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Mil pessoas são esperadas para audiência pública sobre vitivinicultura

Aproximadamente mil pessoas, lotando as dependências do salão paroquial de Flores da Cunha, são esperadas para a audiência pública sobre os problemas enfrentados pelo setor vitivinícola do Estado que acontece segunda-feira, dia 30, com início às 9h30min.

Aproximadamente mil pessoas, lotando as dependências do salão paroquial de Flores da Cunha, são esperadas para a audiência pública sobre os problemas enfrentados pelo setor vitivinícola do Estado que acontece segunda-feira, dia 30, com início às 9h30min. A expectativa para a atividade – promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul – é informada pelo coordenador da Comissão Interestadual da Uva e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Flores da Cunha e de Nova Pádua, Olir Schiavenin. “Os viticultores estão muito motivados para o evento”, destaca Schiavenin. Segundo ele, somente de outros municípios da região vitivinícola, espera-se a presença de cerca de 400 produtores de uva. “E daqui de Flores da Cunha e de Nova Pádua, ainda mais do que isso”, completa o coordenador da Comissão da Uva. Tamanha mobilização se explica pela apreensão que impera entre os agricultores no momento, por conta das incertezas em relação à remuneração pela uva, assinala o líder vitícola. Nesse sentido, ele adianta que segunda-feira a Comissão entregará documento solicitando apoio ao parlamento gaúcho em relação ao cumprimento, pela indústria vinícola, de pagamento do preço mínimo da uva – R$ 0,46 ao kg da variedade comum de 15 graus glucométricos –, fixado pelo Governo Federal. Para tanto, os viticultores estarão reivindicando apoio para outra proposta: a manutenção da concessão, pelo Governo do Estado, de crédito presumido no ICMS (de 5%) sobre o vinho vendido no Rio Grande do Sul apenas a indústrias vinícolas que comprovarem o pagamento do mínimo. “Nós colocamos gente na rua em grande número ano passado, para defender os interesses de todo o setor; portanto, temos legitimidade e autoridade moral e política para exigir o cumprimento do preço mínimo”, completa Schiavenin. “O custo da crise que o setor enfrenta não pode ser pago só pelo viticultor”. De parte da indústria, o presidente da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), Benito Panizzon, informa que a entidade estará representada na audiência pública para defender quatro reivindicações principais. São elas: diminuição da carga tributária sobre o vinho, edição de medidas viabilizando o escoamento da produção, concessão de recursos (via EGF) para pagamento da safra e maior proteção do vinho nacional, em relação aos importados. Em relação ao debate sobre o preço mínimo, Panizzon comenta que “é um direito dos viticultores reivindicarem isso”. “Nós não temos garantia de preço mínimo dos subprodutos da uva (vinho, suco e derivados), ou seja, trabalhamos com preço de mercado, mas faremos todo o esforço para que a maior parte da uva possível seja paga de acordo com a tabela de remuneração definida pelo Governo Federal”, afirma o presidente da Agavi. “Hoje, a indústria se sente mais tranquilizada, pois conseguiu absorver toda a safra, sem que sobrasse uva nos parreirais, ou seja, o principal objetivo de parte da indústria, para a vindima, foi atendido”. A audiência pública, como o diz seu nome, é aberta à participação de toda a sociedade. A expectativa é que o evento se estenda até por volta de 12h30min ou 13h. Reativação de frente regional da vitivinicultura A Câmara de Vereadores de Flores da Cunha está propondo, para segunda-feira, a reativação do ‘parlamento vitivinícola regional’, formado por vereadores dos municípios com produção de uva e de vinho. O grupo legislativo, de caráter suprapartidário, lembra o presidente da Câmara, Felipe Salvador (PP), teve atuação no ano de 2005, quando, alinhando-se à luta empreendida pelas instituições do setor (Ibravin, Comissão da Uva, Agavi etc.), conseguiu, entre outras ações, articular encontros do setor com ministros do governo Lula. Inclusão do suco de uva na merenda escolar e concessão de incentivos para engarrafamento na origem serão duas das principais bandeiras da frente, informa Salvador. “São ações em que os vereadores podem intervir mais”, observa ele.
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