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Colocar no papel os causos antes que se perdessem na memória. Esta foi a missão da jornalista e historiadora Danúbia Otobelli ao escrever “Histórias (quase) esquecidas”. O livro traz 38 fatos e peculiaridades sobre Flores da Cunha, que vão além da famosa história do galo e do mágico.

— São histórias completamente verdadeiras, exceto pelas partes que foram um pouco exageradas — revela Danúbia na apresentação da publicação.

O projeto explora relatos contados e recontados ao longo do tempo, como “tinha um túmulo na praça” e o “baile dos pelados” em Alfredo Chaves. O e-book está disponível para ser baixado gratuitamente. A obra demonstra como simples fatos do cotidiano podem se transformar em grandes histórias.

— A ideia das histórias surgiu em 2020, durante à pandemia da Covid-19. Eu era editora do jornal O Florense e devido à pandemia o jornal precisou virar quinzenal. Para suprir a demanda de informações e criar algo diferente, comecei a escrever histórias, contos, fatos que eu conhecia por ser historiadora. Lançamos no site do jornal uma série intitulada “Histórias (quase) esquecidas” em que foram relatados alguns destes contos — recorda.

O lançamento em livro foi possível graças à Lei Paulo Gustavo, via Prefeitura Municipal. A ideia inicial era contar 20 histórias apenas em formato digital. No caminho, a obra cresceu para 38 causos e, graças a boa repercussão, também ganhou alguns exemplares impressos distribuídos pela autora.

— As histórias foram sendo selecionadas à medida que ia lembrando dos fatos conhecidos. Fui relendo entrevistas que fiz com várias pessoas e selecionando as mais interessantes de serem relatadas. Por exemplo, a história sobre a enchente me veio somente após aos desastres climáticos de maio, pois fiquei curiosa como tinha sido na década de 1940 as chuvas no município e fui em busca de mais informações. 

O processo criativo da historiadoria envolveu tornar a escrita histórica mais divertida; As histórias são fatos verdadeiros, que nasceram de documentos oficiais e ocorreram, ainda que não exatamente da forma como foram descritos.

— Como historiadora, sempre busco o fundo de verdade, por isso, chamo o livro de contos e causos. Todos eles são histórias verdadeiras, de alguma forma ocorreram. Busquei nas fontes oficiais alguma informação que comprovasse aquilo que algumas pessoas haviam me relatado. Encontrei jornais antigos e muitas das histórias nasceram de alguns documentos oficiais. Não quer dizer que tenham ocorrido exatamente como descritos, isso envolveu meu processo de criatividade, de tornar uma escrita histórica mais divertida.  

A versão impressa da coletânea está disponível na Biblioteca Pública para retirada. Baixe o e-book de "Histórias (quase) esquecidas" neste link.