37 anos de muitas histórias
Relembre os principais fatos que marcaram a trajetória do Jornal O Florense
Durante esses 37 anos de Jornal O Florense, milhares de histórias foram contadas nas mais de 41.900 páginas impressas e muitas dificuldades também foram enfrentadas ao longo do caminho. Diversos profissionais passaram pela empresa e se dedicaram ao periódico, mas o que muitos desconhecem, é a história que existe por trás das páginas de jornal.
O Florense surgiu no dia 4 de outubro de 1986, por meio de um grupo de jovens amigos. A ideia de a cidade ter um veículo de comunicação impresso nasceu alguns meses antes de sua fundação, durante a Vindima da Canção, quando o atual diretor, Carlos Raimundo Paviani, e os amigos Roque Alberto Zin e Alberto Walter de Oliveira, discutiam a necessidade de o município ter um veículo para disseminar e retratar a cultura. Inicialmente a ideia era criar uma rádio, mas devido ao custo elevado e a dificuldade técnica, optaram pelo impresso.
Três meses após muitas conversas, Carlos Raimundo Paviani, Roque Alberto Zin, Alberto Walter de Oliveira e Jayme Paviani tiraram a ideia do papel. Por meio de conhecidos de amigos, os jovens Carlos, Roque e Alberto, tiveram a oportunidade de visitar o jornal Nova Época, em Canela, e a partir dali o trabalho iniciou.
A primeira sala ocupada pelo jornal foi o escritório de Alberto, nas dependências do Salão Paroquial, embaixo ficava o escritório e em cima o jornal. A edição impressa de nº 01 noticiou a eleição do novo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR); os planos do prefeito Angelo Araldi para 1987; as obras na Pousada Galo Vermelho; e a apresentação das candidatas à rainha da Festa Nacional da Vindima. O exemplar teve 24 páginas, todas em preto e branco, com 42 matérias editoriais e 49 anúncios e mensagens de boas-vindas. A tiragem foi de quatro mil exemplares e foram distribuídos gratuitamente de casa em casa em todo o município.
O expediente da primeira publicação contou com os seguintes nomes: Direção: Carlos Raimundo Paviani, Jayme Paviani, Alberto Walter de Oliveira, Roque Alberto Zin; Editor: Renato Henrichs; Redatores: Carlos Raimundo Paviani e Admir Zanella; Assessor de Marketing: Luiz Andreola; Colaboradores: Gilberto Boscato, Stela M. A. Fontana, Séfora Bulla, Lenira M. Sandrin, Ana Lúcia S. Oliveira, Ivo Gasparin, Ada Montanari, Miguel Barreiros, Oscar Francescatto, Marcelino Finger, Dalva Bello, Valério Santini, Ester Mambrini, frei Lori.
Inicialmente, o jornal circulava a cada 15 dias, sempre às quartas-feiras, mas ao longo dos anos a publicação variou entre semanal e quinzenal, e os dias também sofreram alterações, primeiro aos sábados, depois às sextas-feiras, e novamente aos sábados. Neste ano a circulação passou a ser quinzenal, às sextas-feiras.
Em 1990, o jornal passou a chegar nos lares dos assinantes e nas bancas semanalmente. No ano de 1998, a capa e a contracapa ganharam cor. Em 2008, a edição passou a ser disponibilizada na internet e, a partir de julho de 2010, o site começou a ser atualizado diariamente. Em 2013, o periódico passou a ser todo colorido. No final de 2020, em meio a pandemia de Covid-19 e passando por diversos obstáculos, o O Florense inovou lançando a primeira programação para a TV digital de Flores da Cunha, a OF TV, com programas de 8 a 10 minutos transmitidos pelas redes sociais (YouTube, Facebook e Instagram) de segunda a sexta-feira.
