“Vou ter muito o que fazer até a metade do ano”
Itamar Bernardi, prefeito de Nova Pádua, avalia o seu terceiro ano de mandato e diz que falará em eleição somente em junho
No início do ano passado, Itamar Bernardi (PMDB), o Kiko, prefeito de Nova Pádua, ressaltou que sua administração se consolidou em 2010. Passados 12 meses, ele continua mais do que otimista: afirma que 2011 foi o período mais produtivo desde que assumiu o poder Executivo. E anuncia novas obras para 2012, sendo a principal delas a conclusão do novo Centro Administrativo. Além disso, alguns quilômetros de vias do interior serão contemplados com asfalto.
Kiko recebeu a reportagem do jornal O Florense em seu gabinete para avaliar o que já foi feito e projetar 2012, quem sabe, o ano da reeleição. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.
O Florense: Que avaliação o senhor faz do terceiro ano à frente da prefeitura de Nova Pádua?
Itamar Bernardi: Comparando com os outros dois anos de mandato, 2011 foi o mais produtivo em termos de obras e de organização. No primeiro ano tivemos algumas dificuldades em termos de implantação da nova gestão de governo. Em 2010 encaminhamos várias ações e a maioria delas se concretizou em 2011. Apesar de no início do ano termos muitas dificuldades na agricultura, pelo excesso de chuva – ao contrário de agora, que está faltando –, e do inverno chuvoso, o rendimento foi satisfatório. Aqui dentro, como nos setores de compras, empenhos e pagamentos, os processos ficaram mais ágeis. Atingimos o ápice em 2011.
O Florense: Essa produtividade também foi percebida nas obras?
Bernardi: Falando em obras, porque 2011 foi o mais produtivo: em fevereiro asfaltamos a Rua Dom Júlio Scardovelli e a Avenida dos Imigrantes (primeira parte). Tivemos um investimento considerável na Festa de Produtos Coloniais (Feprocol). No interior, refizemos muitos bueiros para drenagem da água da chuva. Asfaltamos também as ruas Ângelo Pilatti, Ruggero Gelain, Valentino Baggio e Henrique Sartor, todas no perímetro urbano. E iniciamos a principal obra da nossa administração, o novo Centro Administrativo. Já aportamos R$ 1 milhão; a obra está orçada em R$ 1,8 milhão. Praticamente pagamos mais de 50% do projeto. Tudo isso aconteceu em 2011, obras necessárias que precisávamos para favorecer o desenvolvimento do município. Tudo isso fora a rotina diária. Na educação, montamos o laboratório de informática da Bortolo Bigarella, uma sala completa com 13 computadores. Na saúde, estamos respeitando todos os convênios e ampliando outros, com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Conselho Comunitário Pró-Segurança (Consepro) e Brigada Militar (BM).
O Florense: E para 2012, o que os paduenses verão de obras?
Bernardi: Temos projetado o asfalto do Parque dos Peixes até o Travessão Santo Isidoro, 1,2km de extensão. A preparação do piso foi feita pela prefeitura. E vamos asfaltar a Rua Arcângelo Vasatta, refazendo o trevo na frente do hotel do Miro, deixando tudo asfaltado, da sede com uma parte do interior do município. O trevo foi refeito para facilitar o tráfego, principalmente de caminhões. Outra obra foi a abertura da estrada do Travessão Cerro Largo, que deverá ser finalizada em março (2,5km). Agora, vamos abrir a do Travessão Accioli, também 2,5km. E concluiremos o Centro Administrativo até junho ou julho. Cito ainda que as secretarias de Obras e Agricultura “andam” juntas. Ambas atuam no Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Avícola (Pida). Ajudamos a construir 13 novos aviários desde a criação até o projeto. É um baita de um incentivo.
O Florense: Na saúde, o déficit que existia no posto de saúde foi suprido?
Bernardi: Sim, com a realização de um novo concurso público. Um médico foi aprovado e está atuando no turno da tarde. Mantivemos o plantão de ambulância 24h, que era uma proposta de campanha. Em 2011, investimos cerca de R$ 330 mil na compra de medicamentos. Estamos apresentando nas capelas esses dados. É um absurdo o quanto de remédio que se toma em Nova Pádua. Alertamos sobre o alto número de medicamentos que é consumido. Fornecemos mais de 350 tipos. Uma campanha de conscientização está em andamento com o objetivo de orientar a população.
O Florense: Ainda na saúde, o tratamento da água consumida pela população (o que até então não existia no município) foi implantado também para diminuir os atendimentos oriundos da má qualidade do líquido?
Bernardi: Era uma discussão interessante que iniciamos desde que assumimos. Colocamos a Secretaria de Saúde para apurar tudo e encaminhar as tratativas com as comunidades. Todo o mérito é do secretário Odir Boniatti e do fiscal sanitário Paulo Paliosa. Foram eles que foram para as comunidades e explicaram quais normas federais tínhamos de obedecer. Num primeiro momento havia receio, mas no final todas as comunidades abraçaram a ideia. Eu, o vice-prefeito Ronaldo Boniatti e o secretário de Saúde passamos nas capelas para explicar quais doenças são e eram originadas pela água sem tratamento. Inclusive mostramos amostras – em 70% delas tinham problemas. Provamos isso. E esclarecemos o assunto. Em um ato solene, assinamos com uma empresa para o tratamento. Hoje, toda a água é tratada, nas 12 sociedades.
O Florense: Vou repetir uma pergunta feita ao senhor em meados e no final de 2009 e em 2010: como estão as finanças do município? O caixa não está mais “raspado”?
Bernardi: Não, não está. Para fazer todas essas obras o caixa precisa estar forte.
Tivemos um pouco de aumento de arrecadação. Em 2012 devemos arrecadar R$ 10 milhões. Em 2009 foram R$ 7,6 milhões. Em 2010 tivemos R$ 600 mil de superávit. Em 2011 serão cerca de R$ 500 mil de superávit. Todas as obras foram executadas com recursos próprios, sem emendas parlamentares.
O Florense: Isso, sem dúvida, integra um trabalho administrativo e de gestão desenvolvido ao longo de três anos...
Bernardi: Estamos falando sobre isso em todas as capelas que visitamos. Um ponto que eu gostaria de citar, e que bateram muito na época, foi sobre o empréstimo do Provias para a compra de duas máquinas pesadas novas. Disseram “Ah, o Kiko está louco” só porque seria – e foi – o primeiro empréstimo feito pela prefeitura. Só para tu teres uma ideia: o empréstimo foi de R$ 700 mil. Até 31 de dezembro de 2012, quando termina meu mandato, teremos pago R$ 393 mil, ou seja, mais da metade estará quitada. Em 2008, gastamos R$ 346 mil somente com manutenção de máquinas, e cito 2008 porque não existiam as máquinas novas. Em 2009, esse custo baixou para R$ 114 mil; em 2010 foi de R$ 147 mil e, em 2011, até outubro, foram gastos R$ 74 mil. Estes são os valores das peças, sem contar mão de obra. É aqui que as máquinas se pagam. Tive de comparar com 2008, não é uma provocação, mas nosso parque de máquinas estava sucateado. Compramos uma pá-giratória e uma retroescavadeira, e elas trabalham ininterruptamente.
O Florense: Outra conquista, esta na área do turismo, foi a reabertura, após uma série de licitações, do restaurante panorâmico Belvedere Sonda.
Bernardi: Na quarta tentativa (licitação) deu certo. É bom esclarecer que algumas pessoas tentaram dizer que eu não era interessado na reabertura. Muito pelo contrário. Tu sabes que tivemos problemas jurídicos com isso. Apareceu um interessado na quarta licitação. Tivemos de seguir alguns passos, sem atropelar as coisas. Era um local que todos pediam quando iria reabrir. Graças a Deus o problema foi muito bem resolvido. O restaurante está sempre lotado.
O Florense: Na área política, o senhor pode adiantar se as tratativas se encaminham para uma reeleição?
Bernardi: Não. Não vou.
O Florense: Está definido isso?
Bernardi: Sim.
O Florense: Por quê?
