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Comunidade de Santa Bárbara festeja o cinquentenário

Capela no Travessão Claro, em Flores da Cunha, promove evento religioso neste final de semana

Fundada em 10 de maio de 1964, o então pequeno capitel construído por um grupo de famílias tornou-se uma grande comunidade. Santa Bárbara se desenvolveu e neste ano celebra 50 anos de criação. No dia 1º de novembro, como homenagem ao cinquentenário, houve a inauguração do asfaltamento do pátio e de vias de acesso à sede da localidade. Neste domingo, dia 7, os moradores celebram a festa em honra à padroeira com missa à partir das 10h30min.

No mês passado a obra foi inaugurada por autoridades e abençoada pelo pároco, frei Valdivino Salvador. Na ocasião foi realizado também o descerramento da placa que marca os 50 anos da comunidade, registrando o nome dos sócio-fundadores, seguido de um jantar festivo.

Entre os moradores mais antigos da comunidade está o casal Ricieri Bassanesi, 76 anos, e Analice Bertin Bassanesi, 71 anos. Eles nasceram na localidade e são filhos de fundadores. Com o crescimento da família eles acompanharam o desenvolvimento da capela de Santa Bárbara. O casal conta que o grupo de famílias pertencia à comunidade vizinha de São Caetano, porém, na época, com a dificuldade no transporte, ficava difícil participar das celebrações. Foi assim que os fundadores Albino Rech, Angelo Zim, Francisco Eberle, Geraldo Bassanesi, Luiz Bassanesi, Luiz Menegon, Tranquilo Bertin e Vitório Dalzoto fundaram a capela de Santa Bárbara.

Ricieri conta que os fundadores foram na sede da Diocese, em Caxias do Sul, para adquirir uma santa que daria nome e abençoar a comunidade. “Santa Bárbara é protetora das intempéries. Escolhemos ela porque não havia capela para ela”, conta. As terras para a construção do capitel e, após, de um pequeno salão para os encontros, foram doados pelo fundador Albino Rech, e é onde a comunidade encontra-se até hoje.

Um plátano que foi plantado na construção do capitel hoje faz sombra em frente à Igreja. O terreno do cemitério foi doado pelo pai de Ricieri, Luiz Bassanesi. Com o tempo, a comunidade foi reunindo fiéis e a cada festa mais pessoas participavam. Foi aí que as famílias novamente se reuniram para a construção da Igreja e do salão comunitário. Atualmente Santa Bárbara é uma comunidade com 25 famílias, sendo 15 associadas. “Todos ‘pegam junto’ no trabalho, se um puxar para trás a comunidade não vai para frente”, complementa Ricieri, referindo-se à união.

Santa Bárbara promove anualmente duas festas, uma em junho, em honra a Santo Antônio e São Luiz, e outra em dezembro em honra à padroeira. A atual diretoria é composta por Luís Carlos e Ivanete Bassanesi e José Antônio e Ivete Bassanesi.

Santa Bárbara
Nascida na Turquia, única filha de um homem rico e poderoso, Bárbara foi presa em uma torre pelo próprio pai que pretendia afastá-la da corrupção da sociedade da época. Reclusa, a jovem passou a observar o mundo e questionar-se sobre a criação de tudo. Bonita, não lhe faltavam pretendentes para casar, mas ela não queria. O pai então permitiu que ela fosse conhecer a cidade para saber se aceitava o matrimônio, porém, nessa visita ela teve contato com cristãos que lhe contaram os ensinamentos de Jesus, e pouco tempo depois quis ser batizada. Vendo-se contrariado pela filha com a religião, o pai a denunciou às autoridades e ela foi torturada para renunciar sua fé, fato que não aconteceu. Ela foi condenada à morte e degolada pelo próprio pai. Quando a cabeça de Bárbara rolou, um trovão teria sido ouvido e a terra tremeu. Em seguida um raio teria tirado a vida do pai no mesmo instante. A partir de então Bárbara tornou-se a santa protetora das tempestades.

Foto/Reprodução


Ricieri e Analice hoje aproveitam a sombra do plátano plantado na ocasião da criação da comunidade, em 1964. - Larissa Verdi
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