Política

Lídio Scortegagna (MDB) fala sobre seus planos para o futuro de Flores da Cunha

Com o mantra da união e diálogo, Lídio Scortegagna promete contratar mais médicos, buscar recursos políticos para obras e criar creches nos bairros

O tom de Lídio Scortegagna (MDB) dificilmente se altera. Mesmo nas questões mais polêmicas, o ex-prefeito utiliza de um discurso conciliador e acredita na construção de soluções pelo diálogo e união.
Esta habilidade política de agregar e seguir em frente foi demonstrada mais uma vez na entrevista ao vivo do jornal O Florense, pelas redes sociais, na quarta-feira (25), quando o emedebista respondeu a 25 perguntas durante os 40 minutos de transmissão.
Lídio apresentou suas propostas para mobilidade, saúde, educação e cultura. Garantiu que irá encontrar soluções para o trânsito e estacionamentos no Centro, construirá escolas em três localidades, contratará mais médicos e promoverá um calendário que valorize a cultura e o turismo local.
Abaixo, leia os principais trechos da entrevista. 


Na última sexta-feira, sua campanha teve o segundo revés na Justiça Eleitoral e teve de conceder um direito de resposta ao adversário. O que está acontecendo?
Nossa campanha segue o rumo com fatos, com informações verdadeiras para todo eleitor. Nós tivemos, na primeira informação, apenas que misturamos as informações. Ou seja, a qualidade da educação caiu em Flores da Cunha, mas o índice que gera o retorno de ICMS não é o IDEB. A educação piorou. Isso é verdade e precisamos investir nos professores, investir na direção das escolas e respeitar todos que fazem educação. Outro fato relevante é que aumentou os cargos de confiança nos valores. Houve, sim, a criação de subsecretarias, de várias diretorias e secretários adjuntos que elevaram o percentual de gastos da Administração Pública municipal, causando que o orçamento do nosso município tivesse um custo maior com os cargos de confiança. Talvez a questão da informação que foi levada à comunidade não tenha chegado na forma que entendemos, por isso concedemos o direito de resposta. Respeitamos o direito. Embora tenhamos feito essa informação chegar de forma, talvez, simplificada, levamos as informações verdadeiras à nossa comunidade que a administração pública municipal não quer discutir.

Em suas manifestações, o candidato sempre fala sobre um projeto e sobre ouvir, conversar e dialogar. O que é este projeto?
Este projeto contempla todas as áreas da administração pública municipal, mas, acima de tudo, ele quer ouvir as pessoas, respeitar e dialogar com elas, com as diferentes camadas de sociedade, com os diferentes cidadãos, com todas as pessoas. Essa é a nossa forma de governar. Governar com a união e não dividindo a sociedade. Não podemos mais dividir. Temos as provas das enchentes, que mostraram que é na união que a gente se fortalece; que é na união que a gente constrói. Vamos governar para todos, vamos governar para quem está na nossa coligação, para quem não está na nossa coligação. Um prefeito, a partir do dia que ele ganha a eleição, ele assume o município e governa para todos os munícipes, para todos os cidadãos.

O seu lema é dialogar com todos. Contudo, o candidato divulgou um vídeo só para dizer que o PT não fazia parte da sua coligação. Não foi uma incoerência?
Não é incoerência nenhuma. Fomos vítimas desde o início da campanha, mesmo antes, de ataques pessoais. Ficamos, depois de 32 anos, muito sentidos da campanha ter tomado esse rumo, no início, que se tenta dividir, se cria fotos e se faz montagens. Quero dizer a toda a comunidade que temos um trem, uma locomotiva de pessoas para administrar e fazer o melhor. Liderada, sim, pelo Lídio, que já fez muito e vai fazer muito. 