Bernardi: Primeiro quero terminar este mandato, um mandato bastante trabalhoso. Principalmente até a metade do ano não vou falar sobre isso. Podem me fazer perguntas, mas a resposta continuará a mesma. Tenho asfaltos para fazer; em março vou pensar em abrir novas estradas, como nos travessões Leonel, Barra e Cerro Grande, comunidades que solicitaram pavimentação. Com estas três o asfalto chega a todas as comunidades do interior. Claro que tem ainda São João Bosco, mas o Divisa está naquela direção. E complementar a prefeitura. Vou ter muito que fazer até a metade do ano.
Kiko recebeu a reportagem do jornal O Florense em seu gabinete para avaliar o que já foi feito e projetar 2012, quem sabe, o ano da reeleição. Confira a seguir os principais trechos da entrevista.
O Florense: Que avaliação o senhor faz do terceiro ano à frente da prefeitura de Nova Pádua?
Itamar Bernardi: Comparando com os outros dois anos de mandato, 2011 foi o mais produtivo em termos de obras e de organização. No primeiro ano tivemos algumas dificuldades em termos de implantação da nova gestão de governo. Em 2010 encaminhamos várias ações e a maioria delas se concretizou em 2011. Apesar de no início do ano termos muitas dificuldades na agricultura, pelo excesso de chuva – ao contrário de agora, que está faltando –, e do inverno chuvoso, o rendimento foi satisfatório. Aqui dentro, como nos setores de compras, empenhos e pagamentos, os processos ficaram mais ágeis. Atingimos o ápice em 2011.
O Florense: Essa produtividade também foi percebida nas obras?
Bernardi: Falando em obras, porque 2011 foi o mais produtivo: em fevereiro asfaltamos a Rua Dom Júlio Scardovelli e a Avenida dos Imigrantes (primeira parte). Tivemos um investimento considerável na Festa de Produtos Coloniais (Feprocol). No interior, refizemos muitos bueiros para drenagem da água da chuva. Asfaltamos também as ruas Ângelo Pilatti, Ruggero Gelain, Valentino Baggio e Henrique Sartor, todas no perímetro urbano. E iniciamos a principal obra da nossa administração, o novo Centro Administrativo. Já aportamos R$ 1 milhão; a obra está orçada em R$ 1,8 milhão. Praticamente pagamos mais de 50% do projeto. Tudo isso aconteceu em 2011, obras necessárias que precisávamos para favorecer o desenvolvimento do município. Tudo isso fora a rotina diária. Na educação, montamos o laboratório de informática da Bortolo Bigarella, uma sala completa com 13 computadores. Na saúde, estamos respeitando todos os convênios e ampliando outros, com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Conselho Comunitário Pró-Segurança (Consepro) e Brigada Militar (BM).
O Florense: E para 2012, o que os paduenses verão de obras?
Bernardi: Temos projetado o asfalto do Parque dos Peixes até o Travessão Santo Isidoro, 1,2km de extensão. A preparação do piso foi feita pela prefeitura. E vamos asfaltar a Rua Arcângelo Vasatta, refazendo o trevo na frente do hotel do Miro, deixando tudo asfaltado, da sede com uma parte do interior do município. O trevo foi refeito para facilitar o tráfego, principalmente de caminhões. Outra obra foi a abertura da estrada do Travessão Cerro Largo, que deverá ser finalizada em março (2,5km). Agora, vamos abrir a do Travessão Accioli, também 2,5km. E concluiremos o Centro Administrativo até junho ou julho. Cito ainda que as secretarias de Obras e Agricultura “andam” juntas. Ambas atuam no Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Avícola (Pida). Ajudamos a construir 13 novos aviários desde a criação até o projeto. É um baita de um incentivo.
O Florense: Na saúde, o déficit que existia no posto de saúde foi suprido?
Bernardi: Sim, com a realização de um novo concurso público. Um médico foi aprovado e está atuando no turno da tarde. Mantivemos o plantão de ambulância 24h, que era uma proposta de campanha. Em 2011, investimos cerca de R$ 330 mil na compra de medicamentos. Estamos apresentando nas capelas esses dados. É um absurdo o quanto de remédio que se toma em Nova Pádua. Alertamos sobre o alto número de medicamentos que é consumido. Fornecemos mais de 350 tipos. Uma campanha de conscientização está em andamento com o objetivo de orientar a população.
O Florense: Ainda na saúde, o tratamento da água consumida pela população (o que até então não existia no município) foi implantado também para diminuir os atendimentos oriundos da má qualidade do líquido?
