aumento real de 0,5% para 2017. Hoje, dia 5, está programada nova rodada de negociações com a Fenaban, em São Paulo.

Apesar de os serviços de internet banking e caixas eletrônicos funcionarem durante a greve, alguns atendimentos ficam mais complicados como sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou receber benefício social na Caixa, sem o Cartão Cidadão. Mesmo com a paralisação, as datas de vencimento de contas não são alteradas. Em caso de atrasos, o cliente será e pode até ter o nome enviado aos serviços de proteção ao crédito, dependendo do atraso.

Para fazer o pagamento de contas, os bancos orientam que os usuários procurem caixas eletrônicos, lotéricas e correspondentes bancários. Nesses locais, é possível fazer normalmente o pagamento de contas de água, luz, tributos, boletos de cobrança, prestação de habitação e saques de conta-corrente.

 

 - Fabiano Provin/O Florense
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