O candidato promete mais médicos para os horários de fluxo. Como é que será? 
Temos alguns horários que as pessoas, por naturalidade, buscam mais esse atendimento. Vamos intensificar a contratação de mais profissionais na Unidade de Saúde e, num primeiro momento, suplementar com contratações e comprar serviços no Hospital Fátima, que é o nosso serviço de referência. Existem alguns horários, que são os gargalos, nos finais de semana, no final de tarde, em horários de pico, que vamos contratar e depois ver a possibilidade, seja serviços ou profissionais, para que atendam na Unidade de Saúde ou no hospital. Que todos tenham o seu atendimento. A dor não marca a hora. Nesses horários específicos, vamos disponibilizar mais profissionais, porque temos bons profissionais, mas a quantidade, muitas vezes, é pequena.

O seu plano de governo fala em incentivar PPPs para construir escolas infantis em Nova Roma, Otávio Rocha e São Gotardo. Por que essa proposta pela parceria público-privada? 
Porque precisamos atender a demanda que é urgente. Sabemos da burocracia e não sei como estarão as finanças do nosso município. Pretendemos que todas as mães tenham uma creche próxima à sua casa. Essas três localidades citadas, elas são geradoras de muita mão de obra e a dificuldade, muitas vezes, de se colocar à disposição ou trabalhar numa empresa, acaba sendo indisponível, porque a mãe acaba ficando com seu filho. Já falamos com as proprietárias que tem o interesse. Se existe o interesse do município e existe o interesse da comunidade, nós construiremos. A entidade privada irá instalar o serviço e nós garantiremos a compra de determinado número de vagas. 

Sobre o trânsito, o que o candidato pretende fazer?
Nos primeiros dias de governo iremos rever o estudo que foi feito do binário e o que aconteceu para causar tanto transtorno e tantos problemas. As vagas de estacionamento são muito discutíveis hoje, a comunidade toda está reclamando. E as mãos únicas.Precisamos rever todo o estudo, sentar com os técnicos do município e abrir vias alternativas que possibilitem o escoamento mais rápido. Rever todo o sistema de estacionamento e o binário como um todo.

Sua proposta é de incentivos para garagens privadas?
Todos os espaços que pudermos viabilizar no centro, estaremos criando legislação específica, para construir áreas de lazer, áreas de entretenimento, onde os moradores cedem os terrenos para que o município faça esses espaços. É possível avançar mais, criar incentivos, bons incentivos, para que essas áreas sejam disponibilizadas. Existem várias áreas, cabe a nós fazermos um levantamento. Há exemplos do que ocorre em outros municípios, onde é disponibilizado um estacionamento central.

Seu plano de governo lista diversas obras de infraestrutura e asfalto. De onde virá a verba necessária?
É da união dos esforços, mais uma vez. Precisamos trabalhar com as entidades, com os partidos políticos, buscar recursos em Brasília, fazer com que as nossas proposições sejam ouvidas. É importante a gente sonhar e lançar os desafios e os projetos. A partir do momento que assumirmos a cadeira de prefeito, estaremos agregando todas as forças políticas. Temos liderança, temos pessoas em todos os partidos dos quais respeitamos. É através dessas pessoas que estaremos buscando e viabilizando com recursos políticos. Todas obras necessárias, importantes e, acima de tudo, que trarão o conforto e o bem-estar da nossa comunidade.

Qual é a sua proposta para valorizar a Fenavindima?
Lancei um desafio na Fenavindima de 2020 de discutirmos e mantermos a Associação Fenavindima unida. Uma associação ampla, que abrange ex-presidentes, ex-prefeitos, enfim, que busquem e agreguem. Muitas vezes o esforço de uma Fenavindima acaba sendo muito grande. Precisamos ver o local da Fenavindima, pensar em remodelar os pavilhões ou transferir a estrutura, sonhar um pouco maior. Além do que, viabilizar esse evento mais frequentemente. Para que ele seja uma característica, seja uma realidade do nosso município. É preciso rever e aproximar para que o município de Flores da Cunha possa ser visto. Visto todos os potenciais turísticos, os potenciais de enogastronomia, que são fundamentais para o desenvolvimento.

 - Reprodução Jornal O Florense
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