Saúde

Um companheiro leal, um filho, um vínculo de outras vidas. É assim que alguns moradores de Flores da Cunha descrevem a relação com seus animais de estimação. A ligação entre humanos e seus amigos de quatro patas também influencia positivamente a qualidade de vida e o bem-estar emocional. Um estudo do Human Animal Bond Research Institute (HABRI), nos Estados Unidos, revelou que 74% dos tutores relatam melhorias significativas em sua saúde mental, atribuídas à estreita relação com seus pets.

Para a médica veterinária de pequenos animais, Bárbara Röpke Cavagnoli, este vínculo traz diversos benefícios à saúde do tutor.

— Está mais do que comprovado pela ciência que o vínculo humano-animal faz bem à saúde. Acredito que seja pelo amor incondicional deles, pois não há nada comparável. Eles não julgam, são fofos, promovem interação social. Tudo isso são efeitos positivos, principalmente nas doenças mentais como depressão e ansiedade. Sabemos também que a interação pode diminuir a pressão arterial e a frequência cardíaca. Ou seja, eles melhoram o bem-estar geral e isso ajuda na recuperação de doenças — aponta.

Uma prova viva desse amor entre humanos e pets é Jocenice Lovatel, 54 anos, que encontrou apoio emocional no seu cachorro, o buldogue francês Bóris, durante o tratamento do câncer de mama e da depressão. Há 10 anos, a adoção proporcionou à dona de casa uma companhia constante, tanto que ela considera o pequeno Bóris como um filho.

— Passei por um câncer muito agressivo. Tive depressão e ansiedade e, hoje, me recupero de uma cirurgia na coluna. O Bóris é a minha companhia, apesar de ser um tanto chorão, pois também enfrenta problemas de saúde (câncer no fígado). Acredito que ele ajuda a aliviar meus problemas de saúde, pois é um companheiro fiel. Com ele nunca me sinto só — relata a florense.