"Vereador não pode ser um segundo plano", afirma Valentin Breginski (PSB)
Com a experiência de ter composto o Departamento de Esportes nas gestões de Ernani Heberle (PSB) e Lídio Scortegagna (MDB), Valentin Breginski, 45, quer retornar a vida pública para fazer mais pelo esporte florense.
O candidato que concorre pela segunda vez ao cargo de vereador pelo PSB e tem como inspiração os filhos, Vitor, 5, e o Antony, oito meses, para fazer mais pelo município e ofertar oportunidades e aprendizagens aos jovens.
Agricultor, Breginski também irá defender a bandeira do interior e acredita que as questões trabalhistas no campo são um desafio que precisa ser enfrentado logo.
Por que o candidato acredita ter perfil para ser um bom vereador?
Trabalhei no Departamento de Esportes e fiz um longo calendário esportivo. A minha bandeira é o esporte. Tenho dois filhos e vejo que tenho que deixar algo a mais para eles. O mundo está mudando bastante, há atividades aos montes, principalmente relacionadas com celular e computador, mas acredito que uma das maiores ferramentas de educação é o esporte. Gera convívio e ensina a saber ganhar e perder, o que prapara para a vida. Vim do interior, tive pouca estrutura e pouco conhecimento e depois na adolescência comecei a praticar esporte e, como diz o meu tio, “pegamos um rumo na vida”. Consegui constituir família e ter uma base melhor. Quando as crianças têm uma atividade, elas se preparam para a vida. Eles terão conflitos, a busca pela vitória e pelo espaço. Cerca de 90% dos pais trabalham e não estão 100% do tempo com a criança, dando acompanhamento e eles precisam ir para o mundo. Os filhos são criados para o mundo, cada vez mais aberto e o esporte é a melhor ferramenta para a educação.
Caso eleito, quais as bandeiras que irá defender?
Vim do interior e da agricultura. Hoje, o nosso interior de Flores da Cunha é um exemplo em todos os sentidos, na agricultura de precisão e agricultura sustentável, que produz muito. Também é muito lindo para o turismo. É uma ferramenta que precisa expandir, mas também precisa ser evoluída. Hoje, o principal problema é a mão de obra, a terceirização e quem que vai fazer a sucessão. Já vejo municípios vizinhos com problemas trabalhistas, principalmente da fruta, com essas contratações temporárias. A continuidade desse potencial enorme de Flores da Cunha na agricultura precisa desta evolução nessas questões trabalhistas. Hoje, por exemplo, trabalham comigo quatro ou cinco argentinos nas parreiras. É complicado se não conhecemos ou não sabemos quem virá. Não há mais aquela proximidade que antes vinham pessoas que conhecíamos, parentes e familiares de outras cidades.
Quais os maiores desafios de Flores da Cunha?
Principalmente a questão da mobilidade. O trânsito é uma questão de prioridade, essa definição de estacionamento com as mudanças que ocorreram e o pessoal não se adaptou. Precisa ser debatido um pouco melhor, vínhamos em uma rotina e esse desafio gerou muito transtorno. No bairro Parque dos Pinheiros, não é possível sair do bairro às 7h, às 13h e às 18h, que são horários do colégio. O congestionamento ali parece de uma cidade grande.
Como os vereadores podem evitar que as discussões sejam apenas situação contra oposição?
O papel do vereador tem que ser um pouco diferente. Hoje ele faz mais indicações, sugestões ao prefeito, sugestões de obras e resolve problemas que seriam das secretarias. A função do vereador é fiscalizar. Saber se realmente o valor investido está sendo bem investido. Vejo um desvio de foco. Vereador não pode ser um segundo plano (do eleito). Tem que ser o principal, realmente exercer a função. Tem um pessoal que trabalha em empresa e só vai na Câmara naqueles horários que são obrigados pela Lei.
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