Flores da Cunha tem ‘Mais Médicos’ há dois anos
Programa destinou profissionais que hoje atuam na localidade de Nova Roma e nos distritos de Otávio Rocha e Mato Perso
Há dois anos era assinada a Medida Provisória que instituiu o programa Mais Médicos, criado pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Mesmo com as divergências iniciais pelo país, hoje, de acordo com o Portal Brasil, o projeto garante assistência para 63 milhões de pessoas. No total, são mais de 18 mil médicos em 4.058 municípios (72,8% das cidades brasileiras) e 34 distritos sanitários indígenas. Em Flores da Cunha dois profissionais foram encaminhados em 2013 com o intuito de atuar em Unidades Básicas de Saúde (UBS) mais distantes do Centro. Leonardo da Silva Severo atua na UBS de Nova Roma e Julio Antonio Alies Nina divide o atendimento nos distritos de Otávio Rocha e Mato Perso.
De acordo com o Ministério da Saúde, a atenção básica é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde da população sem necessidade de encaminhamento a hospitais. É percebendo isso na prática que o secretário da Saúde de Flores da Cunha, Vanderlei Stuani, elogia o programa. “Para Flores o Mais Médicos é excelente e hoje representa uma demanda muito importante. Temos profissionais competentes e torcemos pela continuidade do programa, que representa também uma redução de custos consistente para o município”, aponta. As dúvidas sobre os contratos com os médicos, que foram feitos somente para três anos – até 2016, é que preocupam os gestores municipais. “Ainda está indefinida a renovação desses profissionais e se o programa terá continuidade depois desses três anos”, complementa Stuani. O governo federal subsidia os salários mensais dos profissionais (R$ 10 mil) por 40 horas semanais e o município paga R$ 1 mil de aluguel e R$ 371 para alimentação.
Quase florenses
A presença de agentes comunitários aliada a dos médicos amplia a atenção básica aos pacientes. Na UBS de Nova Roma, onde a presença de um médico se tornou fundamental, nos últimos dois anos o brasileiro com formação pelo Instituto Universitário de Ciências da Saúde Fundação Hector Alejandro Barceló (Argentina) Leonardo da Silva Severo, 28 anos, faz a diferença no atendimento e acompanhamento dos pacientes.
Natural de Rosário do Sul, na Fronteira Oeste, ele escolheu Flores da Cunha para trabalhar pelo programa e hoje já se sente um florense. Ele destaca o progresso para a saúde do município. “Sentimos que aqui, na Unidade de Nova Roma, a estratégia de saúde da família não estava consolidada. Tendo a presença diária de um médico conseguimos controlar a situação de pacientes, acompanhar e dar a eles uma vida mais equilibrada”, destaca o médico.
Hoje a UBS tem visitas do médico a domicílios e também agendamento de consultas. “Temos uma boa disponibilidade de horários e isso evita filas e espera. Conseguimos buscar cada um e dar acompanhamento mais próximo, priorizando principalmente a prevenção de doenças, o que é muito importante para a saúde de cada pessoa, além da redução de custos que isso gera para o poder público”, destaca Severo. Uma aposta do médico é na melhora dos indicadores sociais nos lugares onde a presença de um médico é diária. Severo foi aprovado em recente concurso público de Flores da Cunha e agora atua também como médico no Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi.
Julio é da República Dominicana e está no município desde junho.
Mudanças em Otávio Rocha
O médico Fabrício Cardozo Vicente, que chegou ao município em 2013 e que atendia na UBS de Otávio Rocha, pediu afastamento desde fevereiro deste ano. O profissional, também formado pelo Instituto Hector Barceló, foi aprovado no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, expedido pela Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) e iniciou uma residência para a especialização em Ortopedia em Porto Alegre. Com isso, desde junho o médico Julio Antonio Alies Nina, 36 anos, natural da República Dominicana, na América Central, atende aos pacientes do distrito de Otávio Rocha. O profissional tem formação pela Universidad Autónoma de Santo Domingo e por dois anos fez mestrado em Gestão da Saúde na Universidad a Distancia de Madrid (Udima). Foi na Espanha que Alies teve contato com o Consulado Brasileiro e se inscreveu para o Mais Médicos. Em janeiro de 2014 desembarcou no Brasil, passou por avaliações e foi aprovado.
