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Polo moveleiro regional é consolidado pela união e desenvolvimento do setor

Flores da Cunha se consolida como um líder na indústria de móveis, lidando com os desafios da expansão e a necessidade de formação profissional.

A forte tradição na indústria de móveis consagrou Flores da Cunha como um celeiro de inovação e crescimento. Este perfil é um reflexo da atuação de empresas consolidadas e iniciativas locais que estão atentas ao mercado e sempre dispostas a renovação.

A Florense, um dos nomes mais tradicionais desta indústria, tem um papel importante nesse cenário. Mateus Augusto Corradi, CEO da empresa, destaca que a empresa tem uma longa história de contribuição para o desenvolvimento do setor moveleiro local.

— Nos 71 anos da Florense, sempre tivemos uma postura voltada para a formação de pessoas. A empresa capacitou muitos profissionais, ensinando não apenas o ofício da marcenaria, mas também valores importantes e habilidades empresariais. Muitos saíram da nossa empresa para empreender, o que é positivo, porque, de certa forma, os expoentes lá atrás da marcenaria em Flores da Cunha formaram o polo moveleiro que é o nosso município — comenta Corradi.

O CEO da Florense acredita que a empresa impulsionou a criação deste polo moveleiro, o que inclui não apenas a formação de mão de obra, mas também o desenvolvimento de novos talentos através do SENAI e outras iniciativas.

No entanto, o desafio recorrente destacado por Corradi é a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada.

— O desafio industrial é encontrar pessoas comprometidas em construir uma carreira na indústria moveleira e oferecer condições de trabalho, treinamento, ambiente, estrutura de locomoção e de alimentação — contextualiza.

Essa questão da falta de mão de obra é corroborada por Adauto Sousa de Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Mobiliário de Flores da Cunha e Nova Pádua. Ele observa que a carência de trabalhadores qualificados é um problema significativo na região.

— Temos cerca de 2,5 mil pessoas trabalhando no setor moveleiro, mas muitas empresas enfrentam dificuldades para encontrar funcionários. É um desafio real para o setor — ressalta.

Adauto faz um comparativo com a construção civil que, embora esteja estável, algumas construtoras já passaram a reduzir o seu número de funcionários devido à baixa demanda e as dificuldades de encontrar mão de obra.

Coordenada por Valmir Kerber, a Câmara Setorial de Móveis do Centro Empresarial de Flores da Cunha busca engajar mais associados e desenvolver iniciativas que promovam a inovação e o crescimento contínuo da indústria moveleira.

— Fortalecemos o setor moveleiro local através de ações coletivas e planejamento estratégico. Realizamos encontros e cursos técnicos para melhorar as habilidades dos profissionais e trazer novas ideias para o setor — afirma Kerber.

 

O desafio que está se apresentando é de desenvolver diversos projetos especiais, ou seja, o trabalho que o marceneiro fazia, atualmente, a indústria grande também realiza para fazer uma entrega completa dos produtos e que atenda todas as necessidades dos clientes.

Volnei Dondé, presidente da Caderode

 

Outro importante player no mercado moveleiro, a Caderode expandiu sua atuação para além das cadeiras, incluindo móveis e divisórias. O presidente Volnei Dondé relata esta diversificação da fábrica desde 1994.

— Hoje, não somos apenas uma fabricante de cadeiras; incorporamos móveis, divisórias e estamos desenvolvendo projetos personalizados para diferentes ambientes, contemplamos uma entrega mais completa e customizada e isso fez com que fortalecesse mais a parte da madeira.

Closet feito pela Florense. - Reprodução Escritório feito pela Caderode. - Reprodução Espaço feito pela Caderode. - Reprodução
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