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Heleno Oliboni: "Eleição se ganha e eleição se perde"

Para o candidato do PDT o resultado nas urnas não significa uma derrota, mas a reunificação do partido

Com os votos de 4.953 eleitores, o candidato a prefeito pela Coligação União, Experiência e Responsabilidade (PDT/PR), Heleno Oliboni (PDT), e sua vice, Claudete Gaio Conte (PDT), não atingiu a vitória nas eleições municipais de 2012. Com 26,29% dos votos, a coligação ficou em terceiro lugar na disputa pela administração pública. Oliboni recebeu o resultado em casa na companhia da família e de companheiros do partido. O comitê da coligação permaneceu fechado durante todo o domingo de eleições.

Acompanhando a apuração de cada urna, Oliboni usou a experiência no momento final. Esse foi o quarto pleito em que o pedetista concorreu pela cadeira de prefeito de Flores da Cunha. Aos 66 anos, Oliboni ficou à frente da administração municipal por oito anos, de1997 a 2004. A derrota nas urnas não foi encarada pelos candidatos pedetistas como negativa, e sim um passo para seguir uma nova caminhada para o PDT. “Estamos torcendo para que o prefeito realmente cumpra com os compromissos assumidos e que atenda a todos, independente de sigla partidária e classe social. Uma derrota não muda o caráter das pessoas. Perder uma eleição não muda o que nós somos, essa é uma lição”, destaca Claudete. Confira a entrevista com o candidato Heleno Oliboni.

O Florense: Como o senhor avalia a campanha eleitoral?
Heleno Oliboni:
Tivemos uma campanha muito bonita, levamos uma mensagem otimista para o município de Flores da Cunha e para sua população. O nosso grupo de militância e candidatos acabaram formando uma grande família, unida e coesa. Atribuo esse resultado a alguns fatores que são determinantes: nós enfrentamos uma coligação de nove partidos mais a máquina pública a favor dos adversários. Um segundo fator que teve influência no resultado é essa vontade de renovação que a Giovana Ulian (PP) representa para a população. Ela não teve a oportunidade de administrar o município e é uma tendência natural do ser humano buscar mudanças. Reconheço a vitória do vitorioso, além disso, agradeço a todos aqueles que confiaram em nosso trabalho. Desejo que o novo prefeito faça um grande governo como nós desejávamos fazê-lo. Que ele atinja os objetivos que nós desejávamos atingir. A população de Flores da Cunha é soberana nas suas escolhas e também merece ser tratada de forma soberana no retorno de seu trabalho, da sua produção de riquezas para o município, por meio da administração pública.

O Florense: O que teria faltado para a vitória nas urnas?
Oliboni:
A grande coligação de nove partidos que enfrentamos foi um dos fatores determinantes. Nós não estamos magoados, nós estamos prontos, de cabeça erguida para, amanhã mesmo, já começar uma nova campanha. Eu, a Claudete e todos os nossos candidatos a vereador já começamos uma nova campanha. Não estamos deprimidos, eleição se ganha e eleição se perde, é um processo natural. Lógico que esperávamos ganhar e fizemos um trabalho para sairmos vencedores, mas não deu. A população é soberana na sua escolha.

O Florense: As pesquisas internas do partido apontavam para esse resultado?
Oliboni:
Não, elas apontavam uma pequena diferença, mas favorável a nós. A máquina é grande e muda o resultado em poucos dias. Nós ficamos sempre otimistas e até a apuração do último voto nós estávamos otimistas. Nessa onda de renovação perdemos votos e a questão dessa união partidária também foi determinante. Cada voto que se perde somam dois, pois tira de você e soma para o outro lado. Assim mesmo, perto de 5 mil pessoas confiaram em nós. Começamos essa campanha eleitoral com o partido dividido e mesmo assim conseguimos agregar novamente os partidários. Tiveram pessoas que não cumpriram com seus deveres partidários e acabaram ficando do outro lado. A máquina pública, do atual prefeito (Ernani Heberle, PDT), traiu o partido que o elegeu. Não negociamos cargos e salários com ninguém, não fizemos nenhum tipo de negócio e entendemos que o resultado foi satisfatório. Se nós formos analisar a máquina pública, o tamanho da coligação, isso faz com que se forme o resultado. Estamos bem preparados para ganhar a próxima eleição, vamos ser os primeiros a cobrar e a cuidar para que esse governo realmente cumpra com o prometido.

O Florense: Qual é a lição que fica após as eleições deste ano?
Oliboni:
Perdi quando concorri pela primeira vez em uma campanha. Depois tive as duas maiores vitórias de toda a história de Flores da Cunha. A Claudete começa uma caminhada junto comigo, também não atingindo a vitória, mas se preparando para uma maior vitória na próxima eleição. Então, a lição que ficou é a de que nós devemos, desde agora, nos organizarmos, desde agora agregar pessoas nas nossas propostas e conquistar a vitória na próxima eleição. Desejamos boa sorte para essa administração e agradecemos aos eleitores que acreditaram nas nossas propostas. Iniciamos uma campanha em situação completamente desfavorável com um partido dividido e com o trabalho da máquina pública contra nós. Essa não foi uma derrota, foi a vitória de reunificação do nosso partido. Derrota nós sofremos em 2008.


Heleno Oliboni acompanhou a apuração em sua residência. - Camila Baggio
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