Home Destaque “Faltam caminhões”, admite concessionária diante de novo acúmulo de lixo em Flores da Cunha

“Faltam caminhões”, admite concessionária diante de novo acúmulo de lixo em Flores da Cunha

Contrato prevê cinco veículos, mas Panambi Ambiental tem feito a coleta com apenas três caminhões. Prefeito cogita romper o contrato.

Durante a audiência pública sobre o estacionamento rotativo, na última segunda-feira (1º), a comunidade demonstrou preocupações sobre fazer um contrato longo de concessão e citou, como exemplo, as dificuldades de entregar um bom serviço pela Corsan/Aegea e pelo serviço de recolhimento de lixo, prestado pela Panambi Ambiental desde 23 de fevereiro.

Neste segundo caso, chamou a atenção a manifestação do prefeito César Ulian sobre um possível rompimento de contrato.

— Se a empresa não está entregando a contento, que é a questão do lixo, a gente tem meios jurídicos (para romper o contrato), mas tem que obedecer aos meios jurídicos para eliminar essa empresa. E, assim, viria a segunda colocada (na licitação), né? Só que no caso do lixo, não quer vir nem a segunda, nem a terceira e nem a quarta (colocada no certame). Então, temos que ver como a empresa irá fazer.

A manifestação tornou público o embate com a Panambi Ambiental, que já foi notificada mais de uma vez pelo Executivo para melhorar o serviço. Na própria segunda-feira (1º), pela manhã, a direção da empresa esteve em Flores da Cunha para uma reunião de alinhamento com a prefeitura.

A Panambi Ambiental reconhece as falhas na coleta e atribui os atrasos à falta de caminhões. Segundo o coordenador em Flores da Cunha, Eduardo Ribas, o contrato prevê cinco veículos em operação, mas a empresa está há quatro meses com um caminhão a menos. Nas últimas semanas, diante de um novo problema mecânico, a coleta passou a ser feita por apenas três veículos — o que aumentou o acúmulo de lixo nas ruas e levou ao grande número de reclamações pela comunidade.

— A questão é caminhão, que tem quebrado bastante. São caminhões novos, mas tem dado alguns problemas. São coisas que a gente desacredita da forma que está acontecendo. Não é por falta de atenção, mas está acontecendo, o que atrasa a coleta, deixando os contêineres muito cheios e pesando demais, forçando demais o próprio caminhão. E quem está sofrendo é a população — admite Ribas.

Ribas informa que um dos caminhões está na mecânica há 20 dias e deve estar pronto até o início da próxima semana, o que já representaria uma melhora sensível na coleta do lixo. O outro teve uma falha no motor, por isso a empresa decidiu por enviar um novo caminhão para Flores da Cunha, contudo precisa de uma nova peça para que seja adaptado ao recolhimento automático das lixeiras do município.

— Enquanto estavam os quatro, nós conseguíamos contornar bem a situação. Mas aí esse quarto quebrou, o que ficou difícil para nós e gerou as reclamações da comunidade. Alguns bairros ficam com coletas atrasadas, aí precisamos mudar outras rotas. Por exemplo, a coleta de Mato Perso é na terça-feira, mas nesta semana pedimos para a Prefeitura avisar que seria na quinta-feira, justamente para conseguirmos fazer o máximo do que estava atrasado — argumenta o coordenador.

A empresa afirma que realiza forças-tarefa, iniciando rotas às 4h da manhã e trabalhando aos fins de semana para reduzir o acúmulo de lixo. Ele reconhece, porém, que os atrasos são persistentes em bairros populosos, como o Centro e o São José — onde os contêineres enchem de forma mais frequente e rápida — e do interior, como São João, Sete de Setembro e Otávio Rocha — que possuem rotas mais longas.

A nossa equipe é boa e estamos nos esforçando, fazendo horas extras, tem dias que começamos a trabalhar às quatro horas da manhã para tentar dar uma minimizada na situação. Temos um pessoal suficiente e experiente, o problema é a máquina, a falta de caminhões — afirma.

O coordenador relatou que a direção da empresa esteve na prefeitura nesta semana, pediu desculpas pelos transtornos e se comprometeu a normalizar o serviço em “até uma semana” após a chegada dos cinco caminhões. Segundo Ribas, o contrato de concessão depende de uma renovação anual e a Panambi Ambiental está comprometida em melhorar o serviço e conseguir esta renovação.

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