Gramado celebra 40 anos distribuindo estatuetas
Tradicional Festival de Cinema premiou longas-metragens nacionais e latinos durante encerramento ocorrido no dia 18
Um road movie poético protagonizado por três atores com síndrome de Down e os passos de um lendário libertador uruguaio foram os grandes vencedores do 40º Festival de Cinema de Gramado. O badalado evento, realizado de 10 a 18 de agosto, entregou os Kikitos aos melhores longas-metragens nacionais e latinos e aos curtas brasileiros e gaúchos. No total, foram entregues 35 Kikitos no dia 18.
Competindo entre os longas brasileiros, o filme Colegas foi o grande vencedor, mesmo não levando o maior número de prêmios. Protagonizado por três portadores de síndrome de Down, o filme ganhou Melhor Filme, Direção de Arte e um prêmio especial do júri para os atores Rita Pokk, Ariel Goldenberg e Breno Viola.
Com o maior número de estatuetas ficou o longa O Som ao Redor, tido como o favorito. Mesmo não abocanhando a estatueta principal, ficou com os Kikitos de Melhor Direção, Prêmio da Crítica, Prêmio do Júri Popular e Melhor Som. Dirigido por Kleber Mendonça Filho, o filme é uma crônica brasileira sobre história, violência e barulho.
Os demais premiados na categoria longas brasileiros foram Jorge Mautner, O Filho do Holocausto, com três prêmios técnicos, e Super Nada e O que se Move, que ficaram com os troféus de Melhor Ator e Atriz, respectivamente.
Nos longas latinos o preferido Artigas, La Redota, do uruguaio Cesar Charlone, levou sete prêmios, além de duas das três menções especiais distribuídas pelo júri. O melhor curta foi O Menino do Cinco, de Wallace Nogueira. E o melhor curta gaúcho ficou para Casa Afogada, que faturou quatro Kikitos.
Quem faturou os Kikitos
Longas brasileiros
- Melhor Filme: Colegas, de Marcelo Galvão
- Melhor Direção: Kleber Mendonça Filho, por O Som ao Redor
- Melhor Ator: Marat Descartes, por Super Nada
- Melhor Atriz: Fernanda Vianna, por O que se Move
- Prêmio Especial do Júri: Ariel Goldenberg, Breno Viola e Rita Pokk, protagonistas de Colegas
- Prêmio da Crítica: O Som ao Redor
- Prêmio do Júri Popular: O Som ao Redor
- Melhor Roteiro: Jorge Mautner, O Filho do Holocausto, de Heitor D’Alincourt e Pedro Bial
- Melhor Fotografia: Jorge Mautner, O Filho do Holocausto
- Melhor Montagem: Jorge Mautner, O Filho do Holocausto
- Melhor Direção de Arte: Colegas
- Melhor Som: O Som ao Redor
- Melhor Trilha Sonora: Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!, de Ninho Moraes e Francisco César Filho
Longas latino-americanos
- Melhor Filme: Artigas, La Redota, de Cesar Charlone (Uruguai)
- Melhor Direção: Cesar Charlone, de Artigas, La Redota
- Melhor Ator: Jorge Esmoris, de Artigas, La Redota
- Melhor Atriz: não foi entregue pelo júri
- Menções Honrosas: direção de arte e trilha sonora de Artigas, La Redota e trilha sonora de Vinci, de Eduardo del Llano Rodríguez (Cuba)
- Prêmio da Crítica: Artigas, La Redota
- Prêmio do Júri Popular: Artigas, La Redota
- Melhor Roteiro: Vinci
- Melhor Fotografia: Leontina, de Boris Peters (Chile)
Curtas-metragens
- Melhor Filme: O Menino do Cinco, de Marcelo de Oliveira e Wallace Nogueira (BA)
- Melhor Direção: Gilson Vargas, de Casa Afogada (RS)
- Melhor Ator: Thomas Oliveira e Emanuel de Sena, de O Menino do Cinco (BA)
- Melhor Atriz: Sabrina Greve, de O Duplo (SP)
- Prêmio Especial do Júri: A Mão que Afaga (SP)
- Prêmio da Crítica: O Menino do Cinco (BA)
- Prêmio do Júri Popular: O Menino do Cinco (BA)
- Melhor Roteiro: O Menino do Cinco (BA)
- Melhor Fotografia: Casa Afogada (RS)
- Melhor Montagem: Di Mello, o Imorrível (SP)
- Melhor Direção de Arte: Casa Afogada (RS)
- Melhor Som: Casa Afogada (RS)
- Melhor Trilha Sonora: Funeral à Cigana (SP)
- Prêmio Aquisição Canal Brasil: O Menino do Cinco (BA)
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No comparativo com outros anos, poucas celebridades estiveram em Gramado
Quem acompanhou a 40ª edição do Festival de Cinema de Gramado sentiu falta das celebridades. Para frustração dos fãs e dos caçadores de autógrafos, que faziam fila para ver os artistas desfilarem no tapete vermelho, poucas estrelas da televisão apareceram. Bem diferente de anos anteriores, quando nomes de peso compareceram ao Festival.
