Economia

A vez dos vinhos brasileiros

Em 2019, o consumo total no Brasil foi de 380,4 milhões de litros

O espumante brasileiro abriu as portas para o mundo. O reconhecimento da qualidade das borbulhas ‘brazucas’ é fato consumado, defendido por críticos internacionais e avalizado pelas milhares de medalhas mundo afora, se confirmando no avanço das exportações e no aumento do consumo interno. Foi com esta bebida que as vinícolas conseguiram espaço para mostrar o que vêm fazendo em relação aos vinhos tranquilos. E o que se vê nos últimos anos é um crescimento contínuo na valorização deste produto.
A Associação Brasileira de Enologia (ABE) acompanha bem de perto esta evolução. “Nos últimos 10 anos fomos presenteados com safras espetaculares. Este ano, então, foi excepcional, tanto que a chamamos de ‘A Safra das Safras’”, comemora o presidente da entidade, enólogo Daniel Salvador.
Ele propõe aos consumidores para que descubram rótulos nacionais, destacando a Safra de 2018 e agora a de 2020 que logo estará no mercado. “Se compararmos o Brasil a países do Velho Mundo, tradicionais na elaboração de vinhos como Portugal, França, Espanha e Itália, podemos dizer que evoluímos 100 anos em 10”, ressalta.
Este avanço refletiu diretamente no consumo interno, rompendo pela primeira vez a barreira dos 2 litros per capita no ano passado. Já é algo a comemorar, mas se comparado a Portugal, por exemplo, que lidera o ranking segundo a OIV, onde o consumo per capita ultrapassa os 60 litros, o Brasil tem muito para crescer. Em 2019, o consumo total no Brasil foi de 380,4 milhões de litros, destes pouco mais de 100 milhões são de vinhos finos, onde a produção nacional é de apenas 50 milhões de litros.

 - Divulgação
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