Ah, que época mais chata a nossa! Defendemos a bandeira da liberdade justamente quando menos a temos. Você e eu que somos da época da Ditadura, éramos mais livres do que agora. Ninguém ficava nos policiando se usávamos termos politicamente corretos. Pessoas de cor negra eram negros e não afrodescendentes.

Por mais fortes e independentes que somos não podemos prescindir de um apoio para andar com um plano, um sonho ou um projeto de vida. Todos precisamos de um ponto de partida.

Não sei se você observou que o bigode está na moda. Ter bigode é legal.

Pois preciso alertar você, esbelto leitor, que esta é uma entrevista calórica. Mais que calórica, é uma bomba calórica. A entrevista não é uma pizza com borda e tudo, mas é bom ir por partes, porque faz tremer pratos de balança.

Eles fazem parte do Brasil, nós talvez não. Garis, soldadores, montadores, eletricistas, encanadores, auxiliares administrativos, consultores de vendas, analistas de sistemas, advogados, médicos, dentistas, engenheiros,

Nasci, cresci e continuei sendo canhoto, apesar de toda a minha família (incluem-se aí o gato e o cachorro) terem feito o diabo para tornar-me direito, como se eu fosse um portador de deficiência física ou um degenerado que precisasse ser submetido a um tratamento de recuperação.

Não faço ideia de quando cometi o primeiro e nem sequer o mais recente poema, todos inspirados em você. Apenas sei que fui escrevendo e guardando numa velha caixa de sapatos, junto com algumas fotos.

Daqui a pouco é o Dia dos Namorados, com presentes e comemoração... Mas não é esse o tom desta crônica. O tom é outro. A indignação é outra. O volume é mais alto.

Gente que faz Gente que reclama Gente que odeia Gente que ama Gente que é como a gente Gente como Osama Bin Laden Gente que faz programa Gente que faz a fama Gente Caetano Veloso Gente banana Gente que se esconde Gente que ‘câmera aonde’?

Mães que semeiam, mães que partem o pão Mães que amparam, mães que conduzem a dança Mães que encorajam, mães que aquecem o coração Mães que se abrem como pétalas de esperanças Mães que se fecham de repente, de emoção