Entre os destaques, estiveram na Região das Hortênsias os homenageados Eva Wilma, Betty Faria e Arnaldo Jabor, os atores de Malhação Gil Coelho e Pedro Fergolina, os ex-BBBs Yuri e Laisa Portela, e os atores Caio Castro, Jonatas Faro (Conrado de Cheias de Charme), Juliana Alves (Dinha de Cheias de Charme), Giovana Ewbank, Claudia Alencar, Daniela Escobar e Ronny Kriwat (Tomás de Avenida Brasil). Nomes esperados como o de Luana Piovani, protagonista do filme Insônia, que concorria na mostra competitiva, e Pedro Bial, co-diretor de Jorge Mautner, O Filho do Holocausto, não compareceram.
No balanço geral do evento, cerca de 170 mil pessoas passaram pela cidade. “Tivemos momentos com mais ou menos interesse do público, mas nunca salas vazias. É um momento de retomada de público”, enfatizou o diretor da UM Cultural (produtora e proponente do evento), Ralfe Cardoso, ressaltando que os artistas são importantes, mas não o elemento principal do evento.
Homenageados
Quatro nomes com grande serviço prestado ao cinema foram homenageados nos 40 anos do Festival. A atriz Eva Wilma, com 20 longas-metragens no currículo, recebeu o troféu ‘Cidade de Gramado’, criado para destacar nomes que tiveram ligação com a sede do evento.
Da Argentina foi agraciado com o ‘Kikito de Cristal’ o diretor Juan José Campanella, detentor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por O Segredo dos seus Olhos. O Kikito é concedido a grandes nomes do cinema latino.
A atriz Betty Faria, que tem na bagagem filmes como Bye Bye Brasil, recebeu o troféu ‘Oscarito’, dedicado aos grandes atores do cinema nacional. Betty já fez 21 filmes e protagonizou cerca de 40 novelas. O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor recebeu o troféu ‘Eduardo Abelin’, entregue a grandes cineastas e entidades do cinema.
Competindo entre os longas brasileiros, o filme Colegas foi o grande vencedor, mesmo não levando o maior número de prêmios. Protagonizado por três portadores de síndrome de Down, o filme ganhou Melhor Filme, Direção de Arte e um prêmio especial do júri para os atores Rita Pokk, Ariel Goldenberg e Breno Viola.
Com o maior número de estatuetas ficou o longa O Som ao Redor, tido como o favorito. Mesmo não abocanhando a estatueta principal, ficou com os Kikitos de Melhor Direção, Prêmio da Crítica, Prêmio do Júri Popular e Melhor Som. Dirigido por Kleber Mendonça Filho, o filme é uma crônica brasileira sobre história, violência e barulho.
Os demais premiados na categoria longas brasileiros foram Jorge Mautner, O Filho do Holocausto, com três prêmios técnicos, e Super Nada e O que se Move, que ficaram com os troféus de Melhor Ator e Atriz, respectivamente.
Nos longas latinos o preferido Artigas, La Redota, do uruguaio Cesar Charlone, levou sete prêmios, além de duas das três menções especiais distribuídas pelo júri. O melhor curta foi O Menino do Cinco, de Wallace Nogueira. E o melhor curta gaúcho ficou para Casa Afogada, que faturou quatro Kikitos.
