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Apoio à criação de frangos amplia arrecadação paduense

Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Avícola tem ajudado os criadores de frango de Nova Pádua

Com 58 criadores, Nova Pádua produziu em 2010 mais de 14,4 milhões de quilos de frango. A criação da ave sempre foi forte no município, e para que o número de produtores não diminuísse, como vinha acontecendo, a prefeitura criou o Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Avícola (Pida). Até hoje, após três anos da implantação, já foram investidos mais de R$ 276 mil em aviários. O número de quilos produzidos em 2011 ainda não contabilizado.

Conforme números da prefeitura paduense, um aviário de porte grande, que comporta mais de 22 mil animais, rende aos cofres públicos uma média de R$ 500 a R$ 600 por mês, em termos de retorno do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em 2010, do faturamento total de Nova Pádua, 75% corresponderam a agricultura – indústria, comércio e serviços somaram o restante. Destes 75%, a criação de aves corresponde a mais da metade, ou seja, R$ 36%. O faturamento agrícola atingiu R$ 45 milhões, sendo que deste total, R$ 16,2 milhões vieram dos aviários.

Em 2009, a agricultura representou 87% do faturamento de Nova Pádua, o correspondente a R$ 40,5 milhões. Destes, R$ 15,7 milhões foram da criação de aves. O fiscal tributário da prefeitura Alvírio Tonet destaca que 2009 foi um ano muito bom para a agricultura, por isso o número é bastante superior ao de 2010. O projeto Pida deu resultados no aumento do faturamento municipal, mas não ainda teria atingido o potencial máximo. “O programa foi criado como forma de renovação, e não de acréscimo. Temos uma produção agrícola muito antiga e os aviários estavam sucateados. O Pida tem como objetivo não perder o efeito na criação de aves”, destaca Tonet.

O projeto
O Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Avícola (Pida) foi criado em 2009 quando a administração de Nova Pádua observou redução da produção e do número de aviários devida à baixa remuneração recebida pelos produtores, o que desestimulava a criação. A essência do Pida é auxiliar nas reformas dos aviários já existentes para adequá-los às novas exigências do mercado, bem como a ampliação e implantação de novas áreas com o fornecimento de terraplanagem, cobertura, telas, areia e brita. Com a criação da lei alguns produtores apostaram novamente na atividade. A principal mudança é a redução do número de criadores e o aumento do número de aves por criador. Nova Pádua conta com 58 criadores e cerca de 75 aviários.

Entre os auxílios está a terraplanagem, que varia de 90 a 150 horas máquina; subsídio de R$ 13 mil para cada 100 metros de aviário para o telhado; areia e brita para a construção das muretas ao redor do prédio; R$ 5 mil para cada 100 metros de aviário para a tela; além de areia para eventuais reformas ou construção de compostagem ou escritório.

O secretário de Agricultura paduense, Rafael Martello, destaca que após a liberação de licenças ambientais o Conselho Municipal da Agricultura aprova o beneficio para o candidato. “O único compromisso do agricultor é permanecer por no mínimo cinco anos criando aves, caso contrário o valor deve ser ressarcido”, explica Martello. De acordo com o secretário, alguns produtores estão abandonando os aviários devido às exigências da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

Desde a criação do Pida 17 novos aviários foram reformados ou implantados – um está em construção e outros dois devem sair do papel em breve. Desde 2009, Nova Pádua teve o acréscimo de mais de 205 mil cabeças de ave. Para ser incluso no programa, o produtor deve procurar a Secretaria de Agricultura, onde são concedidas as licenças, com documentos, licenças e projetos.

Família Pan está há mais de 30 anos no setor
O agricultor Ari Pan é proprietário de um dos primeiros aviários que recebeu os subsídios do Pida. Com a antiga estrutura ele criou frangos por mais de 30 anos, quando decidiu pela reforma. Com o auxílio ele derrubou o velho aviário e construiu um novo que respeitasse as exigências da Fepam. “Estou com esse novo há dois anos. O Pida ajudou bastante. Poupamos muito e conseguimos investir. Eles nos ajudam e depois recebem o retorno por meio do ICMS”, destaca Pan.

Com o filho Igor, Ari cria entre cinco e seis lotes por ano no Travessão Divisa. Cada lote é responsável pelo carregamento de seis caminhões, o que corresponde a 18,8 mil cabeças da ave. O tempo de crescimento do frango varia de 45 a 48 dias. Na próxima segunda-feira, dia 6 de fevereiro, a família Pan fará a entrega do primeiro lote de 2012.


Ari Pan, que atua há mais de 30 anos no setor, aprova o benefício ao lado do filho, Igor. - Camila Baggio
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