Bernardi: Era uma discussão interessante que iniciamos desde que assumimos. Colocamos a Secretaria de Saúde para apurar tudo e encaminhar as tratativas com as comunidades. Todo o mérito é do secretário Odir Boniatti e do fiscal sanitário Paulo Paliosa. Foram eles que foram para as comunidades e explicaram quais normas federais tínhamos de obedecer. Num primeiro momento havia receio, mas no final todas as comunidades abraçaram a ideia. Eu, o vice-prefeito Ronaldo Boniatti e o secretário de Saúde passamos nas capelas para explicar quais doenças são e eram originadas pela água sem tratamento. Inclusive mostramos amostras – em 70% delas tinham problemas. Provamos isso. E esclarecemos o assunto. Em um ato solene, assinamos com uma empresa para o tratamento. Hoje, toda a água é tratada, nas 12 sociedades.
O Florense: Vou repetir uma pergunta feita ao senhor em meados e no final de 2009 e em 2010: como estão as finanças do município? O caixa não está mais “raspado”?
Bernardi: Não, não está. Para fazer todas essas obras o caixa precisa estar forte.
Tivemos um pouco de aumento de arrecadação. Em 2012 devemos arrecadar R$ 10 milhões. Em 2009 foram R$ 7,6 milhões. Em 2010 tivemos R$ 600 mil de superávit. Em 2011 serão cerca de R$ 500 mil de superávit. Todas as obras foram executadas com recursos próprios, sem emendas parlamentares.
O Florense: Isso, sem dúvida, integra um trabalho administrativo e de gestão desenvolvido ao longo de três anos...
Bernardi: Estamos falando sobre isso em todas as capelas que visitamos. Um ponto que eu gostaria de citar, e que bateram muito na época, foi sobre o empréstimo do Provias para a compra de duas máquinas pesadas novas. Disseram “Ah, o Kiko está louco” só porque seria – e foi – o primeiro empréstimo feito pela prefeitura. Só para tu teres uma ideia: o empréstimo foi de R$ 700 mil. Até 31 de dezembro de 2012, quando termina meu mandato, teremos pago R$ 393 mil, ou seja, mais da metade estará quitada. Em 2008, gastamos R$ 346 mil somente com manutenção de máquinas, e cito 2008 porque não existiam as máquinas novas. Em 2009, esse custo baixou para R$ 114 mil; em 2010 foi de R$ 147 mil e, em 2011, até outubro, foram gastos R$ 74 mil. Estes são os valores das peças, sem contar mão de obra. É aqui que as máquinas se pagam. Tive de comparar com 2008, não é uma provocação, mas nosso parque de máquinas estava sucateado. Compramos uma pá-giratória e uma retroescavadeira, e elas trabalham ininterruptamente.
O Florense: Outra conquista, esta na área do turismo, foi a reabertura, após uma série de licitações, do restaurante panorâmico Belvedere Sonda.
Bernardi: Na quarta tentativa (licitação) deu certo. É bom esclarecer que algumas pessoas tentaram dizer que eu não era interessado na reabertura. Muito pelo contrário. Tu sabes que tivemos problemas jurídicos com isso. Apareceu um interessado na quarta licitação. Tivemos de seguir alguns passos, sem atropelar as coisas. Era um local que todos pediam quando iria reabrir. Graças a Deus o problema foi muito bem resolvido. O restaurante está sempre lotado.
O Florense: Na área política, o senhor pode adiantar se as tratativas se encaminham para uma reeleição?
Bernardi: Não. Não vou.
O Florense: Está definido isso?
Bernardi: Sim.
O Florense: Por quê?
Bernardi: Primeiro quero terminar este mandato, um mandato bastante trabalhoso. Principalmente até a metade do ano não vou falar sobre isso. Podem me fazer perguntas, mas a resposta continuará a mesma. Tenho asfaltos para fazer; em março vou pensar em abrir novas estradas, como nos travessões Leonel, Barra e Cerro Grande, comunidades que solicitaram pavimentação. Com estas três o asfalto chega a todas as comunidades do interior. Claro que tem ainda São João Bosco, mas o Divisa está naquela direção. E complementar a prefeitura. Vou ter muito que fazer até a metade do ano.
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