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O escritor florense Flávio Luís Ferrarini, falecido num acidente de trânsito em 2015, recebe mais uma homenagem. A Câmara de Vereadores de Flores da Cunha aprovou na sessão do dia 18 de setembro o projeto de lei que denomina o futuro prédio da Casa de Cultura com o nome do escritor e publicitário. O projeto, de autoria do vereador Moacir Ascari (PMDB), tem por objetivo homenagear o poeta e cronista Ferrarini, autor de mais de 25 obras, e contribuir para perpetuar seu legado num espaço que será voltado para as artes e a cultura. “Nos sentimos honrados e temos gratidão pelo vereador Fera e também aos demais vereadores pelo reconhecimento da história por meio da poesia e pela homenagem prestada. Gratidão a todos que apoiam, incentivam e disseminam a cultura que acreditamos ser a base dose seres humanos interligados pelo amor”, diz uma das coordenadores do Instituto Flávio Luís Ferrarini e irmã do escritor, Madeleine Ferrarini.

Além da Casa da Cultura, Ferrarini empresta seu nome à Biblioteca Pública de Nova Pádua e à Biblioteca da Escola Municipal Rio Branco. Nascido em 5 de agosto de 1961 no Travessão Paredes, Ferrarini publicou sua primeira obra em 1985, dando espaço para uma série de mais de 20 livros e centenas de crônicas, inclusive tendo sido cronista do Jornal O Florense de 1988 até 2015. Ficou conhecido por retratar em poemas sua vivência interiorana. Entre suas publicações estão os livros Volta e meia um poema na veia, Minuto Diminuto, Crônicas da Cidade Pequena, O Morro do Chapéu do Diabo, Um dia não sei quando e O Menino da Terra do Sol.

O escritor também realizou, por meio do projeto Autor na Sala de Aula, palestras de incentivo a leitura, tendo sido homenageado em mais de 160 escolas do Rio Grande do Sul. Ferrarini foi patrono da 30ª Feira do Livro de Flores da Cunha.

Como estão as obras

Atualmente, a Casa da Cultura está com suas obras paradas. Desde que foi finalizada a parte estrutural do projeto, em dezembro de 2016, a construção aguarda por um novo aporte financeiro. A prefeitura realiza projetos complementares para angariar verbas – por meio de captação de recursos empresariais, tal como foi utilizado para a restauração do Casarão Veronese em Otávio Rocha, quando as empresas Móveis Florense e Keko Acessórios investiram na obra de restauro por meio do Sistema Estadual Unificado de Apoio e Fomento às Atividades Culturais.

Até o momento foi gasto R$ 1,1 milhão para edificação da parte estrutural, sendo R$ 887,5 mil da União, por meio de uma emenda parlamentar do deputado federal Pepe Vargas (PT), e o restante da prefeitura. A Casa da Cultura terá três pavimentos: o primeiro abrigará um hall com espaço para exposições e recepção e a Biblioteca Pública. A parte de trás do andar térreo contará com um auditório com capacidade para 330 pessoas, além de camarins, copa, banheiros e bilheteria. No segundo piso ficarão as salas multiuso e o último pavimento será destinado a salas para ensaios e encontros de entidades. O projeto contempla ainda a construção de um estacionamento e de uma praça. Não há um prazo para conclusão do espaço.