Geral

Leis nacionais impulsionam a produção cultural regional

Recursos oriundos da Paulo Gustavo e da Aldir Blanc promovem a diversidade e o fortalecimento de projetos locais.

Ao ouvir ou ler sobre uma nova atração, é cada vez mais comum ver uma Lei de Incentivo associada. No último ano, a Lei Paulo Gustavo (LPG) aportou mais de R$ 290 mil para produções culturais de Flores da Cunha. Nas próximas semanas, será publicado o edital da Lei Aldir Blanc (LAB), com mais R$ 244 mil para projetos artísticos que se cadastrarem. Saber criar projetos, lidar com esta burocracia e buscar estes incentivos se tornou um requisito para ser artista.

A LPG tem um orçamento de R$ 3,862 bilhões para serem compartilhados entre estados e municípios. O objetivo é apoiar os fazedores de cultura, principalmente após os desafios da pandemia de coronavírus. Para Flores da Cunha, foram repassados R$ 294.360,95 em 2023, sendo R$ 209.496,69 voltados ao setor audiovisual e R$ 84.864,26 para outras áreas culturais.

A subsecretária de Cultura, Camila Stuani Pauletti, aponta que foram promovidos editais construídos a partir de consultas à comunidade, assegurando que as vozes dos artistas e coletivos culturais fossem ouvidas.

 

Edital está próximo

Já a política nacional da Lei Audir Blanc de apoio à cultura, com previsão de R$ 3 bilhões anuais até 2027, complementa esse panorama e oferece uma estrutura contínua para o financiamento cultural. Neste ano, a Terra do Galo recebeu R$ 244.711,53, que serão repassados aos produtores por meio de um novo edital, que tem previsão de lançamento na próxima semana.

O secretário de Educação, Cultura e Desporto, Itamar Brusamarello ressalta como essas iniciativas podem impactar a economia criativa da região e ampliar o acesso à cultura.

— Essas leis garantem recursos para a promoção de projetos e atividades culturais, dando suporte à artistas, espaços culturais e produções que enriquecem a diversidade cultural do nosso município. Além disso, ampliam oportunidades para artistas e produtores, incentivam a diversidade cultural e estimulam a economia criativa, tornando a cultura um elemento estratégico no desenvolvimento social e econômico do município. Ambas as leis representam um investimento importante na democratização do acesso à cultura, na valorização de identidades regionais e dos artistas locais — destaca Brusamarello.

 

"Toda comunidade se beneficia"

Com a experiência de outros editais, a cantora Emely Polli, 26 anos, foi uma das recentes contempladas com o recurso da Lei Paulo Gustavo. O valor permitiu a produção do clipe musical 'Fora do Padrão' e da música 'Terapia'. A moradora do Centro destaca como os editais e incentivos contribuem significativamente para o cenário cultural regional.

— Estou investindo tudo na minha carreira e está dando resultado. Nós, que somos artistas, precisamos sempre estar apresentando conteúdos ao público, porque a identificação não é só com a música, mas também com o artista. E tirar tudo do bolso é um investimento muito alto. Os festivais que acontecem no município e no estado são por lei de incentivo. Tudo soma para que as pessoas tenham entretenimento, arte local, hobbies para fazer, lugares para ir, shows para assistir, tudo isso acontece por estas leis de incentivo e toda a comunidade se beneficia — considera a artista independente que soma mais de 30 mil reproduções em suas músicas no Spotify.

Fotos realizadas durante gravação do clipe 'Fora do Padrão' da cantora Emely Polli - Nicolle Polli  - Chariel Rezende / Jornal O Florense
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário