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Pesquisa sobre os impactos da pandemia nos negócios

Ainda aberto a respondentes, estudo já revela percepções do empresariado sobre temas como preparação para crise, medidas emergenciais e seus impactos

O Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul – IPES-UCS – realiza uma pesquisa sobre os Impactos da Covid-19 no Ambiente de Negócios. O estudo, que segue andamento, teve início em 16 de abril e já contou com a participação de 103 empresas (68% caxienses) que responderam um questionário virtual de forma voluntária. Das consultadas, a maior parte foi de organizações com mais de 100 funcionários (43,14%), sendo que a maioria dos respondentes foi de proprietários/diretores (46,08%).

O trabalho, que já revela percepções sobre temas como preparação para crise, medidas emergenciais, respostas à pandemia e seus impactos, é coordenado pelos professores Roberto Birch Gonçalves, diretor do IPES-UCS, e Fábio Verruck, coordenador do bacharelado em Comércio Internacional na Universidade. “O objetivo é fornecer dados para as empresas planejarem e balizarem decisões nos negócios, considerando o cenário geral, visto que os dados são exibidos aos respondentes na conclusão do questionário”, explicam. A partir dos resultados, os docentes avaliam que, apesar dos efeitos imediatos da pandemia, de maneira geral, há certo otimismo dos empresários em relação à recuperação das atividades em longo prazo. “Todos acreditam nos efeitos negativos, mas a maioria crê que sua permanência será de curto prazo”.

Os resultados são dinâmicos, atualizados automaticamente conforme cada novo respondente. De acordo com os professores, os dados apurados até esta segunda-feira, 15 de junho, apontam uma resposta rápida no que se refere à preparação para a crise: 45,1% das empresas participantes criaram planos de continuidade comercial como resposta à pandemia, e 16,67% disseram já possuir planos de contingência antes mesmo da crise.

Dentre as medidas emergenciais, destacaram-se a adaptação dos padrões de trabalho (16,55%) e a redução da equipe para diminuir custos operacionais (12,71%). As principais respostas à pandemia foram no sentido de redução de custos (demissões e corte de despesas), continuidade do trabalho por meios remotos e aumentos nos cuidados referentes à higiene.


Impactos

Os dados demonstram, de muitos dos respondentes, dificuldades na avaliação dos impactos da pandemia nos próximos seis meses (17,79%). A maioria se mostrou preocupada com a queda nas receitas e a menor demanda do consumidor (14,74%), enquanto 11,37% estão preocupados com as incertezas do ambiente e a falta de informações suficientes para tomar decisões de negócios.

Os participantes revelaram acreditar que os efeitos mais severos da pandemia acontecerão no curto prazo. Enquanto 46% relata que a receita geral diminuiu muito, apenas 7,84% denotam aumento no faturamento. Já em longo prazo, daqui a cinco anos, a maioria crê que não haverá mais efeitos econômicos da pandemia: o percentual é de 60,8% daqueles que acreditam que neste prazo sua demanda aumentará ou permanecerá igual ao período anterior à crise. 


Trabalho remoto

Dentre os respondentes, também se identificou a percepção de que não estão prontos para atuar com trabalho remoto, apenas 29,41% do total vendo esta como uma mudança permanente. A falta de uma política de trabalho remoto e de recursos tecnológicos para sua implementação também se mostraram fatores importantes para a limitação das medidas de combate ao coronavírus nas empresas (11,5% e 11,25%), fatores que são superados pelo motivo principal, a falta de recursos financeiros (13,25%).

Os docentes pretendem refinar os dados, analisando o comportamento das empresas diante do cenário conforme seus segmentos de mercado.

Para ter acesso aos resultados, é possível responder a pesquisa no link: https://forms.gle/JX8fGoA8vTk2KroJ9. Após preencher o formulário, o participante será redirecionado à página com os dados.

 

 - Divulgação
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