Quem faturou os Kikitos
Longas brasileiros
- Melhor Filme: Colegas, de Marcelo Galvão
- Melhor Direção: Kleber Mendonça Filho, por O Som ao Redor
- Melhor Ator: Marat Descartes, por Super Nada
- Melhor Atriz: Fernanda Vianna, por O que se Move
- Prêmio Especial do Júri: Ariel Goldenberg, Breno Viola e Rita Pokk, protagonistas de Colegas
- Prêmio da Crítica: O Som ao Redor
- Prêmio do Júri Popular: O Som ao Redor
- Melhor Roteiro: Jorge Mautner, O Filho do Holocausto, de Heitor D’Alincourt e Pedro Bial
- Melhor Fotografia: Jorge Mautner, O Filho do Holocausto
- Melhor Montagem: Jorge Mautner, O Filho do Holocausto
- Melhor Direção de Arte: Colegas
- Melhor Som: O Som ao Redor
- Melhor Trilha Sonora: Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!, de Ninho Moraes e Francisco César Filho
Longas latino-americanos
- Melhor Filme: Artigas, La Redota, de Cesar Charlone (Uruguai)
- Melhor Direção: Cesar Charlone, de Artigas, La Redota
- Melhor Ator: Jorge Esmoris, de Artigas, La Redota
- Melhor Atriz: não foi entregue pelo júri
- Menções Honrosas: direção de arte e trilha sonora de Artigas, La Redota e trilha sonora de Vinci, de Eduardo del Llano Rodríguez (Cuba)
- Prêmio da Crítica: Artigas, La Redota
- Prêmio do Júri Popular: Artigas, La Redota
- Melhor Roteiro: Vinci
- Melhor Fotografia: Leontina, de Boris Peters (Chile)
Curtas-metragens
- Melhor Filme: O Menino do Cinco, de Marcelo de Oliveira e Wallace Nogueira (BA)
- Melhor Direção: Gilson Vargas, de Casa Afogada (RS)
- Melhor Ator: Thomas Oliveira e Emanuel de Sena, de O Menino do Cinco (BA)
- Melhor Atriz: Sabrina Greve, de O Duplo (SP)
- Prêmio Especial do Júri: A Mão que Afaga (SP)
- Prêmio da Crítica: O Menino do Cinco (BA)
- Prêmio do Júri Popular: O Menino do Cinco (BA)
- Melhor Roteiro: O Menino do Cinco (BA)
- Melhor Fotografia: Casa Afogada (RS)
- Melhor Montagem: Di Mello, o Imorrível (SP)
- Melhor Direção de Arte: Casa Afogada (RS)
- Melhor Som: Casa Afogada (RS)
- Melhor Trilha Sonora: Funeral à Cigana (SP)
- Prêmio Aquisição Canal Brasil: O Menino do Cinco (BA)
No comparativo com outros anos, poucas celebridades estiveram em Gramado
Quem acompanhou a 40ª edição do Festival de Cinema de Gramado sentiu falta das celebridades. Para frustração dos fãs e dos caçadores de autógrafos, que faziam fila para ver os artistas desfilarem no tapete vermelho, poucas estrelas da televisão apareceram. Bem diferente de anos anteriores, quando nomes de peso compareceram ao Festival.
Entre os destaques, estiveram na Região das Hortênsias os homenageados Eva Wilma, Betty Faria e Arnaldo Jabor, os atores de Malhação Gil Coelho e Pedro Fergolina, os ex-BBBs Yuri e Laisa Portela, e os atores Caio Castro, Jonatas Faro (Conrado de Cheias de Charme), Juliana Alves (Dinha de Cheias de Charme), Giovana Ewbank, Claudia Alencar, Daniela Escobar e Ronny Kriwat (Tomás de Avenida Brasil). Nomes esperados como o de Luana Piovani, protagonista do filme Insônia, que concorria na mostra competitiva, e Pedro Bial, co-diretor de Jorge Mautner, O Filho do Holocausto, não compareceram.
No balanço geral do evento, cerca de 170 mil pessoas passaram pela cidade. “Tivemos momentos com mais ou menos interesse do público, mas nunca salas vazias. É um momento de retomada de público”, enfatizou o diretor da UM Cultural (produtora e proponente do evento), Ralfe Cardoso, ressaltando que os artistas são importantes, mas não o elemento principal do evento.
Homenageados
Quatro nomes com grande serviço prestado ao cinema foram homenageados nos 40 anos do Festival. A atriz Eva Wilma, com 20 longas-metragens no currículo, recebeu o troféu ‘Cidade de Gramado’, criado para destacar nomes que tiveram ligação com a sede do evento.
Da Argentina foi agraciado com o ‘Kikito de Cristal’ o diretor Juan José Campanella, detentor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por O Segredo dos seus Olhos. O Kikito é concedido a grandes nomes do cinema latino.
A atriz Betty Faria, que tem na bagagem filmes como Bye Bye Brasil, recebeu o troféu ‘Oscarito’, dedicado aos grandes atores do cinema nacional. Betty já fez 21 filmes e protagonizou cerca de 40 novelas. O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor recebeu o troféu ‘Eduardo Abelin’, entregue a grandes cineastas e entidades do cinema.
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