Política

Carlos Eduardo Heberle (PSB) foi anunciado como pré-candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo ex-prefeito Lídio Scortegagna (MDB) para a majoritária em Flores da Cunha. A definição aconteceu em uma reunião da coligação no domingo (8). Mais conhecido pelo apelido de Dudu, o filho do ex-prefeito Ernani Heberle (2009-2012) é visto como um perfil jovem que atende a vontade dos eleitores para o próximo pleito.

Aos 39 anos, Dudu Heberle é empresário e trabalha com o mercado do intercâmbio. Seu nome era um dos mais cotados para ser pré-candidato. Contudo a negociação do MDB foi longa, com a formação de uma aliança de sete partidos e mais de 15 possíveis candidatos disponibilizados para o posto ao lado do pré-candidato Scortegagna. O presidente do MDB florense, Élio Dal Bó, afirmava que este era um problema bom.

— Ouvimos as vozes das ruas. Foi o eleitor que nos indicou. Todos os nomes (disponíveis) eram importantes e com pré-requisitos para exercer as funções. O nome do Eduardo, embora não tenha um histórico de inserção na política, tem uma participação importante na comunidade, na vida profissional e foi o mais solicitado. Não é nós que procurávamos (um perfil determinado), são os eleitores que procuram novos nomes, de jovens, com este perfil. É o eleitor, sempre, que precisa ser ouvido — afirma.

Em uma viagem internacional no início desta semana, Dudu Heberle se manifestou por meio de uma nota. Confira na íntegra as palavras do pré-candidato a vice-prefeito:

"Penso que boas pessoas precisam ocupar espaços e estarem envolvidas em projetos para a sociedade, e eu acredito que tenho boas intenções para Flores da Cunha.
O Lídio é uma pessoa com credibilidade, experiência, que sabe fazer bem a política pública e entende a importância do papel de um gestor para a cidade. O trabalho, dedicação e as boas intenções são fatores que me fizeram aceitar o convite de compor a pré-candidatura.
Temos boas ideias e planos para a cidade. Quero contribuir para a gestão do município, com experiências e qualificações que tenho tido ao longo da vida.
Sei que a campanha é intensa, e é preciso saber que Flores da Cunha está acima de todos os interesses"

A provável coligação conta com sete partidos: MDB, PSB, PRD, PSD, PSDB, União Brasil e PRTB. Dal Bó afirma que a aliança ainda está aberta para novas adesões. O presidente do MDB não quis detalhar como estão as conversas com o PDT, partido que desejava indicar um nome de pré-candidato a vice-prefeito com Scortegagna.

— Temos detalhes que precisam ser ajustados. (O PDT) é um partido que merece a consideração do município e do nosso partido. Eles têm uma história, um protagonismo de 12 anos no comando do município, e merecem a atenção de todos. É importante, neste momento, que toda a composição dos partidos entenda que é hora de se colocar à disposição da comunidade. Criar uma chapa próxima da vontade da população. O momento é de união. Se outros lados vieram com discurso de separação, não estamos pensando nisso — declara Dal Bó.

Nos últimos meses, o MDB também teve conversas com o Republicanos. Esta sigla, contudo, tinha dois requisitos: indicar o vice-prefeito e não ter "partidos de esquerda" na coligação. A expectativa é que o Republicanos anuncie uma chapa própria, liderada pelo candidato na última eleição Moacir Ascari, o Fera. Questionado sobre as conversas, o presidente Dal Bó não citou o nome do Republicanos.

— Estamos abertos para novas adesões. É preciso que haja um posicionamento destes partidos. Nós já nos posicionamos com um ótimo nome que pode agregar a maioria dos interesses da comunidade. São menos de 90 dias que nos separam das eleições — pondera.