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Caso de acidente que vitimou duas irmãs será julgado após nove anos

Claudete Correa de Souza e Rosanea Correa de Souza morreram em 2003 em ocorrência registrada no loteamento Parque dos Pinheiros. Sessão no Fórum de Flores da Cunha será realizada terça, dia 21

Quase nove anos depois de um dos acidentes mais violentos dos últimos anos ocorridos no perímetro urbano de Flores da Cunha, o motorista que causou a colisão de um caminhão contra um carro em que estavam as irmãs Claudete Correa de Souza, 24 anos, e Rosanea Correa de Souza, 26 anos, sentará no banco dos réus na próxima terça-feira, dia 21. Franciel Brambatti, 27 anos, foi denunciado com base no artigo 121 do Código Penal por duplo homicídio de trânsito. O julgamento será realizado no salão do júri do Fórum (Rua Borges de Medeiros, 2.170, no Centro), a partir das 9h.

O acidente envolvendo o caminhão Scania placas IHY-7307, conduzido por Brambatti, e o Corsa placas IKK-5142, dirigido por Claudete, ocorreu na noite de 28 de setembro de 2003, no loteamento Parque dos Pinheiros. Conforme apurou a polícia, o caminhão seguia pela Rua Aldo Santini, sentido Leste-Oeste, e o carro trafegava em sentido oposto quando, no cruzamento com a Rua João Batista Zilli, houve a colisão quase frontal.

Com o impacto, o Corsa foi prensado contra uma rocha, ficando totalmente destruído. As irmãs, que residiam a 300 metros do local do acidente, morreram antes de receberem socorro. O motorista do caminhão chegou a ser preso em flagrante e ganhou liberdade quatro dias depois. Conforme a denúncia, ele não tinha habilitação para conduzir veículos pesados, apenas Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria B, provisória para dirigir automóveis. O caminhão havia sido emprestado por um tio de Brambatti.

Devido à repercussão do fato e pelas circunstâncias em que ocorreu a tragédia, o que restou do automóvel ficou exposto na Praça da Bandeira, na época, durante uma semana. A sessão de julgamento será presidida pela juíza Tânia Cristina Dresch Buttinger e terá na acusação o promotor de Justiça Stéfano Lobato Kaltbach, além do advogado Octávio Coelho Dozza, que atuará como assistente de acusação, representando a mãe das vítimas, Aldorema Correa de Souza. A defesa do réu será de responsabilidade do advogado Airton Barbosa de Almeida. Se condenado, o réu poderá pegar uma pena que varia de seis a 20 anos de reclusão, podendo ser aumentada de 1/6 até a metade porque foram duas as vítimas.
Colisão com duas mortes ocorreu na noite de 28 de setembro de 2003 - Arquivo O Florense
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