O primeiro destino do dominicano foi a cidade de Novo Hamburgo, onde permaneceu por um ano, até se transferir para o interior de Flores da Cunha, onde também fixou residência. Além do atendimento diário na UBS, Alies vai uma vez por semana até Mato Perso. Apesar de ter deixado a família na República Dominicana o médico destaca que está gostando da nova rotina. “As pessoas aqui do interior são muito simpáticas e confiam no meu trabalho. Seguem as recomendações à risca e ficam boas rapidamente”, conta ele, ainda arranhando um ‘portunhol’.
De acordo com o Ministério da Saúde, a atenção básica é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde da população sem necessidade de encaminhamento a hospitais. É percebendo isso na prática que o secretário da Saúde de Flores da Cunha, Vanderlei Stuani, elogia o programa. “Para Flores o Mais Médicos é excelente e hoje representa uma demanda muito importante. Temos profissionais competentes e torcemos pela continuidade do programa, que representa também uma redução de custos consistente para o município”, aponta. As dúvidas sobre os contratos com os médicos, que foram feitos somente para três anos – até 2016, é que preocupam os gestores municipais. “Ainda está indefinida a renovação desses profissionais e se o programa terá continuidade depois desses três anos”, complementa Stuani. O governo federal subsidia os salários mensais dos profissionais (R$ 10 mil) por 40 horas semanais e o município paga R$ 1 mil de aluguel e R$ 371 para alimentação.
Quase florenses
A presença de agentes comunitários aliada a dos médicos amplia a atenção básica aos pacientes. Na UBS de Nova Roma, onde a presença de um médico se tornou fundamental, nos últimos dois anos o brasileiro com formação pelo Instituto Universitário de Ciências da Saúde Fundação Hector Alejandro Barceló (Argentina) Leonardo da Silva Severo, 28 anos, faz a diferença no atendimento e acompanhamento dos pacientes.
Natural de Rosário do Sul, na Fronteira Oeste, ele escolheu Flores da Cunha para trabalhar pelo programa e hoje já se sente um florense. Ele destaca o progresso para a saúde do município. “Sentimos que aqui, na Unidade de Nova Roma, a estratégia de saúde da família não estava consolidada. Tendo a presença diária de um médico conseguimos controlar a situação de pacientes, acompanhar e dar a eles uma vida mais equilibrada”, destaca o médico.
Hoje a UBS tem visitas do médico a domicílios e também agendamento de consultas. “Temos uma boa disponibilidade de horários e isso evita filas e espera. Conseguimos buscar cada um e dar acompanhamento mais próximo, priorizando principalmente a prevenção de doenças, o que é muito importante para a saúde de cada pessoa, além da redução de custos que isso gera para o poder público”, destaca Severo. Uma aposta do médico é na melhora dos indicadores sociais nos lugares onde a presença de um médico é diária. Severo foi aprovado em recente concurso público de Flores da Cunha e agora atua também como médico no Centro de Saúde Irmã Benedita Zorzi.
Julio é da República Dominicana e está no município desde junho.
Mudanças em Otávio Rocha
O médico Fabrício Cardozo Vicente, que chegou ao município em 2013 e que atendia na UBS de Otávio Rocha, pediu afastamento desde fevereiro deste ano. O profissional, também formado pelo Instituto Hector Barceló, foi aprovado no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, expedido pela Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) e iniciou uma residência para a especialização em Ortopedia em Porto Alegre. Com isso, desde junho o médico Julio Antonio Alies Nina, 36 anos, natural da República Dominicana, na América Central, atende aos pacientes do distrito de Otávio Rocha. O profissional tem formação pela Universidad Autónoma de Santo Domingo e por dois anos fez mestrado em Gestão da Saúde na Universidad a Distancia de Madrid (Udima). Foi na Espanha que Alies teve contato com o Consulado Brasileiro e se inscreveu para o Mais Médicos. Em janeiro de 2014 desembarcou no Brasil, passou por avaliações e foi aprovado.
O primeiro destino do dominicano foi a cidade de Novo Hamburgo, onde permaneceu por um ano, até se transferir para o interior de Flores da Cunha, onde também fixou residência. Além do atendimento diário na UBS, Alies vai uma vez por semana até Mato Perso. Apesar de ter deixado a família na República Dominicana o médico destaca que está gostando da nova rotina. “As pessoas aqui do interior são muito simpáticas e confiam no meu trabalho. Seguem as recomendações à risca e ficam boas rapidamente”, conta ele, ainda arranhando um ‘portunhol’.
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