Campo Santo dos Imigrantes é revitalizado
Inauguração das obras ocorre no dia 30 de novembro, no Travessão Martins
Após se tornar o primeiro patrimônio histórico cultural tombado pelo município, em novembro de 2018, o Campo Santo dos Imigrantes, antigo cemitério da Capela São Martinho, foi revitalizado. O espaço foi ampliado, com a criação de estacionamento, ajardinamento, plantio de árvores, além da colocação de placas que contam a história do local. A entrega da revitalização será feita no dia 30 de novembro, a partir das 16h, com missa celebrada pelo Frei Edson. O trabalho foi realizado em parceria da prefeitura de Flores da Cunha com a Associação dos Amigos do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi.
História
O cemitério está localizado ao lado da antiga estrada que ligava às famílias Gazzi e Panizzon, hoje denominada Estrada Municipal Ricardo Panizzon. O local possui uma cerca de “taipa” feita artesanalmente de pedras, além de covas subterrâneas, com sete palmos de profundidade. É formado por diversas cruzes com desenhos em arabesco artesanalmente forjadas. Possui um limbo, construído fora dos limites bentos do cemitério, porém anexa ao mesmo, onde eram enterrados os não batizados, os desconhecidos e as crianças que morriam antes de ser batizadas.
Já as cruzes menores localizadas no fundo do cemitério, foram colocadas posteriormente, por volta do ano 2015, pelo senhor Plínio Mioranza, para marcar o local aonde foram sepultados os soldados da Revolução de 1923. Segundo depoimentos dos antigos moradores, estes soldados foram enterrados na Capela São Martinho, pois a Comunidade Alfredo Chaves não aceitou enterrá-los por estes serem contrários ao partido político apoiado pela comunidade.
Em 2016, os irmãos Liamar, Francisco Roberto, Paulo Renato, Ricardo e Jose Virgilio Venturini, filhos de Claudino Venturini e Oliva Caldart Venturini e descendentes de Domenico Caldart, adquiriram as terras em que se localiza o cemitério, com o objetivo de preservar o local.
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