Geral

Fabiana Bolzan transforma sonhos infantis em liderança escolar

A trajetória da vice-diretora revela o vínculo profundo com a comunidade e a evolução da escola ao longo do tempo.

Em 1984, aos seis anos, Fabiana Bolzan, ingressou na pré-escola da Benjamin Constant. Hoje, 40 anos depois, ela é vice-diretora da sua escola. Um história que exemplifica a relação  de carinho da comunidade com a Benjamin Constant.

— Ser professora era algo que eu dizia que queria lá aos seis anos. Eu me desenhava sendo professora — relembra emocionada.

As memórias trazem o companheirismo, de quando Fabiana ia a pé para a aula, em grupo, com outras crianças.

— Íamos esperando uns pelos outros nas paradas. Chegávamos juntos na escola e isso criava uma união muito forte.

A simplicidade da época também se refletia na merenda, preparada em colaboração com as famílias.

— Minha mãe fazia o feijão ou a massa e eu levava até a escola com um colega, carregando a panela de cada lado — recorda.

A convivência próxima com professores que desempenhavam múltiplas funções — como diretora, merendeira e faxineira — foi uma fonte de inspiração.

— O que mais gostava na escola era esta interação de todo mundo. Lembro que tínhamos um “correio” na sala de aula. Fazíamos cartinhas para os colegas e todo mundo ficava ansioso esperando a cartinha da profe Teolides Manfron e o que ela escreveria.
O sonho de criança levou Fabiana a formar-se no magistério. Em 1996, a primeira experiência como docente foi justamente na Benjamin Constant. Em sua carreira, Fabiana passou por diferentes escolas, mas retornou em 2004. Hoje, como vice-diretora, se orgulha de ver como a escola evoluiu.

— Deixamos de ser uma escolinha do interior com característica inteiramente de colônia pra sermos uma escola localizada no interior, mas com culturas variadas.

Durante a pandemia de coronavírus, Fabiana viveu um momento único que sintetiza essa jornada.

— Tinha uma turma de primeiro ano e entre meus alunos estava Mateus Mascarello, junto da avó, Adelina Mascarello, que foi minha professora. Foi um momento de muita emoção ouvir ela dizer “profe” para mim.

 - Antonio Galvão
Compartilhe esta notícia:

Outras Notícias:

0 Comentários

Deixe o Seu Comentário