Política

"Encontramos formas de tornar em algo concreto", afirma a vereadora reeleita Silvana De Carli

Única mulher na Câmara de Vereadores, Silvana foi a segunda mais votada neste pleito, com 938 votos

Uma das vereadoras mais elogiadas, Silvana De Carli (PP) teve o seu trabalho reconhecido nas urnas. A única mulher da atual legislatura conquistou 938 votos, a segunda maior votação desta eleição. Com a experiência nos bastidores das Câmaras de cinco municípios, Silvana soube desenvolver projetos que "refletissem na vida das pessoas". Principalmente, de suas bandeiras: idosos, mulheres e a causa animal.

O lado negativo é que, novamente, Silvana é a única mulher eleita. Ajudar a formar novas lideranças políticas femininas, utilizando a recém-criada Procuradoria da Mulher, é um desafio que a própria vereadora se propõe.

O Florense: Qual é o sentimento de ser eleita?
Silvana De Carli:
É de muita felicidade. É um reconhecimento, uma votação expressiva fruto do trabalho que foi reconhecido pela comunidade.

Esperava essa votação?
A minha meta era 1 mil votos. Tinha colocado lá no início, antes da campanha, no meu planejamento que faço um bom tempo antes. Acreditava que tinha potencial, pelo trabalho que fiz, as bandeiras que levantei e as pessoas que tive contato. Foram diversas áreas que pude contribuir e entendia que as pessoas estavam comigo nessa caminhada.

Qual é esse trabalho que falam que a Silvana fez e agora foi reconhecido?
Tenho um perfil de executora. Apesar de estar no Legislativo, consegui fazer muitas ações de resultados concretos "lá fora". Ações que refletiram diretamente na vida das pessoas. A primeira foi a bandeira dos idosos, onde fomos atrás de criar a Comissão, tivemos contato com as demandas e fizemos um guia com orientações, os direitos, os deveres, informações pra eles; Na Comissão de Educação, um trabalho muito grande de visitar todas as escolas e escolinhas; Depois, criamos a Procuradoria da Mulher, que é outro órgão que faz ações, palestras e material informativo sobre a violência contra a mulher; Na Pessoa com Deficiência, coloquei nosso gabinete a disposição para ajudar na confecção da carteirinha para identificar quantas crianças com autismo temos no município: começamos com quatro carteiras e agora são mais de 40 registrados. Sempre encontramos formas de tornar (o trabalho) em algo concreto, de estar na rua.

Há vereadores que se frustram por não conseguir fazer ações mais concretas. Como a senhora conseguiu?
Vai da boa vontade e também porque me dediquei exclusivamente a ser vereadora. Porque demanda tempo, buscar informação e se colocar disponível. No primeiro ano, praticamente trabalhei toda semana de tarde aqui na Câmara. Ia fazer visitas e tinha reuniões das comissões. Para quem quer ser vereador, tem que se dedicar, apesar que o salário não compensa financeiramente. Estou remando, mas é porque amo e procuro.

Um tema da eleição foi que a comunidade não se sente ouvida. Como vê estas críticas?
As pessoas querem ser ouvidas e existem os canais, mas muitas pessoas que não procuram. Como chegar nestas pessoas que não estão interessadas, mas que chega na hora e reclamam? Procuro estar presente, faço eu o caminho e peço as demandas. Não é falta de interesse do vereador. A comunidade não está interessada. Na sessão, ninguém vem. Aí é fácil dizer que "o vereador não faz nada". Mas o que tu acompanha do vereador que tu votou? Tu está vendo o trabalho dele? Está cobrando dele? Está usando ele? É uma construção que precisa ser feita. A polarização tem afastado as pessoas da política. É uma equação difícil.

Silvana afirma que soube desenvolver projetos que
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