Parte do poliesportivo será refeita após erros de projeto
É provável que parte das arquibancadas seja retirada para solucionar o problema de falta de visibilidade, constatado ainda em 2008
O próximo investimento que deve ser aplicado no ginásio poliesportivo de Flores da Cunha ainda não tem justificativa. O prefeito Lídio Scortegagna (PMDB) busca a solução mais prática e barata para um problema percebido em 2008, no primeiro projeto do prédio: o problema de falta de visibilidade das arquibancadas para a quadra. Com alterações na administração seguinte, o problema ficou maior – assim como o valor que deverá ser investido para refazer parte do ginásio e concluir a tão esperada obra. Em reunião com os vereadores no dia 26, o prefeito apresentou algumas alternativas para corrigir o projeto.
As obras do ginásio poliesportivo pararam no final de 2012. Com parte das paredes e arquibancadas prontas foram constatados alguns problemas, fazendo com que o trabalho no espaço esteja paralisado. Até hoje o prédio custou aos cofres públicos mais de R$ 1,2 milhão, além dos R$ 409 mil de recursos vindos do governo federal. A previsão inicial para conclusão era de R$ 1,5 milhão – valor que deve aumentar com as ‘correções’.
Após ser questionado pelos vereadores florenses, o prefeito Lídio reuniu-se ontem, dia 29, com os integrantes do Departamento de Projetos e Planejamento Urbano (DPPU) da Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito. De acordo com o ofício entregue pelos arquitetos e engenheiros, o problema teria surgido ainda em 2008 (administração Renato Cavagnoli), quando o primeiro projeto foi apresentado. Segundo eles, o plano que estava pronto teve apontamentos sobre alguns problemas de visibilidade. As obras começaram mesmo assim e, na administração seguinte (de Ernani Heberle), após alterações no projeto com o objetivo de aumentar o número de arquibancadas, o problema ficou maior. As obras seguiram mesmo sob os alertas e tentativas de amenizar o problema, que foi de fato constatado quando as arquibancadas foram instaladas, no final de 2012.
De acordo com o prefeito Lídio, o principal objetivo é dar sequência às obras, buscando a alternativa mais prática. “Agora é necessário resolver o problema. Meu interesse não é ficar achando culpados, mas buscar uma alternativa para justificar um custo a mais que vamos ter. Não adianta continuarmos com uma coisa que sabemos que vai dar problema futuramente”, constata Scortegagna.
O próximo passo será fazer um levantamento de custos adicionais que serão necessários para refazer o poliesportivo. “Quando tivermos esses orçamentos eles serão repassados para os vereadores e para a comunidade para deixar tudo claro e nítido. Provavelmente no ano que vem, quando teremos um projeto certo e corrigido, as obras continuem. Para isso buscamos mais recursos com o objetivo de viabilizar, afinal, o custo estimado no início não será mais o mesmo”, complementa.
Menos arquibancadas
A Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito trabalha em alternativas para remediar o problema. A ação considerada mais prática é retirar a terra utilizada para erguer em 60 centímetros o nível da quadra e a retirada das arquibancadas na lateral esquerda, deslocando a quadra para a esquerda. Assim a visibilidade ficaria normal. As arquibancadas retiradas dariam lugar a um mezanino. “Neste projeto a cancha permanece com a altura e todas as dimensões oficiais. A acessibilidade também não fica prejudicada. Perdemos em número de arquibancadas”, explica o prefeito.
Desde o início de 2013 nenhuma ação foi feita no local. “Para dar andamento nas obras será necessário refazer algumas partes que serão desmanchadas. Há erro e não tem como voltar atrás. Vamos deixar documentada a origem de tudo e daremos andamento ao poliesportivo. A minha preocupação é resolver isso sem ficar fazendo caça às bruxas”, argumenta Scortegagna.
O que diz o relatório
O relatório entregue pelo Departamento de Projetos e Planejamento Urbano (DPPU) ao prefeito Lídio Scortegagna mostra as etapas de execução do ginásio poliesportivo dentro do departamento. Confira abaixo um resumo do documento.
1ª etapa: em 2008 foi entregue ao DPPU pelo então chefe de gabinete um projeto padrão de uma empresa de pré-moldados para um ginásio poliesportivo. Como a intenção da administração da época era iniciar a construção, foi solicitado aos técnicos a viabilização deste projeto. Durante esse processo foi constatado e feito o alerta para alguns problemas no projeto arquitetônico. O principal foi em relação a visibilidade total da quadra pelo usuário sentado nas arquibancadas. Outra preocupação era com relação ao atendimento da NBR 9077, que trata das saídas de emergência. Mesmo tendo conhecimento dos fatos relatados pelos técnicos do DPPU, a administração da época optou por iniciar o processo de licitação para execução da primeira etapa (infraestrutura de concreto e cobertura). Esta etapa foi concluída e inaugurada em novembro de 2008.
2ª etapa: após a troca de mandato em 2009, a administração manifestou a intenção de dar continuidade à obra, solicitando algumas alterações no projeto, em especial quanto a ampliação da capacidade de público das arquibancadas. Mais uma vez os técnicos alertaram a administração quanto aos problemas existentes no projeto arquitetônico. Para amenizar o problema de visibilidade os técnicos sugeriram erguer o nível da quadra. Foram realizadas as seguintes adequações no projeto: ampliação da capacidade da arquibancada com mais um nível; elevação do piso da quadra em 60 centímetros; e atendimento aos requisitos da NBR 9077, ampliando a circulação vertical e as saídas de emergência. A construção das arquibancadas e elevação da quadra foi concluída em novembro de 2012.
