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Atenção redobrada quando for mergulhar

Lazer em lagoas e rios se torna uma boa opção, mas o cuidado para evitar afogamentos é fundamental

Os meses de calor são um prato cheio para o lazer em rios, lagoas, clubes, balneários e cachoeiras. O problema, porém, está na falta de cuidado que resulta em acidentes e afogamentos. O mês de novembro registrou duas mortes na região, uma em Bento Gonçalves e outra em São Marcos. O número de registros é um alerta para que o cuidado seja aumentado e o passeio agradável não seja interrompido. Em 2013 o Rio Grande do Sul registrou 106 afogamentos. A Serra Gaúcha é a segunda região com mais óbitos – total de 14 vítimas.

Segundo dados do Comando do Corpo de Bombeiros, em 2013 (de janeiro até 1º de dezembro) foram registrados 14 afogamentos na Serra, número que deixa a região atrás apenas do Litoral Norte, que teve 15 mortes. Ainda de acordo com os bombeiros, das 106 vítimas no Estado, 51 foram em rios. Outros locais como lagos, lagoas, açudes e o mar também acumularam vítimas. Os números mostram que o cuidado deve existir em todos os lugares.

A primeira dica é entrar na água sempre com algum equipamento de proteção como boias ou colete salva-vida. Em 100% dos afogamentos a vítima não tinha nenhuma proteção. “Na nossa região temos muitos rios com correnteza, pedras e redemoinhos que se tornam armadilhas ao banhista, principalmente quando ele está sem equipamentos de proteção”, explica o comandante dos Bombeiros de Flores da Cunha, tenente Vanderlei da Silva. Outro fator importante é o consumo de bebida alcoólica antes do mergulho. “Assim como não podemos dirigir quando bebemos, também não podemos colocar a vida em risco na água após o consumo de álcool. Os reflexos ficam prejudicados além de perder a noção do perigo”, enfatiza o oficial.

Nunca entrar em águas desconhecidas é outra precaução, assim como buscar cordas ou materiais flutuantes para uma pessoa que está se afogando. Em muitas situações a tentativa de ajudar alguém faz ainda mais vítimas. “Essa é uma situação comum e a pessoa que está se afogando vai agarrar o que estiver perto dela. Um galho de árvore, uma corda ou materiais que flutuam devem ser utilizados em situações assim”, explica o tenente.

O trabalho de orientação por parte dos Bombeiros ocorre todos os anos na tentativa de diminuir o número de vítimas, o que infelizmente nem sempre tem resultados. "Nos finais de semana as pessoas querem aliviar o calor ou fazer uma pescaria e entram em rios, muitas vezes desconhecidos e ainda sem qualquer cuidado. Depois temos que lamentar as perdas”, complementa Silva.


Como se prevenir

O Corpo de Bombeiros disponibiliza um material de orientação, onde o bom senso e a responsabilidade são importantes para evitar os acidentes. O Corpo de Bombeiros atende pelo telefone 193 (ligação gratuita). Confira algumas dicas de prevenção a afogamentos:

- Evite ingerir bebidas alcoólicas ou comer em demasia antes e durante o banho.

- Respeite as sinalizações visuais (placas e bandeirolas) e sonoras (apito).

- Não nade perto de pedras e estacas ou em águas desconhecidas.

- Se for pego por uma corrente, nade diagonalmente a ela até conseguir escapar.
- Nunca finja ter necessidade de socorro.

- Não substitua sua falta de conhecimento em natação por boias, câmaras de ar, pranchas de isopor ou quaisquer objetos flutuantes.

- Caso sinta-se em perigo dentro da água, mantenha a calma, evite debater-se, tente boiar, faça sinais e grite por socorro.

- Antes de entrar na água consulte o salva-vidas sobre as condições para banho ou práticas de esportes.

- Observe sempre o movimento das crianças sob sua guarda.

- Ao encontrar crianças perdidas na praia, lagos ou rios conduza-as ao posto de salva-vidas mais próximo.

- Deixe o balneário em caso de chuvas ou raios.

- Nade sempre paralelamente à área de banho e evite nadar sozinho.

- Quando embarcado, faça o uso do colete salva-vidas.

- Somente banhe-se em balneários com salva-vidas.

- Nunca esqueça o ditado: água no peito, sinal de respeito.

Fonte: Corpo de Bombeiros.


Caso mais recebe em Flores da Cunha ocorreu em setembro no Rio das Antas, quando comerciante que pescava morreu afogado. - Arquivo O Florense
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