Política

Após "sobreviver", PT projeta candidato a prefeito de Flores da Cunha

Com três candidatos, partido resistiu a polarização da recente eleição e busca formas de ampliar o debate municipal.

Com a menor lista de candidatos a vereador na recente eleição, apenas três, o PT florense viu seus votos caírem pela metade. De 676 em 2020 para 301 no mês passado. Ainda assim, o partido de Esquerda faz um balanço positivo da eleição municipal.

— A nossa maior intenção foi atingida, que era nos mantermos ativos enquanto agremiação partidária no município. Também conseguimos trazer novas pessoas para o nosso partido, as quais acreditam que poderemos crescer no futuro. Lançamos uma nova liderança, o Ramon do Santos, e conseguimos manter outras lideranças, o Edison Biassi e a Ivete Romano — lista o presidente Paulo Couto.

Pelo momento polarizado, o PT sabia que era um pleito difícil. Antes mesmo das campanhas, o partido já sofria ataques e alguns pré-candidatos decidiram não concorrer. Por isso, são celebradas as três candidaturas que mantiveram o partido "vivo". Para 2028, o projeto é ampliar o debate com uma candidatura ao Executivo.

— Neste sentido, acredito que para a próxima eleição estaremos com um grupo maior e mais forte com o objetivo de apresentarmos mais candidatos para o Legislativo e para o Executivo — afirma Couto.

Espaço da Esquerda

Mesmo com o partido na liderança do Governo Federal, o PT florense não conseguiu espaço no debate eleitoral. Os partidos com discurso de Direita conquistaram os resultados mais expressivos nas urnas.

Para Couto, o momento é de reflexão e compreender o que o campo progressista acredita e defende para identificar as virtudes e corrigir as falhas.

— Temos muito a mostrar para a comunidade, muito é e foi conquistado através das nossas políticas públicas, mas por razões diversas não conseguimos demonstrar para a comunidade — lamenta.

O presidente do PT opina que há uma falha na comunicação. Pós-eleição, Couto procurou lideranças de outras siglas e propôs encontros para desenvolvimento do pensamento progressista.

— A maior dificuldade do campo progressista está na comunicação, o que não acontece com o conservadorismo. Talvez este seja um dos pontos para o baixo desempenho dos partidos em Flores da Cunha. Podemos crescer, entretanto, é fundamental que os partidos de Esquerda consigam mostrar com clareza as suas ideias para os seus militantes, os quais precisam conhecer melhor a nossa história — analisa o presidente do PT florense.

Desde a convenção, PT mobilizava seus filiados a manterem suas ideias dentro do debate municipal. - Leonardo Lopes, Arquivo
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário