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Um adeus para uma boa comida

Casa de Carnes Sugari fecha as portas depois de 20 anos de trabalho e dedicação familiar

Para os apreciadores de uma boa gastronomia, os almoços do final de semana eram especialmente saborosos com as comidas da Casa de Carnes Sugari. Não há quem nunca enfrentou uma fila para fazer marmitas no restaurante. Mas, com um singelo cartaz na porta, o domingo que se passou, dia 30, foi o último dia de atuação do restaurante.
A família era extremamente receptiva, começando pela graciosa Carla Maria Sugari, carinhosamente conhecida como Loló, e seus três filhos. Nicole, 34 anos, formada em administração; Mateus, 31, radialista e estudante de jornalismo; e Larissa, 19, que atualmente trabalha em um escritório de contabilidade. Mas, tudo começou com o patriarca da família, Norberto Sugari, falecido há seis anos. “Meu pai era distribuidor de frango na região da Serra, mas com a dificuldade de alguns mercados em pagar as mercadorias, foram dando em troca equipamentos como freezers, câmeras frias, balcão de mercado e assadeiras de frango. Daí surgiu a ideia de usar esse material, montando um restaurante no porão da nossa casa, no bairro Vindima. Isso já faz mais de 20 anos, trabalhando todos os finais de semana”, conta Mateus.  
A Casa de Carnes atuava aos sábados e domingos, ao meio-dia, com frangos inteiros, bufê de carnes (churrasco, porco, galeto, salsichão, medalhão) e frituras (polenta, bifes, queijo), além da maionese, tudo no sistema pague e leve. “As pessoas se serviam, pesavam e iam para suas casas. Nosso trabalho era preparar. Por mais que eram só dois dias, tinha todo um trabalho na semana, de compra, separação, temperar, espetar, empanar. Só quem tem restaurante sabe quanto se faz para que tudo fique preparado e servido”, conta a família. E todos ajudavam e tinham suas funções: a Loló na cozinha, o Mateus na churrasqueira, a Nicole na balança e a Larissa no caixa. “É como uma engrenagem com todas as peças trabalhando para o melhor desempenho possível, dentro das possibilidades que temos”, revelam. 
Mas, nesse momento, a família Sugari se dedicará não mais à gastronomia, mas sim à saúde. “A decisão de fechar foi difícil, conquistamos uma clientela muito grande e fazíamos com muito amor, mas estou fazendo um tratamento para o câncer e tivemos que repensar. Todos os meus filhos têm seus próprios trabalhos e não dependemos mais do restaurante. A saúde vem em primeiro lugar”, enfatiza Loló, emocionada. 
“Durante todos esses anos, tivemos pessoas que nos ajudaram. A elas o nosso agradecimento pelo seu tempo e dedicação. Agradecemos aos nossos clientes pela confiança e amizade. Encerramos nossas atividades de cabeça erguida, sabendo que damos o nosso melhor, trabalhando e servindo as pessoas como sempre fizemos”, finalizam agradecendo. Mas, é a comunidade florense que agradece a dedicação desta família que faz parte da história de Flores da Cunha.

O último domingo, dia 30, foi marcado com uma vasta clientela.  - Divulgação
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