Geral

Em fevereiro, a Comissão da Educação, Cultura e Desporto de Flores da Cunha visitou a Escola Estadual de Ensino Médio Frei Caneca. Na ocasião, foram constatadas desafios que vão além da sala de aula. Problemas de manutenção e infraestrutura que, talvez, pudessem ser resolvidos com o apoio da comunidade. Na ocasião, foi acordado que a direção da escola enviaria um ofício com as demandas. No documento, foram elencados 18 tópicos para melhorias (quadro ao lado).

O ofício foi escrito em abril, mas só foi destinado à Comissão de Educação no final de agosto. A justificativa seriam os eventos climáticos que afetaram a região.

— Nos colocamos à disposição e solicitamos à direção da escola que nos encaminhasse um ofício elencando por escrito todas as demandas. Cada vereador (da Comissão de Educação) se comprometeu a levar (o ofício) ao representante (político) que tinham um vínculo mais próximo. No meu caso, por exemplo, foi o Guilherme Pasin, deputado estadual — conta o vereador Dieto Tonet (PP), presidente da Comissão dos Vereadores.

A Comissão também encaminhou ao deputado estadual Sérgio Peres (Republicanos) e a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), mas ainda não houve um retorno.

O vereador Tonet lembra que, no ano passado, algumas demandas da escola já haviam sido encaminhadas aos órgãos responsáveis, mas, da mesma forma não houve evolução e algumas questões persistem.

— (Há) reinvindicações de salas de aulas, melhorias estruturais, tem a parte do refeitório, questões do parque e espaço de lazer na área externa que carece de atenção para melhor atender aos alunos. São várias as demandas — contextualiza o membro da Comissão de Educação.

Busca por melhorias é constante

A Escola Frei Caneca, de 315 alunos, é emblemática por, junto com a Escola São Rafael, serem os únicos dois educandários de Ensino Médio na rede pública de Flores da Cunha. Procurada pela reportagem, a diretora Nanci de Mello demonstrou surpresa com o "vazamento" das demandas da escola estadual. Ela afirma que algumas das demandas já foram resolvidas e que a busca por melhorar a infraestrutura e garantir um ambiente mais seguro e acolhedor é um desafio constante.

Recentemente, a diretora afirma que a escola recebeu mais de R$ 69 mil para reformas.

— Fomos contemplados com o projeto (da CDL) Homens na Cozinha, verba complementar do estado e uma ementa parlamentar. A partir do próximo mês estaremos iniciando mais reformas — declara a diretora, que conversou com a reportagem por telefone na tarde de ontem (31).

Segundo Nanci, com a contemplação de R$ 19.398 do projeto da CDL e de R$ 50 mil provenientes da ementa (a diretora não especificou a origem), foi possível colocar projetores nas salas que faltavam, instalar câmeras de segurança em toda a escola e realizar a troca de piso em duas salas. Além disso, recentemente a escola também realizou o reparo de goteiras, troca de torneiras e pias e aquisição de ventiladores.

A diretora Nanci compartilha que existem iniciativas que contribuem para a resolução das demandas e ressalta a importância do envolvimento da comunidade, do conselho escolar, do Círculo de Pais e Mestres (COM) e das famílias em um projeto colaborativo, visando a melhoria da escola.

 A criação do parquinho e a ampliação da cozinha são demandas que estão no radar, mas de acordo com a diretora, esses são projetos para longo prazo.

Apesar do esforço da comunidade escolar, fica evidente que a instituição ainda enfrenta desafios significativos, como a falta de recursos para atender às necessidades estruturais.

Demandas da escola listadas no ofício de abril

Em amarelo estão destacadas as necessidades que, desde abril já foram resolvidas, parcial ou totalmente, conforme a diretora Nanci de Mello.

Atendimento psicológico:

• Necessidade de profissionais para atender alunos em situação de vulnerabilidade.
• Medidas para conscientização e responsabilidade dos alunos.

Manutenção e infraestrutura:

• Pintura interna e externa da escola.
• Troca de pisos quebrados.
• Substituição de janelas com madeira podre.
• Reparo ou troca de portas quebradas.
• Conserto de luminárias externas no pátio.
• Reparação do forro em risco de desabar.
• Substituição de calhas apodrecidas.
• Reparo de goteiras e vidros quebrados.
• Isolamento da caixa d’água para segurança dos alunos.

Equipamentos de cozinha:

• Aquisição de um freezer novo.
• Substituição do fogão antigo.

Acessibilidade:

• Melhorias na entrada principal e acesso ao segundo piso.

Espaço de alimentação:

• Ampliação da cozinha e área de refeições, evitando improvisações.

Fiação elétrica:

• Substituição da fiação inadequada para permitir o uso de estufas e ventiladores.

Climatização:

• Aquisição de mais ventiladores e aquecedores.

Área de lazer:

• Criação de um parquinho para os alunos.