Política

"Falta esta cobrança da comunidade", avalia o vereador reeleito Diego Tonet

Terceiro mais votado em 2024, Tonet vê com bons olhos a formação da nova legislatura

Convidado para ser o "candidato do bairro Aparecida" em 2020, o vereador Diego Tonet (PP) consolidou seu trabalho e conquistou a reeleição. Foram 849 votos neste pleito, 253 a mais do que o recebido na primeira eleição.

Integrante da renovação do Legislativo em 2020, Tonet vê com bons olhos a formação da nova legislatura, que traz novos nomes para "oxigenar" a Câmara ao mesmo tempo que mantém uma base de cinco reeleitos que conhecem os trâmites e podem orientar.

O Florense: Qual é o sentimento de ser eleito? 
Diego Tonet: É uma alegria muito grande. Acredito que é um reconhecimento do trabalho nesses quase quatro anos. É bom quando somos eleitos a primeira vez, mas somos a novidade. O nosso trabalho é coroado mesmo e nos dá uma emoção maior quando vamos para uma reeleição. É a prova de fogo. Se a população gostou daquilo que foi apresentado ou não. A resposta é o que as urnas nos mostram.

Qual a diferença para uma segunda eleição?
É mais difícil, porque, infelizmente, não conseguimos agradar a todos. Assim como superamos expectativas, também podemos deixar a desejar. No nosso trabalho, a vereança, nem tudo cabe a nós. Dependemos de mais oito colegas comprarem a mesma ideia ou  do Executivo também abraçar uma ideia. Não depende só do vereador querer. É um contexto bem amplo de situações que ocorrem para que algo consiga ser realizado. Não é tão fácil, nem tudo acontece. Quando vamos à reeleição, já temos esta ciência de que algumas coisas conseguimos e foram adiante, mas muitas outras a gente não consegue. E acaba sendo cobrado por isso.

Como o Diego encontrou a sua forma de ser vereador? 
Em 2020, lembro que minha campanha não tinha proposta nenhuma. É uma construção no decorrer do mandato, sentindo as necessidades. Mais do que propor na campanha, é importante sentir se há uma necessidade dentro da educação ou da saúde, encontrar e levar esta bandeira. O mais importante ainda é trabalhar escutando a comunidade.

Como vê os "julgamentos" sobre o trabalho de vereador?
Não é uma crítica, mas vejo que em Flores a comunidade fica muito distante do que acontece na Câmara. E, às vezes, critica sem saber, sem ter conhecimento. Se pedir para qualquer um da comunidade qual projeto foi aprovado na última sessão, quase ninguém saberá responder. Se nem os projetos a população sabe, o que dirá o trabalho do vereador. Nas sessões da Câmara, o acompanhamento é de uma, duas ou três pessoas fisicamente. E vai ter mais duas ou três de forma online. Pensando que é um público de 32 mil pessoas, é muito baixo. Então, muitas vezes não é o fato do vereador não estar trabalhando. Todos estão trabalhando, cada um de sua forma. Só que o público, principalmente o eleitor que elegeu aquele vereador, não está participando das sessões, não está acompanhando nas redes sociais o próprio vereador, não está questionando nem entrando em contato. Perguntar: "E aí, aquela proposta que tu fez na campanha, já colocou em prática?" Falta esta cobrança da comunidade, no sentido de estar perto e fiscalizar o trabalho do vereador, ter fundamento. É muito fácil chegar no final de quatro anos e dizer "não fizeram nada". Tem vereador que apresentou mais de 10 projetos. A comunidade não sabe, então como é que tu julga (o vereador)? Em Nova Pádua, as sessões (no Youtube) tem de 70 a 80 pessoas acompanhando. Em Flores, é cinco ou seis. É uma cultura que deveria mudar.

Reeleito, Diego Tonet fala das limitações do trabalho do vereador e a falta de acompanhamento da comunidade - Antonio Galvão
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