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Mãe clama por justiça após acidente no Paraná

Marli Martins busca responsabilização de motorista que vitimou seu filho e sua nora em março desde ano

Um dia que deveria ser como qualquer outro acabou mudando totalmente a vida de Marli Martins Luza, 46 anos. Em 16 de março, um acidente na PR-151, em Ponta Grossa (PR), ceifou a vida de seu filho, William, 23, e a nora, Mariana, 20. No último domingo (15), ela reuniu cerca de 50 pessoas para protestar contra a demora do processo na Justiça paranaense.
Marli clama pela responsabilização do motorista da caminhonete S10 que colidiu frontalmente com a motocicleta em que estavam seu filho e nora.
— Eu sei que nada pode trazer meu filho de volta, e nada pode curar a dor que sentimos. Mas queremos justiça para William e Mariana — afirma Marli, no ato que pedia celeridade do Ministério Público.
Marli está determinada a utilizar todos os recursos que está ao seu alcance para garantir que o caso não caia no esquecimento e que o motorista enfrente as consequências do ato que matou os dois jovens.
— Essa pessoa que vitimou nossos filhos precisa ser julgada e ter a carteira de motorista apreendida. Ele não tem condições de andar na rua. Não queremos que outras famílias passem pelo que estamos passando — declara.
A Polícia Civil panaense concluiu as investigações e o inquérito está para avaliação do Ministério Público, que decidirá se o motorista será ou não denunciado por homicídio culposo ou doloso.

O acidente
Na manhã do fatídico 16 de agosto, William conversou com a mãe por telefone e compartilhou sua rotina. Ele havia ido ao supermercado e planejava buscar Mariana no trabalho à tarde. Essa foi a última conversa entre os dois.
De motocicleta, William e Mariana foram atigindo por  uma caminhonete S10 que, segundo a família, invadiu a pista onde o casal trafegava. 
— Meu filho partiu de casa cheio de vida e sonhos e tive que trazer ele de volta da maneira mais terrível que uma mãe pode enfrentar: dentro de um caixão — lamenta Marli. 
William era conhecido por sua bondade. Amado por amigos e familiares, ele conheceu a namorada em Flores da Cunha. Mariana era uma jovem carinhosa e defensora dos animais, com uma vida repleta de sonhos. Juntos, eles decidiram se mudar para o Paraná em busca de novas oportunidades.
Em Ponta Grossa, encontraram trabalho e alugaram um apartamento. O próximo passo seria substituir a moto que usavam por um carro. A mãe de William destaca como o casal adorava explorar novos lugares e aproveitar os fins de semana em contato com a natureza.
— Eu vivo metade de mim, nunca mais serei 100%. As lembranças estão em todos os lugares, todos os cantos.

 - Klisman Oliveira
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