3ª etapa: em 2013 a atual administração, tendo como meta a continuidade das obras, retomou a discussão com os técnicos sobre o projeto. Estes relataram o andamento e problemas no ginásio. A ampliação de mais um nível de arquibancadas e a elevação do nível da quadra não foram suficientes para melhorar a visibilidade, além de inviabilizar a altura exigida para partidas oficiais de vôlei.
Fonte: Prefeitura de Flores da Cunha.
As obras do ginásio poliesportivo pararam no final de 2012. Com parte das paredes e arquibancadas prontas foram constatados alguns problemas, fazendo com que o trabalho no espaço esteja paralisado. Até hoje o prédio custou aos cofres públicos mais de R$ 1,2 milhão, além dos R$ 409 mil de recursos vindos do governo federal. A previsão inicial para conclusão era de R$ 1,5 milhão – valor que deve aumentar com as ‘correções’.
Após ser questionado pelos vereadores florenses, o prefeito Lídio reuniu-se ontem, dia 29, com os integrantes do Departamento de Projetos e Planejamento Urbano (DPPU) da Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito. De acordo com o ofício entregue pelos arquitetos e engenheiros, o problema teria surgido ainda em 2008 (administração Renato Cavagnoli), quando o primeiro projeto foi apresentado. Segundo eles, o plano que estava pronto teve apontamentos sobre alguns problemas de visibilidade. As obras começaram mesmo assim e, na administração seguinte (de Ernani Heberle), após alterações no projeto com o objetivo de aumentar o número de arquibancadas, o problema ficou maior. As obras seguiram mesmo sob os alertas e tentativas de amenizar o problema, que foi de fato constatado quando as arquibancadas foram instaladas, no final de 2012.
De acordo com o prefeito Lídio, o principal objetivo é dar sequência às obras, buscando a alternativa mais prática. “Agora é necessário resolver o problema. Meu interesse não é ficar achando culpados, mas buscar uma alternativa para justificar um custo a mais que vamos ter. Não adianta continuarmos com uma coisa que sabemos que vai dar problema futuramente”, constata Scortegagna.
O próximo passo será fazer um levantamento de custos adicionais que serão necessários para refazer o poliesportivo. “Quando tivermos esses orçamentos eles serão repassados para os vereadores e para a comunidade para deixar tudo claro e nítido. Provavelmente no ano que vem, quando teremos um projeto certo e corrigido, as obras continuem. Para isso buscamos mais recursos com o objetivo de viabilizar, afinal, o custo estimado no início não será mais o mesmo”, complementa.
Menos arquibancadas
A Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito trabalha em alternativas para remediar o problema. A ação considerada mais prática é retirar a terra utilizada para erguer em 60 centímetros o nível da quadra e a retirada das arquibancadas na lateral esquerda, deslocando a quadra para a esquerda. Assim a visibilidade ficaria normal. As arquibancadas retiradas dariam lugar a um mezanino. “Neste projeto a cancha permanece com a altura e todas as dimensões oficiais. A acessibilidade também não fica prejudicada. Perdemos em número de arquibancadas”, explica o prefeito.
Desde o início de 2013 nenhuma ação foi feita no local. “Para dar andamento nas obras será necessário refazer algumas partes que serão desmanchadas. Há erro e não tem como voltar atrás. Vamos deixar documentada a origem de tudo e daremos andamento ao poliesportivo. A minha preocupação é resolver isso sem ficar fazendo caça às bruxas”, argumenta Scortegagna.
O que diz o relatório
O relatório entregue pelo Departamento de Projetos e Planejamento Urbano (DPPU) ao prefeito Lídio Scortegagna mostra as etapas de execução do ginásio poliesportivo dentro do departamento. Confira abaixo um resumo do documento.
1ª etapa: em 2008 foi entregue ao DPPU pelo então chefe de gabinete um projeto padrão de uma empresa de pré-moldados para um ginásio poliesportivo. Como a intenção da administração da época era iniciar a construção, foi solicitado aos técnicos a viabilização deste projeto. Durante esse processo foi constatado e feito o alerta para alguns problemas no projeto arquitetônico. O principal foi em relação a visibilidade total da quadra pelo usuário sentado nas arquibancadas. Outra preocupação era com relação ao atendimento da NBR 9077, que trata das saídas de emergência. Mesmo tendo conhecimento dos fatos relatados pelos técnicos do DPPU, a administração da época optou por iniciar o processo de licitação para execução da primeira etapa (infraestrutura de concreto e cobertura). Esta etapa foi concluída e inaugurada em novembro de 2008.
2ª etapa: após a troca de mandato em 2009, a administração manifestou a intenção de dar continuidade à obra, solicitando algumas alterações no projeto, em especial quanto a ampliação da capacidade de público das arquibancadas. Mais uma vez os técnicos alertaram a administração quanto aos problemas existentes no projeto arquitetônico. Para amenizar o problema de visibilidade os técnicos sugeriram erguer o nível da quadra. Foram realizadas as seguintes adequações no projeto: ampliação da capacidade da arquibancada com mais um nível; elevação do piso da quadra em 60 centímetros; e atendimento aos requisitos da NBR 9077, ampliando a circulação vertical e as saídas de emergência. A construção das arquibancadas e elevação da quadra foi concluída em novembro de 2012.
3ª etapa: em 2013 a atual administração, tendo como meta a continuidade das obras, retomou a discussão com os técnicos sobre o projeto. Estes relataram o andamento e problemas no ginásio. A ampliação de mais um nível de arquibancadas e a elevação do nível da quadra não foram suficientes para melhorar a visibilidade, além de inviabilizar a altura exigida para partidas oficiais de vôlei.
Fonte: Prefeitura de Flores da Cunha.
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