"A principal carência de Flores é o ouvir", diz Kauan Almeida (Republicanos)
Aos 20 anos, Kauan Almeida quer ser o vereador mais jovem já eleito em Flores da Cunha. Um sonho que começou ainda criança, seguindo os passos dos pais ativistas políticos, e que o fez se preparar por dois anos como pré-candidato.
Membro de oito entidades, Kauan conta que gosta de estar envolvido e exercer cargos ativos. No Republicanos, o jovem candidato afirma que encontrou a política que se identifica: de Direita moderada, com laços como sua fé e liberdade para articulação política.
Por que o candidato acredita ter perfil para ser um bom vereador?
Durante muito tempo, ficou enraizada uma cultura de não eleger pessoas representantes da comunidade, mas sim pessoas conhecidas. Até hoje, o mais votado da história é o dono de um bar. Não estou dizendo que foi um mal gestor, mas era uma cultura da nossa cidade de votar no mais famoso. É algo que vem mudando nas últimas eleições. Embora seja jovem, já fiz muita coisa pelo município. Faço parte de oito entidades, sempre busquei me envolver em tudo e, normalmente, faço parte da direção ou de algum cargo ativo. Já arrecadei R$ 150 mil para a segurança pública de Flores e mais R$ 150 mil para parte da saúde. Já mostrei que sou uma pessoa que tem vontade de fazer algo diferente. Sou jovem, mas me preparei e tenho um trabalho feito de muita entrega para o município. Com humildade, creio que sou uma personificação desse político que as pessoas querem: um jovem que já tem experiência, que já fez e que tem fome de fazer muito mais.
Caso eleito, quais as bandeiras que irá defender?
Sou defensor da família. Quando digo família, me refiro a buscar uma educação de qualidade nas escolas para o filho, oportunidades de trabalho para o pai e a mãe, qualificação profissional para o adolescente, espaço de lazer para o fim de semana, eventos culturais e tudo o que envolve a família.Tem uma frase que resume o que acredito: "A prefeitura não deve ser protagonista; a prefeitura deve ser auxiliadora". O protagonismo tem que ser das famílias. Os órgãos públicos devem auxiliar para que as pessoas tenham a liberdade de tomar a decisão daquilo que é melhor para sua família.
Quais os maiores desafios de Flores da Cunha?
A principal carência de Flores da Cunha é o ouvir. Viemos de uma pandemia onde as pessoas estavam em casa trancadas e muitas desenvolveram problemas psicológicos, como depressão e ansiedade. Muitas delas só precisam ser ouvidas pelo Poder Público, serem acolhidas. Essa comunicação entre o Poder Público e a comunidade está em falta. O principal desafio é essa aproximação. Posso estar enganado, mas nunca fui no posto de saúde e vi um vereador ou um prefeito entendendo o que é o sistema de saúde, como é ser atendido no SUS. A gente chega numa UBS e eles podem o máximo de sete atendimentos por dia. Por que? Se tem médico e tem gente precisando, por que não pode ser feito mais atendimentos? Como vou saber quais são as necessidades das pessoas se eu não escutar as pessoas?
Como os vereadores podem evitar que as discussões sejam apenas situação contra oposição?
Sei que tenho 66% de chances de ser "oposição". Só que a minha fé me ensina que não podemos só bater, criticar e destruir. Precisamos construir em unidade. É natural que exista da oposição uma vigilância maior que da situação. Posso ser posicionado, mas ao mesmo tempo posso articular. "Vamos tentar fazer dessa maneira"; "Eu te ajudo, tu me ajuda e vamos construir"; porque ao final, não são os partidos. Quem sai ganhando é a comunidade. Essa briga, essa polarização que a gente tem vivido, de ou é bom ou é horrível, a gente tem que ter um meio termo de poder sentar e conversar. Acredito que posso ser um moderador, um articulador político.
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