No final de 2021, começou a ser transmitido, todas as quintas-feiras, pelo Facebook e Youtube, o programa Parla Talian, o qual contava com a apresentação de Alex Eberle, Ivo Gasparin, Maurício Pauletti e Lorete Maria Calza Paludo, sendo embalado por músicas italianas. Hoje o programa continua às quintas-feiras, conta com a participação de convidados, e é comandado por Alex e Lorete.
No final de 2022 o programa OF TV encerrou suas atividades e em 2023 o jornal impresso passou a circular quinzenalmente, com um novo projeto gráfico e ampliação do número de colunistas e seções. O formato contemplou uma entrevista mensal, o ‘Personalidade do Mês’ que buscou compartilhar histórias de vida de pessoas da comunidade florense e paduense; e o retorno do ‘Florenses pelo mundo’, que permitiu viajar por diversos países por onde estão pessoas daqui e compreender suas experiências.
Hoje, folheando as páginas do jornal, é possível encontrar muita história, política, economia e esportes de Flores da Cunha e Nova Pádua. Empreendedorismo, expressões artísticas, moda, talian, turismo, religiosidade e entretenimento também são marcas do que foi o novo modelo de O Florense.
Recentemente também foi lançado, no Facebook e Youtube, o programa Política em Pauta, que aborda assuntos da política local e é apresentado pelos florenses Rouglan Uliana e Felipe Salvador.
Já se passaram 37 anos desde o surgimento de O Florense e muitos dos que fizeram parte da história continuam colaborando, como é o caso de Roque Alberto Zin que, na edição 639, de 24 de março de 2021, ganhou uma coluna chamada Opinião e Análise, que segue até hoje. O mesmo ocorre com Ivo Gasparin, que escreve a coluna Ciàcole com o personagem Tóni Sbrontolon, desde a primeira edição do jornal, e que, neste ano, passou a se chamar Parla Talian, ganhando uma página inteira de jornal e sendo dividida com Alex Eberle. Quem também faz parte deste time é o colunista Oscar Francescatto, que escreveu seus textos desde a primeira edição do periódico, e hoje continua discorrendo sobre o universo dos esportes no espaço intitulado Show de Informações.
Além deles, integram a equipe de colunistas nomes como: Alessandra Muraro, Rouglan Uliana, Maria de Lurdes Rech, Luan Zuchi, Arthur Deboni, Márcio de Oliveira, Juliano Carpeggiani, Nata Francisconi, Bruna Menegat, Madeleine Ferrarini Dallemole, Alessandra Pauletti, Irmã Priscila, Camila Baggio, Floriano Molon, Danúbia Otobelli, Gissely Lovatto Vailatti, Vitor Hugo Zenatto, Daiane Isoton, Ricardo Pagno e, ainda, professores da Universidade Feevale.
Mesmo que, em 2024, a comunidade possa continuar acompanhando a trajetória de O Florense, por meio do site e das redes sociais, e que saibamos que esse é um capítulo necessário na história do jornalismo, que está se reinventando, é impossível que o sentimento de lástima não tome conta do expediente desta última edição, que tem como Diretor geral, Carlos Raimundo Paviani; Administrativo/Financeiro, Franciane Baseggio; Departamento Comercial: Álax Torres de Alcantara, Maria Claudia Barcellos e Franciane Baseggio; Editora: Karine Bergozza, Redatoras: Karine Bergozza, Valdinéia Tosetto e Maria Eduarda Salvador Schiavenin, Diagramadora: Cleudineia Roque Pinto. Equipe de logistica: Claudete Alessi, Patrick Borges, Lisandro Oliveira Pereira, Luis Oliveira Pereira e Adriano Oliveira Pereira.
Esse sentimento de tristeza é consolado pela certeza de que demos o nosso melhor, dentro das possibilidades que tínhamos, para entregar, quinzenalmente, um jornal feito por pessoas e para pessoas, com bases em um jornalismo comunitário, de profundidade e honrando a credibilidade, carregada ao longo de todo desse período.
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