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Estudante de enologia fará intercâmbio no Chile

Jovem florense Giovani Giotto conquistou uma bolsa de estudos para uma universidade em Santiago e projeta seu futuro acadêmico

O florense Giovani Giotto, 19 anos, vai trocar por um ano a Língua Portuguesa pelo espanhol. O estudante natural da localidade de Monte Bérico conquistou uma bolsa do governo federal para cursar dois semestres de Tecnologia em Viticultura e Enologia na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Santiago, no Chile. Giotto está no quinto semestre do curso no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Bento Gonçalves. Com o intercâmbio, o jovem busca uma oportunidade de ampliar o conhecimento profissional para posteriormente aplicá-lo na propriedade da família, em Monte Bérico, onde são cultivadas uvas. Giotto embarcou na quarta-feira, dia 22.

O estudante reside em Bento Gonçalves desde 2008, quando ingressou no IFRS para fazer o ensino médio paralelo ao curso de Técnico em Viticultura e Enologia. Após a conclusão da especialização, o florense iniciou a graduação na área. Os estudos no Chile serão uma continuidade do curso. “Além dos dois semestres de aula terei um estágio em laboratório”, conta. Quanto retornar, ele pretende formar-se enólogo em mais um ano. Atualmente, além do curso, ele atua como bolsista na área de pesquisa de fitossanidade, também no campus bento-gonçalvense.
A bolsa veio por meio do programa Ciência sem Fronteiras, lançado no ano passado pelo governo federal. Estavam disponíveis duas vagas para todos os 11 campus do IFRS. A busca pela oportunidade iniciou em outubro do ano passado com a entrega de documentações. Foi realizada uma avaliação e seleção de currículos e notas. Na classificação de todos os alunos, os dois primeiros colocados conquistavam uma vaga. Uma segunda etapa consistia na entrega de mais documentos para que a PUC do Chile aceitasse os alunos. No dia 2 de janeiro Giotto recebeu a confirmação da vaga.

Um dos pré-requisitos para concorrer à bolsa é o envolvimento em projetos de pesquisa ou programas de iniciação científica ou tecnológica. A atual pesquisa de o jovem florense é a segunda feita pelo estudante. O professor Marcus André Kurtz Almança também é seu orientador no Ciência sem Fronteira e foi um dos incentivadores para a conquista do intercâmbio. A maratona de estudos no Chile foi definida em detalhes pelo estudante. Giovani levou em consideração a qualidade da universidade, a tradição de bons vinhos do Chile e a familiaridade com o espanhol.

Futuro acadêmico

A família de Giovani sempre foi produtora de uvas. Os pais Grinto e Irene e os dois irmãos cultivam seis hectares de uvas, o que inicialmente fez com que ele seguisse para o ramo da viticultura. “Inicialmente fui para Bento para depois ajudar minha família. Hoje não quero saber de outra área que não seja a enologia”, confessa Giovani.

O intercambista espera seguir com a pesquisa acadêmica, sem deixar de ajudar em casa, no negócio da família. “Como realização pessoal quero fazer mestrado e doutorado. Mas também fazer investimentos aqui em casa. Aumentar, mudar, fazer projetos; a ideia é sempre melhorar e aproveitar o potencial da propriedade”, planeja.



Giotto pretende voltar do intercâmbio, formar-se enólogo e aplicar os conhecimentos na propriedade da família, em Monte Bérico. - Camila Baggio
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