Economia

Preço Mínimo da Uva Industrial é definido em R$ 1,50/kg

Presidente do STR afirma que é muito difícil abrir mão de R$ 0,08 sobre o Preço Mínimo de R$ 1,58/kg da safra 2022/2023, mas que esta foi a melhor alternativa

O Diário Oficial da União divulgou nesta quarta-feira, dia 6, a Portaria 636 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) datada de segunda-feira, dia 4, que define o preço mínimo básico de R$ 1,50/kg da uva industrial com 15° glucométricos, da safra 2023/2024, para os estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, com vigência de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024.

Segundo informações do site Agrolink, o diretor de Comercialização da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Silvio Farnese, ressaltou que o valor foi definido após um acordo entre os membros da cadeia produtiva da uva, o que representa um fato importante nas relações entre produtores e industriais do setor.

De acordo com o presidente do Sindicado dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Flores da Cunha e Nova Pádua, Ricardo Pagno, os representantes dos setores vitícola e vinícola firmaram, no mês de outubro, um acordo de cooperação comercial para a safra da uva 2023/2024. Nesse contrato ficou estabelecido um preço mínimo de R$ 1,50/kg para a Uva Isabel 15° e prazos de pagamentos mais curtos. Mesmo que o valor tenha ficado inferior ao custo de produção – estimado em R$ 1,61 – e ao custo apurado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de R$ 1,57, ele é R$ 0,10 maior que o praticado neste ano, quando grande parte das vinícolas pagou R$ 1,40 ao quilo. Aquelas que aderiram ao preço tabelado estenderam os prazos de pagamentos em mais de um ano.

“Para nós, como defensores dos agricultores, é muito difícil abrir mão de R$ 0,08 sobre o preço mínimo de R$ 1,58/kg da safra 2022/2023 e sabendo de todo o custo de produção que temos. Mas, se não tivéssemos feito esse acordo, as vinícolas não iriam pagar, porque não há nada que as obrigue. Já tinham nos informado que iriam seguir um valor próprio estimado em R$ 1,45. Com o acordo, conseguimos R$ 1,50 e o pagamento da safra até agosto de 2024. Com isso, evitamos repetir o que ocorreu nesta safra em que agricultores ganharam menos e alguns ainda nem receberam o pagamento total”, destacou Pagno, acrescentando: “Sabemos de todas as dificuldades que estão sendo enfrentadas para produzir este ano, porém, o preço mínimo de R$ 1,50/kg é um valor balizador, mas o que define o preço é a oferta e a procura do produto, podendo aumentar este valor. Também estamos vendo a possibilidade de fazer um ajuste no grau, caso o tempo não favoreça na colheita”.

 - Arquivo O Florense
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