Geral

O basalto transformado em arte

Escultor Bez Batti celebra 70 anos com exposição

Nascido em 1940 na zona rural de Venâncio Aires, o escultor Bez Batti é um homem insistente. Afinal, transformar basalto em esculturas não é uma tarefa fácil. Há 40 anos ele modela um dos materiais mais resistentes do mundo e o transforma em obras de arte. Agora, essas "pedras delicadas" estão numa exposição em Caxias do Sul que comemora os 70 anos do artista. Sob o nome Bez Batti – 70 anos, a mostra pode ser vista na Galeria Municipal de Arte Gerd Bornheim, na Casa da Cultura. A exposição reúne 40 peças entre bólidos e cabeças. Da nova leva exposta está a série inspirada em O Grito, de Munch, e algumas peças feitas com lascas de basalto. A mostra estende-se até o dia 6 de novembro. Os horários de visitação são de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 18h, e aos sábados, das 10h às 16h. A entrada é franca.

Conforme escreveu o poeta Antonio Fernando De Franceschi, graças ao seu afinco e exigência redobrada para esculpir um grande acervo de obras, Batti "conquistou o reconhecimento do público e da crítica como o mais importante escultor contemporâneo do Rio Grande do Sul, senão mesmo do Brasil". Sobre a exposição, De Fransceschi frisa que do basalto surgem uma safra de "esculturas surpreendentes, autorretratos e cabeças votivas, ora africanas, ora comparáveis às máscaras trágicas do antigo teatro grego: hirtas, hieráticas, implacáveis e transcendentes". O poeta ainda complementa: "resgatada do fundo de seus recônditos, da experiência mais intensa e profunda, a excepcional força expressiva das esculturas recentes de Bez Batti nos traz algo que há muito faltava no panorama da escultura brasileira: a presença de um grande mestre".

O escultor

Filho do italiano João Bez Batti e de Francisca Borchaidt, Bez Batti nasceu na zona rural de Venâncio Aires em 11 de novembro de 1940. Ainda criança, mudou-se com a família para Volta do Freitas, no município de General Câmara, às margens do rio Taquari. Estudou no Instituto Técnico de Desenho e, posteriormente, com o desenhista e escultor Vasco Prado. Trabalhou em vários empregos até ser aprovado em concurso para o setor de triagem de correspondência do departamento de Correios e Telégrafos. Após seu casamento com Maria Schirley, instalou-se em Bento Gonçalves. Em 1976, passou a se dedicar exclusivamente à escultura. Durante cinco anos (1982-1987), lecionou no departamento de Escultura da Universidade de Caxias do Sul. Em 1994, escreveu o livro Escultura em basalto. Em 2009, lançou o livro Cor e Forma na Escultura de Bez Batti. Desde 2003 mantém residência e ateliê no distrito de São Pedro, Caminhos de Pedra, em Bento Gonçalves.

Serviço
O quê: exposição Bez Batti – 70 Anos
Quando: até 6 de novembro
Onde: Galeria Municipal de Arte Gerd Bornheim – Casa da Cultura (Rua Dr. Montaury, 1333 – Caxias do Sul)
Quanto: entrada franca



 - Divulgação
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário