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Os personagens da urna: contos da eleição de Flores da Cunha

O Florense desafiou o escritor Gustavo Tamagno Martins e a designer Chariel Rezende a contar a história dos candidatos a prefeito como se eles fossem personagens da literatura. Contos baseados nas histórias reais, mas com aquela pitada de romance.

O CAVALEIRO ULIAN: Era uma vez um cavaleiro de boa postura e excelente oratória. Nos últimos anos, esteve na linha de frente da guerra e mostrou que vai até o fim na luta por seus objetivos, sem desviar da rota. Com um discurso focado no que já conseguiu conquistar, tem a bandeira na continuidade que quer dar para defender o seu reino amado, Flores da Cunha, com o lema “resultados falam mais alto”. Perfeccionista, para ele, existem duas alternativas: ou você faz bem feito ou nem faz.
A principal palavra do seu dicionário é família, para qual ele atribui o significado de alicerce que sustenta tudo. Da mãe, ele herdou a vontade de servir à comunidade. Do pai, a integridade de ser sempre uma pessoa correta. Também influenciado pela mãe e por sua fé em Deus, se tornou um religioso fervoroso e atuante junto à Igreja Católica, seja sendo catequista ou fazendo parte do Cenáculo.
O seu fiel escudeiro tem se tornado muito mais do que um companheiro de guerra, mas também um amigo leal. Até as esposas e os filhos dos dois engataram uma bela amizade. Por onde passam, o cavaleiro e seu companheiro gostam de mostrar o que têm deixado de legado para a Terra do Galo. Tubulações trocadas, asfaltamento nas comunidades e a geração de empregos são realizações que não escondem de ninguém. Sem falar que para auxiliar no patrulhamento da sua pátria, a dupla treinou guardas para monitorar o que acontece pelas ruas, enquanto andam com os seus cavalos da Corte Real.
 

O COLONO ESTÁ DE VOLTA: Era uma vez um colono, que apesar de não morar mais no interior, tem um sotaque único que revela a sua origem na agricultura. Já tem experiência com a lida da guerra e pretende voltar outra vez ao campo de batalha. Com seu tom dócil e conciliador, ele prefere desmanchar a disputa com espadas, unir os lados adversários e criar uma roda de conversas para chegar em um consenso mais pacífico e menos polarizado. A sua arma é o diálogo. Acredita que só conversando com as pessoas é possível criar um lugar melhor para se viver.
Com a habilidade de agregar, o colono almeja fazer a transição “de volta para o futuro” e realizar mais feitos por sua terra natal. Afinal, ele alega que quem sabe fazer e já fez, pode fazer ainda mais. E tem mais, declara que falar é mais fácil do que agir. A agricultura é uma das suas bandeiras, a fim de valorizar a sua própria história e a de tantos florenses que trabalham ou trabalharam no campo. Para ele, soluções para o dia a dia dos agricultores e a qualidade de vida no interior devem ser prioridade.
Na jornada, pescou um companheiro mais jovem como seu ajudante, o qual vem de uma outra família de guerrilheiros e concederá ainda mais fôlego à sua caminhada. Inclusive, o colono conseguiu se unir a vários outros grupos, além do seu. A dupla acredita que o compromisso se dá porque a política precisa de pessoas do bem para representar a comunidade, e eles podem ser essas pessoas.

A SANDRA E O FERA : Era uma vez um sonhador que queria realizar o sonho das pessoas do seu reino, principalmente as menos favorecidas. Por vezes, mais utópico. Em outras, mais realista. Ser o novo é o seu dilema. Nem lá, nem cá. Nem o anterior, nem o atual. Já está com o caminhão de mudança arrumado para revolucionar a nação florense. Ambicioso e com experiência em outros tipos de guerra, alega ter uma arma mais potente que a dos seus adversários. Enquanto os outros possam ter experiência em agricultura ou com esquadrias, se mostra confiante com sua atuação na indústria de móveis e no gerenciamento de um posto de combustível.
Ao seu lado, escolheu a única mulher da batalha para lutar consigo. Fera e Sandra. Sandra e Fera. Não importa a ordem, se tornaram um elemento só. Juntos querem fazer mais com menos e pretendem combater os monstros que assombram a prefeitura, sendo dois deles o cabide de empregos e o loteamento das secretarias para partidos políticos. Além disso, o sonhador anuncia para os mais carentes que eles terão casa própria. Ele se compromete em elaborar o maior projeto habitacional do reino.
A ideia do sonhador é de melhorar o futuro, sem olhar para trás ou ficar parado onde se está. Em seus discursos românticos e revolucionários, avisa que a cidade precisa de alguém que conheça o povo, que ande nas ruas e sinta de perto cada problema dos bairros. Ele promete não ser um político de gabinete e nem ser guerreiro de promessas vazias, que aparece apenas em tempos de eleições para iludir o povo.


 

 - Chariel Rezende
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